"O Que Júlia Poderia Me Ensinar?"

58 1 0
                                    

- Então vamos ao jantar. Venha Júlia. - Ana Júlia
pegou a mão de Dela guiando-a para o seu lado.
Sentei em frente à Júlia e fiquei tenso. Ana se
atreveria a contar a verdade diante de todos?

A medida que minha irmã conversava com Júlia percebi que ela ficava mais tranquila. Ainda estava tenso, mas procurei deixar para lá.
Teria que me preparar quando fosse à hora de Ana Júlia julgá-la. Ela ainda poderia dizer "não".

- Quer dizer que ele a pediu em casamento? -
Ana perguntou a Júlia pasma.
Todos nós já tínhamos jantado, estávamos na sala de visitas tomando um chá.

- Claro, Júlia é a mulher da minha vida. Eu não
quero perder tempo. - eu estava sentado ao lado
dela segurando sua mão. Ana Júlia nos olhou
atentamente.

- É já marcaram a data? - Pedro perguntou
despreocupado.

- Não. Eu a pedi essa manhã Meu amor... Quando quer se casar? -que Júlia quisesse apressar as coisas. Eu jábestava cansado de ser um bom moço.

- Quando você quiser. - murmurou. Era a respostabque eu queria! Acariciei seu rosto. Virei-me para Ana Júlia.

- Certamente você vai querer organizar o casamento,não é mesmo Ana?

- Sim. Quero cuidar de tudo como presente de
casamento. - ela disse com a voz sem nenhuma
emoção. Sim, ela iria aceitar Júlia. Se não fosse
aceitar deveria ter dito "não".
- Uma semana é o suficiente? - perguntei. Senti Júlia enrijecer ao meu lado.

- Sim. Eu o aconselho a dar uma semana de folga
para Sua noiva do trabalho. Vou monopolizá-la. - eu vi a empolgação em seus olhos. Ana Júlia adorava isso, coisas que envolvessem seu talento em criar.

- Claro. Amor, essa data está boa para você? -
perguntei a Julia fingindo preocupação. Claro que estaria bom para ela, ela era tão romântica e
bombinha! Poderia apostar que tem como livro de cabeceira a história de uma das princesas da Disney, via High School Musical e ouvia Taylor Smith.

- Você não tem idéia do quanto estou feliz. -
murmurou.
Bingo! Eu sempre acertava as vontades dessa
mulher.

- Então vamos começar agora. João Pedro eu vou tirar suas medidas. Vamos até o
meu quarto. Em seguida tiro as suas cunhadinha. - Ana levantou beijando Júlia na bochecha, logo após isso me puxou pela mão.
Ela não precisava retirar minhas medidas, sabia de cor. Ela iria me colocar na parede e eu saberia sua resposta, se aceitaria Júlia ou não.

Assim que passamos pela porta do quarto de
Ana Júlia, ela virou-se com uma expressão
carrancuda e soltou os cachorros.

- Então esteve me vigiando, não é?

- Claro. De que outra forma encontraria a mulher que fosse aceita por você?

- João Pedro, não ouse fazer nada com Júlia . Ela não é como as vadias com que você se relaciona! - ela sibilou.

- Tarde demais e... Não estou maltratando a garota! Ela deve ser a mulher mais afortunada da Terra agora! E você não vai estragar a felicidade dela, vai?

- João , se eu disser "não" para Júlia , você vai largá-la?

- Sim e procurarei outra que a agrade. reprimi
minha vontade de rir ao Vera expressão que Ana Júlia fazia.

- Não se preocupe eu não vou dizer não. - e vi no
rosto de minha irmã um sorriso estranho. Ela estava tramando algo.

- Posso saber por que não vai negar Júlia?

- Por que eu sei que ela conseguirá ensiná-lo.

- Me ensinar? O que Júlia poderia me ensinar? - perguntei com incredulidade.

- Você verá. Agora chame ela para vir aqui. Preciso tirar as medidas dela.

Eu não iria me preocupar com as palavras dela. Mas pensando bem ela tinha a estranha
mania de rogar pragas que sempre funcionavam.
Mas o que Júlia poderia me ensinar? Como viver feliz na pobreza? Possivelmente.

Eu encontrei Franco na sala conversando com Pedro.
Não me preocupei. Ele não ia se meter em assuntos alheios.
- Meu amor, minha irmã está chamando por você. - eu disse enquanto descia as escadas.

Júlia levantou-se e veio em minha direção.
Inclinei-me e a beijei antes de seguir para a sala. Pedro fitou-me intensamente, ele
sabia exatamente o que estava acontecendo, mas não falou nada, o que agradeci. Eu sempre odiei ouvir sermões afinal

...

Quando Júlia saiu do quarto de Anaju temi que ela tivesse contado a verdade, mas ao ver Júlia sorrir eu soube que Anaju iria manter sua palavra. Enquanto seguíamos eu puxei assunto.

- Então você ficar ocupada com Minha irmã. Já
pensou em quem seräo seus padrinhos?

-Sim. Izabela e Gustavo serão meus padrinhos. Eu não o conheço muito bem, mas não tenho muita opção. Eu não sou de muitos amigos e não tenho parentes. - Júlia murmurou e não voltou seu olhar para mim.

Não era a primeira vez que tínhamos conversas
sobre nossa vida passada. Eu odiava tocar nesse
assunto, não por mim, Júlia não exigia detalhes da minha vida, mas pelo que ouvia dela. Ela era igual a mim, solitária, e isso me incomodava. Notei algo em seu rosto e estaquei.

- Meu amor, está chorando? Por que está chorando?-
perguntei alarmado colocando minha māo em eu rosto. Júlia segurou minha mão em seu rosto.
Logo depois percebi que estava exageradamente me referindo a ela de "Amor" devo me preocupar?

"The contract" Adaptação MojuOnde histórias criam vida. Descubra agora