Não, não era hora disso, de pensar em coisas tristes.
Mota estava ali comigo e era meu namorado, a
felicidade estava completa agora.- Mas você tem a mim agora. - ele murmurou em
meu ouvido, nem notei sua aproximação.
Fiquei imóvel encostada na pia enquanto os braços
de João circundavam minha cintura puxando-me
para mais perto do seu corpo. O calor que emanava
de sua estrutura máscula era intoxicante. Virei-me
ignorando os poucos talheres que ainda não tinha
lavado e fitei seus olhos cor de topázio, abrasadores.Sensações que nunca experimentei antes mne
assaltaram, vontades desconhecidas. Vontade de
me entregar aquele homem sem me importar com
as consequências. Isso era errado, muito errado,
mas minha racionalidade foi algo que meio que
desapareceu quando eu o vi pela primeira vez
transitando pelos corredores. João Pedro beijou-me na testa, em uma das pálpebras, na bochecha,
beijou-me no pescoço e eu, arfante, acabei dizendo
algo que não pretendia dizer, não naquele
momento.- Eu sempre te amei, desde a primeira vez que o
vi na empresa. - sussurrei não sabendo se ele me
ouviria, mas ele ouviu. Parou. Afastou-se um pouco
e me fitou intensamente. Havia algo em seus olhos,
um sentimento, desconhecido pra mim.- Eu preciso ir. - disse subitamente afastando-se. Eu
fiquei confusa. O que eu tinha dito?- Espera. O que foi que eu fiz? - perguntei enquanto
o via pegar seu casaco em cima de um dos sofás e vesti-lo.
Oh droga que boca grande a
minha! Por que tive de falar em amor?- Não fez nada, claro que não!- falou
parecendo apavorado. Veio e beijou-me para logo
após partir.
Eu não entendi o seu ato, senti que ficou
embasbacado por minha confissão.Ou talvez
estivesse com pressa, tendo algum compromisso
importante. Eu não devia levar tudo aquilo
seriamente. Se eu tive alguma duvida com relação
ao acontecido do jantar, essa dívida se dissolveu,
pois, após tomar meu banho e me recolher para
dormir, notei que havia uma mensagem no meu
celular.Era Mota e ele dizia de forma simples, porém
significativa a frase:
"Eu amo você. João Pedro"
Isso foi o suficiente para as dúvidas se evaporarem e
eu voltar a mergulhar em sonhos sabendo que logo
mais uma manhã ao seu lado eu teria.Pov's Mota
Ela disse sim ao me pedido de namoro, eu sabia que
isso iria acontecer. Feliz por meus planos estarem
rumando de acordo com meu planejamento, eu dei
duas passadas e a abracei. A satisfação de ter meus
planos praticamente concluídos era enorme.- Obrigado. - eu disse a ela.
Claro que Júlia, ignorante como é, não saberiao
porquê eu estaria agradecendo. Nem devia saber.E para fechar o momento com chave de ouro
Para ela, claro), eu a puxei e a beijei. Não era
o melhor beijo do mundo, eu devo ter sido seu
primeiro, mas também não era o pior. Ela, apesar da inexperiência, se deixava conduzir facilmente
durante o beijo, isso facilitava demais as coisas para
mim.Como o beijo estava melhor do que o previsto, eu
acabei por me empolgar e desci minhas mãos da
até suas nádegas. Júlia arquejou com meu
ato e me afastei dela. Oh droga eu havia passado dos
limites! Virgem como ela é, certamente não estava
acostumada a contatos mais íntimos. Eu teria que
me policiar afinal eu prometi a mim mesmo que
apesar de ter como objetivo desposá-la eu não iria
cintura
tocá-la mais intimamente.- Me desculpe eu... - começou a dizer parecendo
apavorada.
Eu que abuso dela e é ela que me pede desculpas?
Que garota estranha.- Não, sou eu que devo me desculpar, foi
indelicadeza o que eu fiz. - eu disse tentando
parecer arrependido.Claro que era tudo um ardil. João Pedro Mota nunca
se arrependeria de tentar se aproveitar de uma
mulher. Foi por me aproveitar que garanti minhas
melhores noitadas com mulheres.- Tudo bem eu só... É que tudo é muito novo para
mim. - falou constrangida.
Tão tipicamente virgem! Isso me deixava um
pouco aborrecido, mas nunca eu deixaria tal
aborrecimento transparecer.-Ok. Vamos então? - peguei sua mão a fim de
encerraro assunto.
Eu a conduzi em silêêncio até meu carro. Essa era a
principal vantagem de ter Júlia como alguma coisa,
ela não ficava tagarelando., Assim que chegamos ao
carro eu disse:-Quer ir para casa ou poderíamos desviar o
caminho?- perguntei querendo fortificar ainda
mais meus laços com ela. Quanto maior os laços,
mais rapidamente eua desposaria. Ela pareceu
temerosa com algo, não foi dificil adivinhar com o
que estava temerosa. - Não se preocupe, eu não vou
levá-la a um motel ou algo assim, nunca! - eu disse
sorrindo.Que idéia ela pensar que eu faria tal coisa,
ainda mais com ela! Cruzes! Ela sorriu.- Me desculpe, não é nada disso eu... Deixe pra lá.
Bem, já que nós somos namorados eu acho que
teremos outras noites para sair. Eu estou um pouco
cansada.
Tanta coisa aconteceu! - ela disse.Claro que estava desnorteada, como um cara como
eu iria se interessar por ela? Ainda era difícil para
eu engolir que eu estava apelando para tal coisa.
Segurei sua mão e seguimos dessa forma, calados e
de mãos dadas, até seu apartamento.- Posso vir aqui buscar você? - perguntei ao
estacionar em frente ao local onde morava. Queria
sair logo daquele gueto, todo mundo olhava meu
carro, boa parte deviam ser marginais.- Me pegar? - perguntou confusa. Que garota de
raciocínio lento!- Amanhã pela manhā. Poderíamos tomar café
juntos antes de irmos para o trabalho.- Claro. - Júlia concordou.
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"The contract" Adaptação Moju
FanfictionUm plano mirabolante envolvendo uma jovem pura e um ambicioso empresário. Júlia Mara Franco é envolvida em um esquema criado por João Pedro Mota acreditando que o mesmo a ama, mas a realidade é muito diferente disso. Mota precisava casar para poder...