Eu não sabia se estava agindo certo, João poderia
ficar aborrecido. Bom, Deus sabe que eu tinha a
melhor das intenções. Só fiquei uns cinco segundos
na parada quando ouço uma buzina ao meu lado.Vejo João Pedro em seu carro olhando para mim com
confusão evidente nos olhos. Olhei para todos os
lados para me certificar que ninguém da empresa
tinha nos notado e entrei no lado do carona.- Júlia por que não esperou por mim?
- Eu não sabia se você estava livre para me levar
para casa. Você esteve tão ocupado hoje. Eu não quis
incomodar. - murmurei. João sorriu, e afagou minha bochecha.- Não seja boba. Eu sempre terei tempo para você. Desculpe-me por não ter feito companhia na hora do almoço, estive ocupado.
- Está tudo bem. Não precisa fazer esforço por mim.
Sentiria-me muito mal se você fizesse algo assim, - confessei subitamente preocupada.Só para estar aqui comigo, quanto esforço ele não
estava fazendo? Apostaria meu salário que ele devia
estar cansado, mas ainda sim se disponibilizava
para me ver e me levar até em casa.- Não importa quando esforço eu faça para estar ao
seu lado, eu me sinto muito bem com isso por
isso não se preocupe.- ele disse e inclinou-se beijando
minha testa, fechei os olhos para melhor apreciar o
contato.João afastou-se dando partida no carro, mau era
perceptível o barulho do motor de tão silencioso
que era. Afivelei o cinto de segurança e me permiti
relaxar no banco de couro.-Que tal jantarmos agora? Quero compensar
pelo tempo que não ficamos juntos. Conheço um
restaurante ótimo com uma bela vista.
Pensei em sua proposta e em como João Pedro sempre me
levava para lugares de sua preferência e acabava
por pagara conta. Tive uma súbita idéia que logo
pus em pratica.-Você não gostaria de jantar lá em casa? Não se
preocupe, eu cozinho bem o suficiente para tornar
minha comida comestível. - eu disse levemente
divertida. Mota acompanhou meu sorriso com um dos seus.-Você cozinhará para mim? Que honra! Claro que
aceito, mas.. Não será um incomodo? Você deve
ter tido um dia igualmente cansativo. Eu não quero
dar-lhe este trabalho.- Imagina! Eu quero compensá-lo.
-Tudo bem então.
Seguimos rapidamente para casa dando uma
passadinha em um supermercado, João Pedro queria
comprar uma garrafa de vinho e eu alguns
ingredientes para o prato que eu estava pensando
em preparar.- Nossa, isso está muito bom! Melhor do que muitos
pratos preparados pelos chefes mais habilidosos!
- João disse com entusiasmo enquanto eu o servia
novamente da lasanha que havia preparado.Ele degustou o prato com a garrafa de vinho que
havia comprado e eu, que não sou acostumada
com bebida alcoólica de nenhum tipo, comi com
refrigerante.- Fico feliz que tenha gostado. Eu pretendia fazer
algo mais elaborado, mas...- Imagina Jú está ótimo. - Mota comia sua segunda
porção com gosto, mas ainda conservando as
habilidades de alguém que aprendeu a degustar
de uma refeição com requinte. iquei um pouco
acanhada para comer em frente a ele.-Este é um bom lugar para morar. Bem arejado,
limpo... Com um toque seu fica perfeito, -
comentou enquanto olhava com olhos quase clínicos
meu apartamento. Eu corei.- Obrigada.
- Mora aqui há muito tempo?
- Não. Logo que me formei em contabilidade e vim
para cá eu adquiri esse apartamento então tem
só uns dois anos. - disse pegando a louça suja que
não estava sendo usada de cima da mesa. João me
ajudou a levar a louça até a pia.- Deixa que eu faço isso. Definitivamente
não vou querer sua ajuda a lavar a louça. - falei
zombeteira. Ele deixou os pratos na pia e afastou-se.- Tudo bem, hoje passa, mas da próxima eu ajudo.
falou enquanto sentava-se em uma das cadeiras da
mesa da cozinha.- Seus pais moram em outra cidade? - ele perguntou
tentando, supus, me conhecer melhor. Respondi
naturalmente.- Eles morreram há algum tempo. - disse tentando
dar atenção a louça.-Sinto muito. - murmurou, parecia pouco a
vontade, pelo menos era isso que o tom de sua voz
sugeria.- Tudo bem. Faz algum tempo, eu já superei.
- Mas ainda deve ser um tema difícil de conversar.
Pelo menos comigo é assim.
E naquele instante eu entendi o que ele disse. Eu
sabia através de funcionários da empresa que a mãe de João morrera cedo e seu pai algum tempo depois
deixando a empresa aos filhos João Pedro e Ana Júlia Mota- Eu soube, por funcionários da empresa, que você
perdeu os pais. Eu sinto muito. Sei bem como é
isso. Pelo menos você tem Ana Júlia , sua irmă. Eu era filha única e meus pais não tinham parentes próximos então eu meio que fiquei são após a morte deles. - falei sentindo a garganta apertar
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"The contract" Adaptação Moju
FanfictionUm plano mirabolante envolvendo uma jovem pura e um ambicioso empresário. Júlia Mara Franco é envolvida em um esquema criado por João Pedro Mota acreditando que o mesmo a ama, mas a realidade é muito diferente disso. Mota precisava casar para poder...