"Não, Não Venha Aqui..."

52 1 0
                                    

Pov's Júlia

Batidas me despertaram de um sono bom.
Cambaleante, peguei meu hobby e o vesti enquanto seguia para a porta. Dei uma topada no dedo mindinho enquanto caminhava debilmente pela sala. Abri um pouco a porta e então vi uma linda mulher de cabelos espetados, longos.

- Ana Júlia? -perguntei. Ela abriu um sorriso
incrivelmente ofuscante.

- BOM DIAAAAl - entrou em meu apartamento
empurrando-me um pouco. Virou-se para mim.

- Cheguei muito cedo? Eu acho que não até por
que sei que você é uma excelente funcionária que sempre chega antes do horário então eu não cheguei cedo. Por que ainda está de pijama? Vamos! Você tem que se arrumar!- agora Ana Júlia parecia um pouco histérica. Era difícil acompanhar suas mudanças de humor.

-Hmmm Ana, eu acordei agora a pouco. Pode
falar devagar? Estou um pouco desorientada pela sonolência. - disse. Ana Júlia respirou fundo e foi se acomodar em meu sofá.

- Arrume-se cunhadinha, temos muito que fazer.
Tenho apenas uma semana pra preparar o maior casamento de todos os tempos e vou precisar de sua ajuda.

- Ana, eu não sei se poderei ajudar. Não
entendo nada disso. -falei embasbacada. E ele sorriu.

- Não se preocupe Ju. Sou eu que cuidarei de
tudo, mas você vai precisar estar ao meu lado para experimentar seu vestido. O resto deixa comigo. E meu irmão cuidará de sua mudança então você não precisa fazer nada. Ah, acho melhor passarmos na empresa para você convidar quem quer convidar.

- Tudo bem. Vou tomar um banho. Quer alguma
coisa antes de eu ir para o banheiro?

- Não, eu estou bem. Vá logo se arrumar. Temos
muito que fazer hoje. - disse pegando
uma revista do porta-revista e voltando a se sentar no sofá.

Fui para o quarto, retirei meu pijama e peguei
minha toalha. Meu banho foi rápido, mas completo. Não me dei ao trabalho de me emperiquitar, vesti uma calça, tênis e um moletom qualquer. Amarrei meus cabelos num rabo de cavalo e sai. Ana Júlia me olhou como quem me reprova, acho que não gostou de minhas vestes.

- Espero não ter demorado. Vou comer alguma coisa e a podemos sair.- mas näo cheguei a entrar na cozinha. Fui retida pelo pulso por Anaju.

- Nem pensar! Eu programei todo o seu dia, não
dá tempo para isso! Venha, compramos algo no
caminho e você come no carro. -e então, numa
pressa assustadora, então seguimos para a
empresa para convidar aos meus poucos amigos.
Ah, ela me deixou comer algo no caminho. Ela não era tão carrasca como me pareceu em primeira instância.

...

-AHHHHHHHHHHHHHHHHHHI

-Izabela, não grita! -pedi, ou melhor, supliquei.
Bela tapou a boca com as māos. Duda, que estava sentada ao seu lado na minha cadeira, deu um tapinha nas costas dela.

- Estamos muito felizes pro você, amiga. - Duda
disse de forma gentil. - E obrigada por me deixar
convidar o Gab.

-E obrigada por escolher a MIM como sua
madrinha!- Bela levantou-se da cadeira em que
estava sentada e me abraçou. - Então se você vai
casar com o gostoso não precisa mais esconder Rô relacionamento de todos daqui da empresa, certo? - Izabela tinha os olhos brilhantes e me assustei com isso.

-Bela, mesmo que não haja mais problema em
todos saberem de minha relação com Mota, eu
prefiro manter as coisas no maior sigilo afinal eu ainda vou trabalhar aqui e não quero que pensem que terei privilégios por ser a esposa dele.

- Você é besta Júlia! Se eu estivesse no seu lugar eu iria exibi-lo pra todo mundo ver! Até por que ele é muito cobiçado por todas, elas precisam saber que agora ele tem dono. - Bela voltou a se sentar enquanto falava. Balancei a cabeça discordando. Eu não faria algo assim com ele, tratá-lo como objeto, mesmo que a idéia de Bela fosse tentadora.

-Não faço questão dessas coisas.

- Então o casamento vai ser mesmo daquia uma
semana? Acha que a senhora Ana Júlia consegue
organizar tudo? - Duda perguntou.

- Não sei, mas se ela diz que consegue então não
tenho porquê duvidar dela. Vou sair com ela pra
cuidar dos preparativos. Ficarei uma semana de
folga.

...

- Ah Júlia não há tempo pra isso! Vamos logo!-
Ana tentou me puxar para o elevador que
já estava com a porta aberta, mas consegui me
desvencilhar.

-Eu não vou demorar! -disse enquanto andava
apressadamente para a sala do meu amor querendo abraçá-lo, beijá-lo, matar aquela saudade que sentia mesmo quando estávamos a pouco tempo afastados.

Caminhei apressadamente e quando fiquei fora de vista dos demais funcionários passei a correr. Entrei em sua sala e logo o notei sentado em sua poltrona, pareceu assustado ao me ver.

-Oi amor. - disse risonho. Parecia tenso, meio
assustado. Não consegui decifrar sua expressão. - Não estava com Minha irmã?

- Sim, nós vamos sair. Vim para dar um oi e um
beijo. disse aproximando-me, João Pedro pareceu enrijecer a cada passada de meus pés.

- Não! Não venhal Fique ai - ele disse. Eu o olhei,
confusa.- Estou meio gripado. Não quero que
pegue!

- Hmmm.. Tudo bem então. Espero que melhore.
- disse saindo da sala. A cada passada de pés em
que me afastava, ele parecia mais aliviado. O que estava acontecendo com ele?

Eu realmente queria poder falar com João
decentemente, mas bem como o próprio havia
falado, eu não tive tempo para nada! Tanta coisa
a ser feitae curiosamente Ana me rebocava
com ela mesmo que minha presença não fosse
necessária. Não era algo ruim, Anaju era uma
pessoa muito agradável. Seria muito bom tê-la como da família.

"The contract" Adaptação MojuOnde histórias criam vida. Descubra agora