- Estou bem eu só... Não é nada. - ela sempre era
evasiva, nunca dividia sua dor.
Não que eu quisesse ouvir ladainha de mulher
solitária, mas se ouvisse seria uma boa
oportunidade de posar como um bom moço.- Júlia, não minta. Você deve ter um motivo. O
que Foi? Minha irmã foi desagradável com você? - perguntei claramente preocupado. Iria esganar
aquela baixinha se tivesse dito algo.- Não é isso. Sua família é maravilhosa. Ë que... 0
clima farmiliar me deixou um pouco sensível. Fazia tempo que eu não me sentia assim. Eu tinha me esquecido como é estar entre familiares e quando lembro dói. - ela disse pouco à vontade.Júlia não gostava de exteriorizar seus sentimentos e isso era por que ela não gostava de me incomodar. Ela fazia de tudo por mim, eu tinha que reconhecer. Ela era realmente a pessoa fantástica que Ana Júlia descrevera, por isso Ana temia que eu a mágoas se, temia que isso acabasse com aquela pessoa boa que
Júlia era. Antes eu não estava nem ai, mas eu me via cada vez mais envolvido com ela e o fato de sua história parecer igual a minha em alguns aspectos só pioravam.- Para onde nós estamos indo? - ela perguntou.
Só então notei que estava indo para meu
apartamento. Havia me esquecido que ela estava em meu carro e que eu precisava levá-la para casa, mas, pensando bem, já estava na hora de Júlia conhecer minha casa.
Até por que ela moraria lá enquanto estivéssemos casados. Eu é que não iria morar naquele cortiço que ela vive!- Meu apartamento. Namoramos há três meses e
você ainda não conhece o lugar onde moro. disse e a vi sorrir, ansiosa.
Era bom tirar aqueles traços de tristeza e melancolia dela.- O que achou? - perguntei ao acender as luzes com um comando de voz, Júlia ficou desorientada com a tecnologia, certamente pensando que assombrações acionarama luz. Perguntei-me como ela reagiria se visse minha coleção de carros, talvez babasse no processo.
- É lindo! - disse.
-É aqui que vamos morar após o casamento. Você poderá alugar seu apartamento. Venha, vou mostrar a casa. - peguei sua mão conduzindo-nos por todos os cômodos do
apartamento. Experimentei olhar para Ela enquanto mostrava a casa, ela sorria de forma sutil.- O que foi? -perguntei.
- Nada. Ainda falta me mostrar um cômodo eu
suponho. - disse e saquei a que cômodo ela se
referia: meu quarto.
E não é que essa coisinha sabia ser maliciosa? O
mais excitante de tudo era que sua malícia ainda
conservava um ar de inocência, algo exótico para mim. Idéias devassas toldaram minha mente.-Sim. O meu quarto. - eu a puxei para meu quarto acionando as luzes no processo. A mesma olhava ao meu lado cômodo, maravilhada.
- Puxa, um quarto maravilhoso! Aliás, tudo aqui é maravilhoso.
-Foi Minha irmã quem o decorou. Fico feliz que tenha gostado. Este será nosso novo lar daqui a uma semana. E pode começar a trazer seus pertences para cá e alugar seu apartamento. - imaginei como minha casa ficaria com os pertences de Júlia e tremi com isso.
Será que ela iria colocar suas calcinhas para secar no box do banheiro? Se eu visse uma cena dessas teria um AVC. Felizmente havia um cômodo vago em minha casa, aquele seria
seu quarto.- Nossa, está tão em cima! Eu não sei se vamos
conseguir ajeitar tudo em uma semana.
Ergui minha mão que estava entrelaçada a dela
e afaguei seu rosto. A pele de Júlia não possuía
nenhum defeito, era macia, quente, perfumada... A excitação foi tomando conta de mim.- Não se preocupe. Ana Júlia cuidará do casamento e eu cuidarei de sua mudança, trarei para cá apenas o essencial. O restante ficará para seu inquilino. Amanhã vá a empresa falar com seus amigos, anunciar quem será seu padrinho e madrinha, sua dama de honra e convidar quem você quiser.
- Tudo bem. - Júlia disse. Eu a abracei sentindo
os seus seios relativamente fartos comprimidos
em meu peito. Sussurrei em seu ouvido - Perdoe
a pressa. Sei que uma semana é um exagero, um
tempo muito curto, mas...- Tudo bem. Eu estou tão ansiosa quanto você para ficar ao seu lado, sempre.
- Que bom. - disse e a beijei com empolgação
enguanto a guiava para a cama.
Não saberia explicar o que estava acontecendo
comigo, definitivamente era a cabeça de baixo a
pensar por mim. Eu não estava tão necessitado
por sexo para apelar desse jeito, mas o modo como Júlia agia, erótica sem nem se dar conta, estava me deixando louco.
Ergui suas mãos enquanto a beijava prensando-a.Ela passou a acariciar minha nuca, puxando-me
para ela, o que me fez aprofundar mais o beijo.
Passei a beijá-la no pescoço e senti as mäos dela em minha camisa, desabotoando-a. Foi naquele
momento que tive um ataque de consciência.
"Se eu a tomar agora, será muito mais difícil para ela seguir em frente quando terminar com nosso casamento." - penseie tal pensamento foi como gelo nas minhas partes intimas. Eu acabei por me afastar.Me desculpe! Não deveria ter agido assim!
- Tudo bem. Não precisa ficar assim. Não foi
nada. Olha... - Júlia tentou me tocar, me tranquilizar, mas levantei da cama.- Devo levá-la a sua casa. A partir de amanhã
começam os preparativos. Você deve estar
descansada. - sorri.
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"The contract" Adaptação Moju
Fiksi PenggemarUm plano mirabolante envolvendo uma jovem pura e um ambicioso empresário. Júlia Mara Franco é envolvida em um esquema criado por João Pedro Mota acreditando que o mesmo a ama, mas a realidade é muito diferente disso. Mota precisava casar para poder...