Puxei Júlia de encontro ao meu corpo querendo
me fundir a ela. Eu a encaixeiem meu colo. Ela permaneceu lá, atada a mim com suas pernas. Enquanto nos beijávamos loucamente eu a desencostei da porta e a deitei no chão. Sem perder tempo eu a despi, querendo sentir a textura única de sua pele alva. Em alguns momentos rasguei algo, impaciente demais para ser delicado. Ainda sim procurava estar atento para não machuca lá na minha ânsia insuportável de tê-la.Meus lábios migraram para sua mandíbula, seu pescoço, sua clavícula, ombro, seios. Eu sabia que ela estava gostando e isso me encheu de satisfação. Ao menos ela me desejava, ainda que não nutrisse mais o amor que tinha por mim, ela me desejava. Não era o suficiente, eu queria mais, mas era melhor do que ódio.
Minhas mãos em seu corpo querendo deixar seu corpo em chamas como o meu estava, querendo despertar seu lado mais animalesco fazendo-a embarcar naquela loucura. Meus lábios passearam pelo seu corpo, provando cada pedaço. Ela era erótica, deliciosa. Como pude um dia pensar que era sem graça? Ela não tinha experiência e de alguma forma isso a deixava mais perfeita para mim. Lembrei que Júlia foi despertada como mulher por mim, mas não fui o único a tocá la. Fiquei de joelhos e a olhei.
- Leonardo não fazia isso, certo? Ele nem chegou a tocar intimamente em você. - encontrei o elástico de sua calcinha e a abaixei lentamente. Os olhos dela fecharam. - Esse é um privilegio só meu. - continuei deixando-a nua.
Retirei minhas vestes, a urgência desaparecera. Ela já havia me escolhido, não precisava de mais pressa. Júlia acompanhou meus movimentos enquanto me livrara depeça por peça. Quando terminei eu a peguei no colo, surpreendendo-a.
Eu a levei para o meu quarto e a joguei em minha cama. Por alguns instantes contemplei ela ali, nua, arfante, seu corpo brilhante pelo suor olhando para mim. Nunca a vi mais linda. Eu me deitei sobre seu corpo e voltei a beijá la. Suas maos presas acima da cabeça entre uma mao minha e minha outra mão em seu seio. Minha mão antes no seio migrou para sua cintura.
Meu corpo estava em brasas. Eu a queria agora, uma, duas, quantas vezes eu suportasse. Eu queria mantê-la presa ali para sempre, sendo minha e nada mais. Eu sei, pensamentos primitivos, mas verdadeiros.
Júlia deve ter dito algo, mas eu não lhe dei ouvidos. Eu voltei a beijá la. Senti ela me afastar e me preocupei. Só então notei que eu a estava apertando na cintura. Afrouxei o aperto e fechei os olhos encostando minha testa na dela. Ela devia estar assustada com minha urgência.
- Não consigo me controlar. Eu quero tanto você que...! - e meus olhos encontraram os seus olhos castanhos.
O silêncio pairou. Eu queria quebrá-lo e sabia como. Eu sabia o que precisava dizer hoje, amanhã, sempre.
- Eu amo você. - disse enquanto acariciava seus lábios com meus dedos.
Ela não disse nada o que me frustrou. Até agora ela não havia dito nada sobre me amar. Será que nutria apenas desejo por mim? Subitamente ela ergueu uma mão e tocou minha face. Inclinei meu rosto em direção a sua mão. Senti seus dedos em meu cabelo e então um leve puxão, exigindo minha aproximação. Prontamente eu a atendi voltando a beijá la.
Quando eu estava com ela, eu me sentia em um filme. Um lindo filme de amor em que tudo parecia mágico. Aquele momento, o nosso momento, parecia estar sendo emoldurado. Não era sexo, jamais poderíamos chamar aquele ato de sexo. Eu não me interessava em ter prazer, em mostrar que eu era bom de cama. Eu só queria estar próximo a ela, nada mais.
Eu só queria ficar com ela para sempre.
- Júlia? Olha para mim. - pedi enquanto estava dentro dela.
Eu queria ver seus olhos, queria perscrutar sua alma. A mesma me olhou e voltei a ir de encontro ao seu corpo. Prazer. Gemidos. Corpos encaixando-se confortavelmente. Desejo, paixao, amor roubando minha razão. E ela ali comigo, vulnerável, úmida, receptiva.
Encontramos o ápice do prazer uma, duas, três vezes. Eu queria mais, mas sabia que ela precisava descansar. Às vezes eu me continha para que se recompusesse.
...
- No que você está pensando? - perguntei. Júlia deitada de bruços e eu próximo a ela acariciando suas costas. Ela parecia estar pensando no que diria.
- Estava pensando que nós não jantamos e depois de tudo o que fizemos eu estou com fome. - falou esgotada. Eu sorri. Uma provocação me veio à mente para voltar a acendê-la e continuarmos a fazer amor.
- Eu também quero comer algo. - disse tentando não rir.
- E o que seria? - perguntou. Deitei a cabeça no mesmo travesseiro em que sua cabeça repousava.
- Você. - sussurrei.
Ela ruborizou na hora. Se ela estava maravilhosa antes, com o rosto vermelho ficou irresistível. Eu
me aproximei e a beijei deitando-me sobre ela, mostrando a ela minha excitação. Eu já estava pronto para viver mais momentos de prazer com ela e com satisfaçao fui atendido.Eu estava exausto, Júlia também. Eu não aguentava mais, tinha que dormir. Mas antes...
- Júlia. - murmurei sonolento. Ela estava deitada ao meu lado, os olhos fechados. Não os abriu.
- O que foi? - perguntou numa voz que mostrava cansaço, mas não o cansaço que eu estava sentindo. Eu dormiria logo, ela não.
Eu me aproximei do criado mudo ao meu lado e abri a primeira gaveta. Peguei de lá o aro dourado. A aliança dela, desprezada por ela meses atrás. Ela teria percebido que desde que eu me vi apaixonado por ela eu nunca mais tirei minha aliança. Eu me aproximei dela e peguei sua mão esquerda, coloquei o anel no lugar que lhe pertencia, o seu dedo anelar.
- Só estava faltando isso. - murmurei enquanto pensava "também falta você me dizer que me ama".
Eu não iria mais pressioná-la. Estava claro que Júlia precisava de um tempo e eu de paciência. Os dois teriam esses benefícios a partir de agora. Deitei de lado, de frente para ela e beijei levemente seus lábios. Eu me aconcheguei nela toda e apaguei.
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"The contract" Adaptação Moju
FanficUm plano mirabolante envolvendo uma jovem pura e um ambicioso empresário. Júlia Mara Franco é envolvida em um esquema criado por João Pedro Mota acreditando que o mesmo a ama, mas a realidade é muito diferente disso. Mota precisava casar para poder...