POV Luna
- Meninas se armem, vamos atrás da Cristal. – Ordeno assim que a viatura some da minha visão e as meninas entram na casa.
Entro e vou até Din que estava na cozinha apenas observando a movimentação das meninas junto de Jhon e Barone.
- Iai meninos. – Digo me apoiando no balcão ao lado deles.
- Iai Luna. – Barone me responde um pouco mais sério que o costume.
- Como foi com a Clara? – Din pergunta me observando.
- As perguntas de sempre, ainda não tive tempo de falar sobre isso com as meninas, mas assim que conseguir aviso vocês com detalhes. – Explico e ele apenas confirma com a cabeça.
- As meninas nos pediram para usar nosso armamento para um compromisso porque estavam sem tempo de ir até a balada buscar o de vocês, precisamos nos preocupar com isso? – Jhon pergunta preocupado como sempre.
- Sempre precisamos estar alertas, mas qualquer coisa damos um jeito de avisá-los. – Digo e votam seus olhares para as meninas equipando as Aks e os coletes na sala.
- Então não precisamos saber para onde vão ou o que estão aprontando? – Din pergunta sem desviar o olhar da Maju que estava abraçada a Maya.
- Tenho uma ideia de onde podem estar com a Cristal e vamos atrás deles. – Explico simplista roubando a atenção dos três novamente.
- Vamos com vocês. – Din diz decidido.
- Não vão, se estivermos erradas e formos todos juntos, a casa e as crianças vão ficar desprotegidas, não estou certa de que vamos encontrá-los, mas não posso simplesmente ignorar essa possibilidade. - Digo calmamente para que eles não insistam em se envolver.
- Ok, não vou insistir, vocês sabem o que fazem... só não se esqueçam que essa briga não é só de vocês, eles mataram nosso líder, meu irmão, não quero que coloquem o MC de lado nas investigações. – Din diz um pouco irritado.
- Não vamos... assim que possível vamos fazer uma reunião sobre tudo que está rolando e definiremos o que ficara de responsabilidade do MC e o que continuara com a gente. – Digo e ele apena confirma com a cabeça e caminha até Maju.
Desencosto do balcão e respiro fundo, agora é tudo ou nada.
- Ei, parceira, não esquece de nos manter alertas a qualquer problema, não queremos perder mais ninguém nessa guerra. – Barone diz olhando para Din que se juntou a Maju e a Maya.
- Então, fiquem preparados, estaremos contando com vocês caso o pior aconteça. – Digo me afastando dos meninos e indo até Chiara que estava junto de Lúcio no corredor dos quartos.
- Vai me contar o que está acontecendo ou vai me dar alguma desculpa qualquer igual às minhas tias? – Chiara pergunta claramente emburrada.
- Não vou dar desculpa nenhuma, filhota, vem, vamos conversar lá dentro. – Digo percebendo que todas as crianças estavam ali.
Guio Chiara até o meu quarto e fecho a porta assim que ela entra.
- Então? – Ela pergunta cruzando os braços e se sentando na cama.
- Eu não sei ao certo como te explicar isso e preciso ser o mais breve possível, nesses últimos dias estou tendo pesadelos com a sua mãe, mas não parecem pesadelos, é como se enquanto eu dormisse eu conseguisse vê-la e ver tudo que esta acontecendo a sua volta, ontem eu a vi dentro do quarto de um Motel, o nome é Pardise Motel, está a alguns quilômetros da cidade e suas tias e eu iremos ir até lá atrás dela, se não for um pesadelo conseguiremos mais provas do possível paradeiro dela... é loucura, eu sei, filhota, mas não posso descartar essa hipótese. – Explico enquanto ela me analisava sem demonstrar nenhuma expressão.
- Quero ir com vocês. – Ela diz se levantando.
- Não, você ainda não ta pronta para isso. – Digo seria quando meu celular começa a apitar.
- Você que me treinou, mãe, eu sou boa e quero ajudar vocês. – Chiara diz determinada a nos acompanhar.
- Já te explico, me dá um minuto. – Digo pegando meu celular e vejo as mensagens que havia recebido.
Mensagens ligado.
Conversa privada com Quá Quá on:
(Quaresma): Se ainda quiserem que eu leve o cara para vocês, preciso que me mande a loc agora.
(Quaresma): Entendeu?
(Quaresma): Se demorar muito não vou conseguir tirá-lo da Dp.
(Quaresma): Querem ele ou não?
(Luna): Não vamos pegar ele hoje, pode dispensá-lo, estou ocupada no momento.
(Quaresma): Okay, me avisa quando quiserem ele.
Conversa privada com Quá Quá off.
Mensagens desligado.
Guardo meu celular e volto minha atenção para Chiara que estava quase vermelha de tanta raiva.
- Você não vai, Chiara, ainda não está preparada para isso e preciso de você aqui caso alguma coisa aconteça. – Digo a sentando na calma para que se acalme um pouco.
- Como assim? Como posso ser útil aqui? – Ela diz indignada cruzando seus braços mais uma vez.
- Você é a única que sabe para onde estamos indo e tem acesso à balada para que os meninos consigam pegar o nosso armamento e irem nos ajudar. - Explico.
- Por que eles precisam do armamento de vocês? – Ela pergunta confusa.
- Porque nos estamos utilizando o armamento deles e não tenho mais tempo para te explicar isso, só preciso que confie em mim e que se não voltarmos até... – Digo e olho o horário em meu celular. – Até meia-noite, avise aos seus tios sobre onde estamos e entregue o nosso armamento para eles, pode fazer isso por nós? – Pergunto colocando as chaves da balada em suas mãos enquanto a vejo confirmar com a cabeça olhando incrédula para as chaves. – Te amo, filhota.
- Te amo, mãe. – Ela diz e me abraça.
Me afasto e saio do quarto quando a ouço sussurrar "nosso armamento". Sorrio, respiro fundo e vou até a sala vendo as meninas prontas a espera das minhas ordens. Me despeço da Mel, me armo rapidamente, coloco minha bandana e saio da casa seguida pelas meninas. Tiramos as FMJs coloridas da garagem e nos separamos em duplas. Alicia e Maju, Priscilão e Vanessão, Gabi e Ivete, Renata iria sozinha em um carro e eu também iria sozinha para o caso de precisarmos de lugares extras quando voltarmos. Conecto meu celular no GPS do carro enquanto as meninas organizavam a ordem dos carros.
Radio ligado.
(Luna): Todas Prontas?
(Ivete): Prontas, Sapatenis.
(Alicia): Quando quiser, mamacita.
(Luna): Quem tiver de P2 nos carros: pistolas na mão e fiquem atentas a qualquer sinal de perseguição, temos até a meia-noite para voltarmos.
(Vanessão): Então cuidado com acidentes, isso é para você Renata.
(Renata): Entendi o recado.
Radio desligado.
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Nem a distância nos separa
FanfictionDentro de uma família, se criam laços, uns mais fortes que outros e o que elas criaram se tornou tão indestrutível que mesmo distantes, uma consegue sentir as emoções da outra. Mesmo que o mundo pareça estar contra, esse laço as uni, as prende. Essa...