Maratona = (extras)
- Eu te amava tanto que eu suportei calada ao seu desprezo. Cheguei a me culpar pelos seus atos e então, enquanto eu me martirizava você estava com outras mulheres. - minha voz sumiu, engolida pelo choro. Senti as mãos dele, que estavam em minhas costas, afagarem as mesmas com meiguice. Seu ato me enervou ainda mais, como tudo o que ele faz. - NÃO ME TOCA! EU TE ODEIO! POR SUA CULPA EU ME TORNEI UMA PESSOA HORRÍVEL! TERIA SIDO MELHOR NUNCA TER FICADO COM VOCÊ, TER SIDO UM NADA PRA VOCÊ! VOCÊ ME FEZ TANTA ATROCIDADE E PARA QUÊ? PARA NADA! ESTAVA SE DIVERTINDO AS MINHAS CUSTAS ENQUANTO ME HUMILHAVA E AGORA QUE ESTOU ME RECUPERANDO VOCÊ QUER... - eu estava agitada, as lágrimas caiam e minha voz subia algumas oitavas a cada palavra proferida. Eu não sabia qual era a sensação de ter uma parada cardíaca, mas acreditava que teria uma a qualquer momento. E Mota sabia disso.
- Júlia... - chamou me, mas eu ignorei seu chamado.
- O QUE MAIS DÓI EM MIM É SABER QUE TUDO QUE EU FIZ, ATÉ O QUE JULGUEI SER UM PROGRESSO, FOI PARA CHAMAR SUA ATENÇÃO, PARA ATINGÍ LO. EU NÃO SEI SE ME ODEIO MAIS OUSE... - até então meus olhos estavam no chão, isso até João Pedro colocar suas mãos em meus ombros e me sacudir de leve numa tentativa de fazer com que eu o olhasse. Funcionou.
- Eu amo você! Eu sinto tanto Júlia! Queria poder voltar atrás e corrigir meus erros, mas não dá! Tudo o que posso prometer a você é que tudo será diferente agora, porquê o que eu mais quero é amá la como você merece! - falou seriamente com seus orbes cor topázio fixos em meus olhos.
Eu empaquei.
Eu já ouvira João Pedro Mota dizer que me amava antes do casamento, mas nunca, nunca, vi tamanha sinceridade. E aquele sentimento opressor me tirava: o ar, como se o sentimento dele fosse realmente amor, mas um amor muito mais intenso. E toda aquela percepção pela minha parte foi o suficiente para me manter paralisada e então ele agir. Enxugou as minhas lágrimas com a ponta de seus dedos e inclinou-se para mim tomando meus lábios com
os seus. O beijo foi diferente também, um
simples roçar de lábios que transmitia muito mais do que aparentava.Eu me senti hipnotizada com o seu ato, incapaz, mais uma vez, de afastá lo. Mota me beijou com uma adoração desconcertante, suas maos mantinham meu rosto parado colado a ele enquanto nossos lábios se moviam em sincronia. E então uma urgência animalesca tomou conta de nós dois.
Ele deslizou suas mãos pelo meu corpo até chegar ao meu quadril. Puxou me para ele mantendo nossos corpos perigosamente perto. O mesmo fervia por mim e estimulava com seu beijo ao meu corpo entrar em chamas. Suas mãos então pegaram as minhas que descansavam na lateral do meu corpo e fizeram com que eu contornasse seu pescoço.
Em seguida ergueu me encaixando minhas pernas em seu quadril para que assim pudesse me levar sem problemas. Em momento algum deixou seus lábios longe dos meus. Eu sabia que estava sendo carregada e que devia ser uma cena constrangedora se alguém me visse atracada nele como um macaco prego, mas não liguei. Eu não ligava para mais nada quando estava tão próxima dele como agora, ignorava o certo e o errado.
João Pedro me levou para a casa grande e conseguiu chegar ao meu quarto sem que ninguém nos detectasse. Não que eu tenha ficado atenta ao caminho. Quando eu não estava concentrada em beijá lo, enterrava meu rosto em seu pescoço e fechava meus olhos. E entao ouvi o barulho de uma porta sendo chutada. Mota entrou apressadamente me jogando na cama. Eu o olhei enquanto ele, sem tirar os olhos de mim, voltava à porta e a trancava. Quando se afastava de mim eu era tomada por dúvidas já que a racionalidade me tomava. O garoto via que eu estava refletindo sobre o certo e o errado.
Ele viu naquele momento e apressou se em ficar próximo a mim. Eu o vi se aproximar da cama já se livrando da camisa de mangas cinza que usava. Atordoada, eu me arrastei pela cama, meus olhos fixos nele, temendo aquele poder estranho que ele emanava. João Pedro sentou na cama, aproximou se de joelhos e puxou me pelos tornozelos encaixando-me em seu colo, evitando que eu fugisse. Enquanto deitava se sobre mim, coloquei minhas mãos em seu peito e tentei empurrá lo sem empregar muita força. Mota segurou minhas mãos e prendeu meus pulsos acima de minha cabeça. Antes que eu pudesse me recuperar, beijou me com mais volúpia arrancando-me gemidos.
Meus pulmões protestavam por ar, mas presa como eu estava não consegui afastá lo quando queria respirar. Era ele que se afastava para me deixar respirar, tinha controle sobre mim até mesmo nisso. Afastou-se um pouco só para me olhar.
- Se não quiser diga que não me ama e eu me afasto. Essa vai ser a única forma de me parar. Do contrário...
Soou como uma ameaça, mas eu não senti medo. Na verdade eu não sabia o que estava sentindo naquele momento, eram muitos sentimentos acontecendo ao mesmo tempo. Ele voltou a me beijar, suas mãos passeando pelo meu corpo. Praguejei pelo que iria fazer antes de fazê-lo, pela manha me sentiria um lixo, mas não me importei.
Minhas maos, antes paradas, passaram a acariciar seus braços musculosos.
Mota afastou se um pouco e murmurou.
- Isso. Toque-me Júlia. Você não tem a mais remota idéia do quanto quero ser tocado por minha esposa, por você. Toque-me mais. - encostou sua testa na minha e fechou os olhos enquanto eu obedecia ao seu pedido. Toquei seu peito no pequeno espaço entre nós, sentindo seu coração bater rápido e forte. João Pedro estremeceu com meu toque e voltou a me beijar.
Eu pensei que ficaríamos apenas assim, nos beijando; doce ilusão. Ele não se contentaria com tão pouco, não agora que ele poderia me tocar. Suas mãos seguraram a extremidade da minha camisa cinza de algodão e a puxou lentamente para cima. Apressou se em retirar as demais peças, sem hesitar. Acabei me lembrando da primeira noite, o medo que eu via estampado em seus olhos enquanto me despia, temendo que eu o rechaçasse. Ele não tinha mais medo agora. Retirou meu jeans, minha lingerie e então se ocupou em se despir.
João era lindo, eu sempre soube. Mesmo assim eu não conseguia me acostumar. Quando eu o via livre de suas roupas, como agora, sentia aquela vontade louca de tocá-lo, beijá-lo em todas as partes de seu corpo.
Eu não devia. Por esse motivo eu fiquei parada, deitada com as costas sobre a cama, nua, esperando que ele fizesse tudo, de novo. Ele, após terminar de se despir, ajoelhou se próximo a mim e, puxando-me pelos tornozelos como fizera outrora, fez com que eu ficasse encaixada no seu colo. Aposição era estranha pra mim, constrangedora. Eu nem conseguia olhá-lo.
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"The contract" Adaptação Moju
FanficUm plano mirabolante envolvendo uma jovem pura e um ambicioso empresário. Júlia Mara Franco é envolvida em um esquema criado por João Pedro Mota acreditando que o mesmo a ama, mas a realidade é muito diferente disso. Mota precisava casar para poder...