"O gosto da sua boca era muito bom"

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Eu a puxeie a beijei.

Júlia desconhecia o beijo, eu a ensinei a tal. Mas
agora beijava muito bem. Com um professor como eu é claro que ela iria saber beijar em pouco tempo. Beijá-la era algo bom, mas não chegava a provocar excitação como os beijos de Kate então eu classificaria seu beijo como tedioso. Eu me aproximei de seu pescoço inalando o perfume que havia ali, graças a Deus a garota era sempre limpa.

- Está tão cheirosa. - murmurei..
Eu a senti reagir a isso, seu corpo a entregava
sempre. Era inegável que eu a despertava para
o sexo com atos simples e me sentia satisfeito
por isso. Era o mínimo que podia fazer para dar
credibilidade a nossa relação visto que não poderia aprofundar as carícias nela. Senti meu corpo também reagir e rapidamente afastei ela de mim fazendo com que ela sentasse ao meu lado.Eu tinha que me policiar para não ir mais além.

- Termine de se arrumar, eu vou esperar aqui, -
Disse.
Júlia me olhava de forma especulativa e eu sabia que ela se perguntava por que não havíamos avançado na relação, por que eu sempre parava quando as coisas esquentavam. Ela parecia querer, eu podia ver isso. Mas eu não daria o que ela queria.

- Ok. disse e seguiu para o seu quarto.

Confesso que durante esses três meses de namoro houve momentos em que eu deixei o autocontrole se esvair e quase fui além
com Júlia, era difícil me policiar quando as coisas esquentavam, mas eu consegui me deter.

Ela nunca falava nada, mas também não ficava satisfeita. Ela fazia um biquinho sempre que eu parava na hora "H', um biquinho muito fofo, devo ressaltar. Mas eu não podia correr riscos, não se isso fosse implicar em engravidá-la.

Claro que eu poderia conversar com Júlia, dizer
que não quero ser pai e aconselhá-la ao uso de
métodos contraceptivos, mas havia algo em mim, o pouco de moralidade que sobrevivera a minha vida promíscua, que queria mantê la intocada. Se eu iria arruinar com a vida da moça, poderia pelo menos poupá-la de ter o
arrependimento de ter se entregado a mim.

- Desculpe a demora. - a voz soou quebrando minha linha de pensamento. Ela estava arrumada, bonitinha até. Quando se
sentou ao meu lado eu ergui minha mão e afaguei sua bochecha.

- Não demorou nada.

- Então você já tomou café? Eu posso preparar algo para você. - fez menção de se levantar, mas eu a reative. Eu não poderia mais protelar aquilo. Coloquei uma máscara de seriedade. Era a hora da atuação impecável.

- Não, eu comi antes de vir para cá. Então eu quero conversar com você antes de irmos ao jantar que Ana Júlia está promovendo. - me justifiquei pensando no que diria a ela.

- Ah sim, vocë disse que queria conversar. Então
diga sobre o que é. - perguntou

Segurei suas mãos entre as minhas. Isso não seria fácil. "Vamos lá você consegue! Não é algo definitivo afinal. Após o casamento Júlia vai querer se separar rapidamente de mim quando descobrir meu gênio."pensei e quase sorri com isso, quase.

- Ju, eu sei que é cedo para tal coisa, mas visto que não tenho dúvidas sobre você eu não quero mais esperar. Desde que você entrou em minha vida eu não consigo me imaginar sem você ao meu lado e mesmo o pouco que eu já
tenho já não é o suficiente. - eu nem a olhava para testar sua reação as minhas palavras. Fixei meus
olhos em nossas mãos.

-  João eu.. - ela começou a falar, mas eu a impedi colocando meu dedo indicador em seus lábios.

- Deixe-me terminar, por favor! - peguei a caixinha com a aliança no bolso de minha jaqueta.
- Júlia... - eu a chamei enquanto minhas mãos abriam a caixa. Ela apenas me olhava. -Você, aceitaria ser minha esposa?-perguntei. Estranho dizer, mas, enquanto olhava sua face paralisada pelo espanto, fiquei tenso caso ela me negasse.

Ela poderia me negar, não poderia? Por mais
impossível que isso parecesse, Júlia poderia dizer não a minha proposta. Se ela fizesse uma sandice dessas, eu seria capaz, num acesso de fúria, mandá-la para o inferno. Ela ficou parada me olhando.

Ela estava tão parada que estupidamente me perguntei se ainda estava viva. Talvez eu a tivesse matado do coração com a proposta. Se isso acontecesse seria o inferno, lá se vai três meses de bajulação para com ela! E então eu vi as lágrimas descendo de seus olhos.

M3rd4! Se tinha uma coisa que eu odiava era ver uma mulher chorando. Por isso sempre terminava com meus casos pelo telefone.

-Meu amor, o que foi? Por que está chorando? - perguntei secando as lágrimas com a ponta de meus dedos.
Júlia pareceu enfim ter alguma reação.

- Eu.. Eu só... - ela gaguejava. Continuei a afagar seu rosto.
Por que ela estava assim? Será que estava nervosa sem saber se deveria aceitar ou não?

- Escute você não precisa responder agora. Pode ter o tempo que quiser para
pensar afinal de contas é um grande passo para
nossas vidas e.. - ela simplesmente se jogou em meus braços. E eu a abracei apertado sentindo o gosto da vitória.

Aquilo era claramente um "sim".
Após alguns minutos eu me afastei e coloquei a
aliança em seu dedo, ergui sua mão beijando-a num gesto que certamente deixaria a garota nas nuvens. Eu me inclineiea beijei.

Tudo bem eu admito que agora Júlia beijava bem, o gosto da sua boca era muito bom, melhor do que o de Kate, mas isso não queria dizer nada. Eu experimentei aproveitar sem ligar para cuidados, de um jeito muito próximo ao que eu fazia com Kate.

E quando dei por mim eu estava sobre o corpo dela beijando-a avidamente.
Toquei seu abdômen massageando-o. Mesmo
coberta com vestes feias eu sabia, enquanto
a tocava, que Júlia tinha um corpo bonito.

"The contract" Adaptação MojuOnde histórias criam vida. Descubra agora