Pov's Júlia
𝑺𝒆𝒖 𝑺𝒐𝒓𝒓𝒊𝒔𝒐...
- Acha que esta gravata está boa? - perguntou para mim naquela manhã de sexta. Eu o olhei.
- Você não precisa pedir minha opinião. Sabe que fica bem de qualquer jeito. - João sorriu ante minha resposta.
- Mas eu quero ouvir sua opinião mesmo assim.
𝑺𝒖𝒂 𝑽𝒐𝒛...- Eu amo você, disse enquanto tomávamos café. Eu o olhei por reflexo. - Diz que me ama? - pediu.
- Euam..v.. - murmurei com a boca cheia de bolo, incompreensível. O mesmo não se segurou e soltou uma gostosa gargalhada.
𝑺𝒆𝒖 𝑨𝒃𝒓𝒂𝒄̧𝒐...
Puxou me para o círculo dos seus braços deixando com que os papéis que eu segurava caíssem no chão.
- Mota! Aqui não! Este é um local de trabalho! - protestei incapaz de me abaixar para pegar os papéis que deixei cair. Ele não exercia muita força. Eu poderia e livrar facilmente dele, mas... Simplesmente não conseguia.
𝑬 𝒔𝒆𝒖 𝒃𝒆𝒊𝒋𝒐...
Ignorando meu pedido me puxou e me deu um beijo prolongado.
Eu não gostava desse tipo de comportamento nas dependências da empresa, mas não poderia negar o desejo que pulsava em mim toda vez que ele me tocava. Por isso eu correspondi timidamente ao beijo, apreciando seus lábios, sua língua e seu calor. Minha mente continuou a vagar relembrando aqueles poucos dias que passaram desde que confessei a ele meu amor.
Desde então nossa vida tem sido meio cor de rosa. Se antes João já era carinhoso, agora estava carinhoso ao extremo. Eu também estava diferente por que eu não conseguia ser indiferente a ele, não depois de saber o que sinto. Eu agia um pouco como a antiga Júlia, mas não era ela. Estava tudo bem, porém. Eu gostava dessa Júlia mais comedida, que não se derretia por qualquer coisa, ou pelo menos não procurava demonstrar. Tudo estava perfeito.
Estava mesmo?
Tinha algo que martelava em minha cabeça. João Pedro nunca me disse exatamente porquê me tratou tão mal no passado. Das vezes em que eu perguntei, ele se esquivou.
Por quê?
Amor? - João me chamou. - Você está aqui no seu quarto? - perguntou batendo em minha porta.
- Sim, eu estou aqui. - murmurei olhando para minha imagem no espelho do meu quarto.
- Posso entrar? - pediu já abrindo a porta. Não reclamei. - O que está fazendo?
Pude ouvir seus passos até mim. Eu estava sentada em uma poltrona em frente ao espelho de corpo inteiro do meu quarto. Em momento algum desviei meus olhos
de minha própria imagem, nem mesmo quando Mota postou se atrás de mim, inclinou seu corpo e me abraçou por trás.
- É então? O que estava fazendo? - voltou a perguntar e seus olhos me sondavam.
- Só estava... Pensando. - só não diria em que. Nós estávamos em um clima bom e se eu revelasse o que estava me deixando pensativa, ele perderia a alegria.
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"The contract" Adaptação Moju
Fiksi PenggemarUm plano mirabolante envolvendo uma jovem pura e um ambicioso empresário. Júlia Mara Franco é envolvida em um esquema criado por João Pedro Mota acreditando que o mesmo a ama, mas a realidade é muito diferente disso. Mota precisava casar para poder...