"Sua pele estava quente... 🔞"

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Gozei para ele, não pude evitar. Mota não parou
Retirou seus sapatos aos chutes e ajoelhou se na cama puxando-me para acompanhá-lo. Abraçou me e segurando as minhas mãos passou por seu peito, por baixo da camisa, enquanto sua boca beijava a minha. Entendi o recado e o despi lentamente, apesar da evidente pressa dele.

Não desgrudamos nossos lábios nem por um instante. Sua pele estava quente, sua respiração ofegante, seus gemidos mais e mais ruidosos. Meu marido me queria muito naquele momento, assim como eu o queria. Procurei não me assustar quando. após despi lo, o mesmo me jogou de costas na cama.

Seu corpo cobriu o meu e logo seu membro viril me invadiu. Protestei um pouco, puro reflexo, mas não tive forças para empurrá lo. Mota pegou minhas mãos e as prendeu entre as suas, acima da minha cabeça.

Seus beijos agora eram calmos, mas suas mãos exerciam força nas minhas. E então o aperto foi se afrouxando e ele se afastou um pouco de mim, pegando minhas mãos e passando pelo seu corpo.

- Toque em mim. - pediu.

Eu o atendi sentindo tanto prazer em tocá-lo quanto
ele. Acariciei seu peito, seu abdômen, em movimentos circulares. Mota gemeu abertamente, excitado só com aquelas poucas carícias. Ousadamente eu continuei meu passeio ora com a palma da mão, ora com a ponta dos dedos.

Minhas mãos o envolveram e acabei por arranhar suas costas. A urgência em tê-lo me deixou um pouco mais violenta. Puxei seus cabelos, o arranhei, o apertei mais forte. Eu o desejava tanto como não desejei homem algum. E naquele momento eu não me importei com o pudor. Ele era meu homem e eu tinha direitos sobre ele, direitos que só agora me eram dados.

Quando nos encaixamos e o prazer foi nos tomando, eu senti vontade de chorar. Não sei por que. Talvez eu esteja tão viciada nele e em todas as sensações que ele me proporciona que temo perdê-lo. E hoje eu quase perdi. Eu não poderia permitir que o passado nos separasse novamente.

Meu marido estava tentando, eu também iria tentar. Ainda havia força em mim para lutar por ele, constatei com alegria. Gozamos juntos e eu o abracei apertado quando isso aconteceu. Eu não permiti que saísse de meus braços e ele não se opôs.

Ficou com o corpo sobre o meu durante um tempo enquanto nós esperávamos nossas respirações e pulsações se acalmarem. Aconchegou se em meus braços depositando sua cabeça na curvatura do meu pescoço. Ele logo dormiria. Acariciei as madeixas acobreadas e o seu rosto de querubim.

- Estou cansado. Não sei por que. - murmurou.

-Você deve ter tido um dia tão cheio quanto o meu. Estou exausta também. Amanhã vou acordar moída. - eu continuei olhando-o. - O que foi? - perguntei ao notar o modo como me olhava.

- Estou feliz. Feliz por ter você. Não mereço, mas tenho. - eu o beijei na testa.

- Não vamos falar mais sobre isso.

- Júlia, se você tivesse a oportunidade de voltar no tempo, o que você mudaria? - perguntou. Eu o olhei sem entender. Por que uma pergunta dessas agora? Mesmo sem entender seus motivos, eu respondi com a maior franqueza que pude.

- Eu não mudaria nada. - disse com os olhos fixos nele.

- Sério? - fechou os olhos e sorriu. - Eu mudaria tudo. Tudo o que fiz. Seria umqa vida nova. Por que o passado não pode ser mudado? - sua voz tinha um tom triste, amargurado.

- Durma. - pedi não gostando daquela onda de tristeza que parecia invadí lo naquele momento.

- Eu amo você. - falou num fio de voz. Eu respondi a altura sentindo a garganta apertada pela emoção.

- Eu também amo você João.

Pov's Mota

A felicidade veio para mim. Eu não esperava. Após a morte de minha mãe, eu me habituei a não confiar em ninguém, a tratar mulheres como objetos e homens como inimigos. Eu sabia que pela minha conduta eu estava fadado à infelicidade quando se tratava da minha vida pessoal, mas eu fui abençoado.

Júlia... O nome girava na minha cabeça. Eu não conseguia pensar nada além dela, priorizar nada além dela. Eu a amava e ela me amava. Ela era minha, entregou se apesar de tudo o que aconteceu entre nós. E cinco dias se passaram...

- Amor? - chamei. - Você está aqui no seu quarto? - bati na  porta de seu quarto. Aquele era o único cômodo em que eu não havia entrado para procurá la.

- Sim, eu estou aqui. - ouvi a sua voz no interior do aposento. Minha mão foi à maçaneta.

- Posso entrar? pedi invadindo seu quarto. - ela estava sentada em uma poltrona, olhava o espelho. - O que está fazendo? - perguntei curioso com a sua atitude.

Caminhei até ela e me postei atrás da poltrona. Eu me inclinei abraçando-a por trás, feliz por ela não fazer menção de me afastar. A mesma havia mudado muito desde que confessou para mim o que sentia. Ela estava mais receptiva ao meu toque e, durante esses cinco dias, permitiu que eu dormisse com ela. Isso era muito comparado ao que eu tive dela desde que nos entendemos.

- E então? O que estava fazendo? - voltei à realidade e olhei para Júlia. Eu ainda estava curioso com o que estava fazendo antes de eu entrar em seu quarto.

- Só estava... Pensando. - falou extremamente vaga.

Alguma coisa dentro de mim me alertou para aquele fato. O que estaria pensando? Seria algo sobre mim? Algo ruim?

- Posso saber em que? Espero que em mim. - eu a olhei com diversão, encostando meu queixo em seu ombro. A princípio, eu estava tenso com a possibilidade de ela estar pensando em mim de forma negativa, mas bastou ver seu sorriso para o medo se dissipar. Era muito bom vê-la sorrir.

- Espertinho. - falou num tom falsamente severo. Levantou se e eu me apressei em abraçá-la. Eu nunca me sentia cansado de tocá-la, Júlia era uma droga que eu sempre precisava de mais. Aspirei seu perfume doce e o desejo tomou conta de mim. Procurei me conter.

- Ana Júlia e Pedro estão nos esperando no carro que nos levará ao aeroporto. Não podemos nos atrasar. Vamos. peguei sua mão e a guiei para a saída.

- Onde estão as malas? - perguntou enquanto cruzávamos a sala.

- Estão todas guardadas no carro.

Seguimos silenciosos até o elevador e quando eu entrei
lá voltei a abraçá-la. Eu sabia que Ana Júlia iria monopolizá la durante três dias e nós não ficaríamos muito tempo juntos durante esse período. Bom, essa era a minha desculpa, mas a verdade era que eu gostava de tê-la em meus braços. Compensava um pouco o período em que eu a desejava tanto, mas não poderia tocá-la.

- Por que tudo isso? - perguntou. Não demorou muito as portas do elevador se abriram.

- Minha irmã vai querer ocupá-la com compras e bobagens de mulheres durante esses três dias em que ficaremos na praia. Não teremos muito tempo para nós dois.

- Sei - pela sua postura e tom vocal ela estava desapontada. Isso era bom. Aproximei meus lábios de seu ouvido e sussurrei:

- É por isso que só ficaremos com eles durante três dias. Após isso vamos viajar só nós dois para outro lugar.

Eu havia feito um plano. Queria uma lua-de-mel completa com minha mulher por isso eu separei os dias de diversão, e agitação, em Miami e prazer, e calmaria, em Vancouver no Canadá.

"The contract" Adaptação MojuOnde histórias criam vida. Descubra agora