Maratona = (8/15)
Eu estava entorpecida, não encontrava o comando do meu corpo. Mota não me deu a chance, de novo. Avançou mais faminto do que antes me beijando com vontade, tocando meu corpo com um pouco mais de força e, no processo, retirando minha lingerie.
Eu ainda estava em dúvida. A racionalidade brigava com a emotividade e por esse motivo eu estava parada sem corresponder aos estímulos dele.
Ele percebeu minha imobilidade e sustentou seu peso, seu corpo sobre mim. Seus olhos em mim esperando por algo, esperando que eu acordasse da letargia. Ele estava tão próximo de mim! E mesmo que estivesse ao alcance das minhas mãos, eu não me movia para tocá lo como havia feito no corredor.
- Júlia... - João Pedro me chamou. Um sussurro em meio à escuridão.
- Por favor... - foi tudo o que disse.
Ele queria que eu reagisse a ele, queria que eu eliminasse a dúvida e tomasse posição naquela situação. Eu tomei, mas não a decisão sábia. Ergui uma mão e toquei seu rosto que estava a centimetros do meu. O mesmo suspirou e fechou os olhos entregando-se a carícia simples que eu proporcionava.
Deixou novamente seu corpo pesar sobre o meu. Um arrepio perpassou meu corpo quando minha pele nua tocou sua pele. Eu senti muitas coisas naquele contado: o calor dele, abrasador; o seu cheiro másculo e doce; seu hálito quente; sua masculinidade.
Eu nunca havia estado com um homem tão intimamente antes. Eu não sabia o que fazer, mas... Eu fazia. Minhas mãos acariciaram os seus braços, os músculos risos, e seguiram para suas costas. João Pedro lambeu meu pescoço até encontrar o lóbulo da minha orelha sugando-o. Senti o meu corpo inteiro ser tomado de espasmos e um calor abrasador. Fiquei desnorteada com essas sensações, eu não estava acostumada a isso. Mota segurou meu rosto e me beijou de uma forma selvagem. Eu correspondi beijando de uma forma que nunca beijei homem algum, nem mesmo ele.
Minhas mãos foram para o seu cabelo puxando-o com força, forçando-o a não afastar seu rosto de mim. Ainda sim teve forças para se afastar. Seus lábios migraram para baixo beijando minha clavícula e foram descendo até chegar aos meus seios.
Eu sabia teoricamente sobre sexo (antes da minha lua de mel eu procurei saber sobre o assunto), mas tudo estava sendo novo para mim. Então quando ele tomou meus seios com a boca, eu tentei me afastar assustada.
Recuei na cama afastando-o com as maos. João Pedro ficou temeroso com meu ato, devia ter pensado que eu o estava recuando. Ele deve ter captado o porquê do empurrão que dei nele. Eu era virgem, inexperiente então, e ele era o primeiro. Aquele que me ensinaria a tudo. Ele entendeu.
- Confie em mim. - murmurou.
Eu queria rir pelas suas palavras. Confiar nele? Seria o mesmo que confiar em uma serpente!
A Júlia sarcástica aproveitaria aquela situação para protestar, mas eu não consegui.
João inclinou-se vagarosamente, os olhos em mim, e beijou meus seios. Mordi o lábio inferior para reprimir um gemido e minhas mãos seguraram fortemente os lençóis. Beijos em meus seios, minha barriga... Descendo, sempre descendo. Minhas pernas foram afastadas pelas suas mãos. E então...
O paraíso
Certa vez li em algum lugar que o orgasmo, o prazer sexual, para os franceses é chamado de "pequena morte”. De fato eu sentia como se estivesse morrendo de tão imersa que estava no prazer que Mota me proporcionava com seus lábios.
Sons incompreensíveis saiam de meus lábios enquanto o prazer me dominava. Tentei fechar as pernas, mas João Pedro as manteve abertas tocando-me intimamente em minha feminilidade com sua língua. Um ir e vir de algo desconhecido atingia meu corpo. Algo crescia a cada vinda,
a cada carícia. Meu corpo reagia a todas essas sensações serpenteando. E entao...A morte
Meu corpo relaxou completamente e tudo cessou por alguns instantes: meus gemidos, minhas mãos que apertavam os lençóis e minha respiraçao. Eu me sentia imersa no vazio enquanto meu corpo inteiro pulsava pelo orgasmo alcançado. Eu tinha que admitir ainda que somente para mim, que aquela fora uma experiência sem igual. Senti na pele dedos que me tocavam e lábios que me beijavam num caminho inverso ao caminho feito.
Colocou seu corpo sobre o meu e, com seu rosto
a apenas alguns centímetros do meu, ficou me observando. Estava claro para mim, pelo modo como me olhava, que ele estava satisfeito consigo mesmo, satisfeito por ter me proporcionado prazer, por ter sido o primeiro. Acariciava meu rosto com uma mão. Sua carícia durou apenas alguns instantes, Mota esperava por algo.Por fim minha respiração voltou ao normal e o torpor pelo orgasmo cedeu. Era bem provável que João esperava por isso. Voltou a deitar se sobre mim, aproximou seus lábios do meu ouvido e sussurrou:
- Esta noite é sua. O prazer será só seu. - mordiscou minha orelha e com suas pernas afastou minhas pernas.
Aquele era o momento para aceitá-lo ou negá-lo, não haveria volta se eu permitisse que ele me tomasse por completo. Ainda que eu decidisse não ficar com ele, meu corpo estaria sempre marcado por ele. Meu tempo havia acabado, pude sentir em minhas entranhas quando João Pedro uniu seu corpo ao meu.
- Ah! - arfei sentindo uma dor aguda golpear meu ventre.
Por reflexo afastei-me dele, mas o mesmo me manteve parada segurando-me pela cintura. Eu iria protestar, mas João Pedro beijou me sufocando o gemido de dor que eu iria fazer. Senti seu corpo ir de encontro ao meu, minha virgindade sendo arrancada de mim por ele.
Correspondi ao seu beijo desnorteada demais para fazer outra coisa que não isso. Mota sabia de alguma forma de minha agonia, tentou através de seus lábios nos meus e de suas mãos em meu corpo me excitar e assim eliminar a tensao e a dor. Nao sei como ele conseguiu, mas fui relaxando ao seu toque, aos seus beijos, e a dor foi desaparecendo sendo substituída por um prazer sem precedentes. Minhas mãos acariciaram seus braços, suas costas. Em alguns momentos arranhei suas costas, mas o mesmo não protestou.
Minha vingança, minha única vingança para o
que ele fazia comigo. Enquanto nossos corpos se encaixavam e os gemidos dele eram mesclados com o meu nome, pude sentir novamente o prazer chegando, agora mais potente do que antes. E eu não era a única a sentir esse prazer, João Pedro também o estava sentindo.
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"The contract" Adaptação Moju
FanfictionUm plano mirabolante envolvendo uma jovem pura e um ambicioso empresário. Júlia Mara Franco é envolvida em um esquema criado por João Pedro Mota acreditando que o mesmo a ama, mas a realidade é muito diferente disso. Mota precisava casar para poder...