"Ele Sabia Que Estava Usando Júlia"

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Perguntei-me como ela poderia ficar com um pouco
de produção, mas não quis pensar muito no assunto.

Júlia parecia querer algo mais, não era a primeira vez que seu corpo a denunciava. Apesar de virgem, ela não temia ser tocada mais profundamente por alguém, diria até que ansiava.

Enquanto nós estávamos envolvidos naquela
atmosfera de excitação eu me perguntei "por que não?". Senti que Júlia tentava abrir minha camisa e então eu encontrei a resposta prara minha pergunta.

"Por que eu não poderia tocá-la?".
Por que era o mínino que poderia fazer por ela, já que iria usa-la."
Eu me afastei sentando no outro sofá. A garota ao meu lado agora me olhava chocada certamente.

- Desculpe. Não era minha intenção desrespeitá-la. - disse.

- Não me desrespeitou. Eu.. eu não acho que...O que eu quero dizer é..
Eu estou pronta. - ela disse. Eu a fitei.

Mais que c4ralho! recusar uma mulher que queria sexo não era uma das minhas qualidades! Se eu ficasse ali um pouco mais eu acabaria..

-Eu preciso ir. Venho buscá-la mais tarde.

-Amor, não precisa ir. Foi algo que eu disse? - Júlia perguntou.
Como sempre se culpando! Talvez fosse culpa dela mesmo. Eu senti que estava perdendo cada vez mais o controle. Aquele ar de inocência que a envolvia mesclado com o desejo que estava estampado nos seus olhos era algo atordoado.

- Não é nada Júlia é só que... Bom. Eu achei que seria bom se nós dois deixássemos isso para depois. Que outros homens nunca ouvissem uma sugestão o tão absurda dessas! Iriam achar que sou gay!

- Depois quando? - ela perguntou impaciente.
Que drogal As virgens não deveriam temer serem tocadas intimamente? Queria que Any fosse daquelas que dissuadem um homem que queria possuí-la. Assim tudo seria mais fácil pra mim.

- Depois do casamento. O que acha?

- Não  precisa fazer isso por mim. - Ela
murmurou meramente frustrada.

- Não faço apenas por você, faço por mim também. Ju, entenda que durante esse tempo eu sempre me envolvi com mulheres.. Mulheres impuras por assim dizer. Mulheres que se entregavam a mim apenas com o intuito de ganhar algo valioso em troca. Agora eu tenho você e quero que tudo seja perfeito, a moda antiga. Quero que seja minha após estarmos
casados. E um capricho, eu sei, mas... - esperava que ela não visse a mentira estampada na minha cara. Que coisa mais idiota de se dizer! Até parece que eu era do tipo cumpridor de regras arcaicas como essas!

- Não, eu entendo. Se for assim que deseja, será
assim. - Júlia disse e notei que estava rubra. Sorri. Levantei-me do sofá sentando ao seu lado e a beijei.

- Eu realmente estou feliz que tenha aceitado. -
sussurrei em meu ouvido. Eu estava feliz, agora
poderia pegar minha grana. - Eu preciso ir. Vejo você ao anoitecer.
Sai de lá rapidamente antes que fizesse besteira.
Agora eu tinha uma nova fase a cumprir: fazer
com que minha irmã aceitasse Júlia e não contasse a verdade.

Fiz tudo para agradar Júlia. Estava bem vestido, levei flores (um buquê barato,admito. Não quero acostumá-la mal), a elogiei (verdade seja dita ela estava bonita. Júlia ficava muito bem de azul).

Ela estava muito calada enquanto eu dirigia.
Procurei puxar assunto.

- Então, sentiu minha falta? - perguntei. Uma
pergunta nada origirnal a meu ver.

- Claro. Mas ainda sim foi bom que você ternha ido embora de casa.

- Por quê? - eu a olhei sem saber o que ela queria
dizer com aquelas palavras.

- Eu meio que fiquei catatônica após sua saída.
Foi dificil digerir o fato de que fui pedida em
casamento. Ah claro. Eu já imaginava que ela ficaria em choque. Não étodo dia que o príncipe pede a gata borralheira em casamento antes de vê-la apresentável.

- Por que é tão difícil aceitar que a pedi em
casamento? - perguntei. Queria saber se ela
desconfiava de algo logicamente.

- João eu não sou muito adequada pra vocë.
Era impressionante como Júlia se depreciava! Era por isso que não gostava de pessoas como ela, pessoas que não se valorizavam!

Ela deveria recitar a frase "sou gostosa, e daí?", mesmo que ela fosse um bagulho. E Júlia não era um bagulho, não muito pelo menos.

- Não quero ouvir tal idiotice. Pare de se diminuir. disse com aspereza. A mesma ficou calada e eu também.
Estávamos em frente à casa de Ana Júlia.

- Pronta? - perguntei tocando a campainha.
Agora era a prova de fogo. Eu não poderia deixar Ana contar a verdade, mas como eu a impediria se ela quisesse falar?
Será que conseguiria dopá-la com alguém anestésico antes que Pedro percebesse e quebrasse minha cara?

- Sim. - murmurou.
Beijei a aliança e a ela n tentativa de diminuir sua tensão. A porta foi aberta pela governanta.

- Boa noite, bem vindos. - disse uma governanta.
Alguns empregados atrás sorriam como imbecis
para nós. Entramos e notei o olhar de Júlia avaliando a casa.

Acho que ela nunca tinha entrado em lugares como a casa de Ana Júlia. E então avistei minha irmã e Pedro.

- Boa noite. Bem vindos! - nos cumprimentou e então estacou. Ela viu Júlia ao meu lado. Ana era
muito perceptiva, logo perceberia que eu a estive observando para escolher a candidata perfeita. Seus lábios ficaram em uma linha rígida e sua testa se franziu. E então num passe de mágica ela mudou.

- Júlia! Não acredito que é você! Que bom vê-la!-
abraçou Júlia e, aproveitando que ela estava de
costas, mandou o dedo do meio para mim. Eu sorri.

- Olá Ana . - Júlia disse abraçando-a.

- Bem vindos. Ficamos felizes que tenham vindo.
Pedro falou. -Muito prazer em conhecê-la Júlia Franco.

- Como sabe meu nome? - perguntou.
Certamente Ana gostou tanto de
Júlia que falou dela até para Pedro.

-Minha esposa fala muito de você, parece gostar
verdadeiramente de você. - disse Pedro.

-É claro que gosto! Júlia salvou minha noite certa
vez, sabia disso João? - ela
virou-se para mim com hostilidade. Como imaginei, Ana sabia da verdade, sabia que eu a espionei. - Certa noite eu sai com Pedro para um barzinho, mas meu sapato quebrou. Júlia entregou seus próprios sapatos para que eu não perdesse minha noite.

- Ah, Júlia me faloua respeito quando comentei que você queria conhecer minha misteriosa namorada. Disse que vocês se falavam. Que coincidência boa não acha Ana? - zombei.
Ana Júlia estava furiosa, eu sabia. Os outros
pareciam confusos. E então vi Pedro congelar a
expressão minimamente. Finalmente ele percebeu.
Claro, ele esteve ao lado de Ana Júlia durante
a leitura do testamento. Ele sabia que eu estava
usando Júlia.

"The contract" Adaptação MojuOnde histórias criam vida. Descubra agora