Capítulo 86: Eu tentei

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POV Luna

Vejo Teddy se afastar do carro com Brian algemado ao seu lado e um arrepio percorre todo meu corpo.

Radinho on:

(Ivete): Luna, o Jhon me disse que o Teddy vai te mandar uma mensagem, mas não é para você ler por enquanto.

(Luna): Ok... fiquem alertas ao sinal dele, não estou com um bom pressentimento sobre esse plano.

(Alicia): Estou de olho neles e consigo ver um carro preto fume se aproximar por trás do barraco.

(Gabi): Eles estavam certos sobre a armadilha, as motos estão aqui, vão cercar eles.

(Luna): Mantenham a calma, não entreguem suas posições e alertem os meninos sobre tudo que está acontecendo.

(Ivete): Cristal tá na minha mira, o babaca tá usando ela e a Mel como escudo, não consigo fazer nada sem coloca-las em perigo.

(Luna): Como ela tá?

(Ivete): Sinceramente... parece que a bifestinha mal se aguenta em pé.

(Maju): O Din disse que o Teddy tá conversando com ele... o morto vivo sabe que estamos aqui.

(Luna): Esperem o sinal, não importa o que aconteça... esperem o sinal

(Priscilão): Luna tem razão, enquanto as meninas estiverem com eles, não podemos fazer nada então se acalmem e esperem a hora certa.

(Alicia): Cold entregou a Melissa, Teddy tá entregando o Brian.

(Gabi): Teddy mandou os meninos atirarem, ele quer matar o Brian.

(Ivete): Aquele merda é meu...

Radinho off.

O radinho muta e o som dos disparos se tornam ensurdecedores. Estava me segurando para não sair correndo daquele carro e ir até ela, não posso deixar minha emoção ficar a cima da minha razão, eles precisam de mim aqui. As meninas dão conta das coisas...

- Luna... – Teddy abre a porta do carro com tudo e vejo a pequena Mel chorando em seu colo.

A pego e procuro Cristal por trás dele, mas não a encontro.

- Cadê ela? – Pergunta segurando Mel em meus braços.

- Vou voltar para busca-la... se qualquer coisa acontecer, foge daqui o mais rápido possível, leva a Mel para o mais longe possível... por favor Luna, protege minha pequena. – Ele diz e sai em disparada para a ação sem nem me deixar responde-lo.

- Droga...- Ajeito Mel no meu colo e tento acalma-la enquanto meu coração disparava. – Eu não posso fazer isso.

Saio do carro com ela no colo e vou até Priscilão que estava no carro logo atrás do meu. Abro a porta e coloco a Mel meu no banco de trás.

- Leva ela pra Renata agora... eu vou atrás da Cristal. – Digo fechando a porta enquanto Priscilão me observava confusa.

- Me promete que não vai fazer nenhuma besteira. – Ela pede me olhando fixo nos meus olhos.

- Vou levar nossa pequinês raivosa pra casa. – Digo e a vejo acelerar o carro sumindo na estrada.

Ok, a Mel tá segura, agora só falta você. Pego minha Ak e coloco minha bandana vermelha enquanto me esgueirava entre os carros até a entrada do barraco. Os tiros se intensificavam a cada passo até que a ouço gritar.

- T- Teddy... TEDDY... – O desespero em sua voz me cegava e antes que pudesse pensar em qualquer coisa já estava correndo em sua direção.

Entro no barraco e a vejo ser arrastada pelos cabelos pelo Cold enquanto ela berrava e se debatia. Meus olhos se inundam de ódio e começo a atirar sem dó na direção dele e vejo seu sangue jorrar. Porem meu corpo inteiro trava quando ele a levanta e coloca a ponta de sua pistola colada no crânio dela.

- ATIRA... Atira mais uma vez e observe o que sou capaz de fazer com essa vadia... – Ele gritava pressionando a arma contra ela que agora estava sangrando, dou alguns passos para trás e finalmente percebo o corpo de Teddy caído completamente ensanguentado. – Isso mesmo... eu vou te dizer o que vai acontecer nessa merda e você e suas cadelas vão obedecer como as boas garotas que vocês são... eu vou entrar na porra desse carro com a minha noiva e vocês não vão atirar e não vão nos seguir... se qualquer um dos meus perceber uma única moto atrás da gente eu vou começar a esquarteja-la e jogar alguns dedos pela estrada... espero que estejamos entendidos...

- NÃO... essas putas pegaram minha filha. – Uma mulher de cabelos escuros começa a gritar com Cold enquanto carregava o corpo de um homem de cabelos claros.

- Entra na porra do carro Naomi... isso é um a ordem. – Cold diz puto.

Naomi? Por isso foram atrás da Mel, filha da puta. Os vejo entrarem no carro e saírem dali junto de algumas motos. Meu sangue fervia de ódio. PORRRRAAAAAAA... de novo não... eu não consegui... eu não consegui te salvar... Cristal... merda, merda, merda. Estava completamente irada ajoelhada no chão enquanto gritava e socava o mesmo tentando descontar todo meu ódio, quando ouço uma voz falha me chamar.

- L-luna... m-me desculpa... eu tentei... – Teddy me olhava com lagrimas escorrendo por seus olhos e finalmente volto a mim e corro até ele. – E-eu tentei... tentei levar ela até você, mas não fui rápido o bastante... m-me desculpa...

- Não faz esforço, vamos cuidar de você. – Digo fazendo pressão no buraco que havia em seu abdômen.

- M-mel... – Ele dizia e o sangue escorria por seus lábios.

- Ela tá bem, tá segura... Priscilão tirou ela daqui a tempo. – Digo enquanto procurava as meninas para me ajudarem com ele e avisto Ivete ao longe.

Radinho on:

(Luna): Meninas, preciso de ajuda, Teddy tá perdendo muito sangue, temos que levar ele daqui o mais rápido possível.

(Ivete): Tenta manter ele acordado... todo mundo tá bem machucado... a Gabi tá desacordada...

(Luna): Só tem um carro, leva os casos mais graves pra lá.

(Alicia): Diego também tá mal, acho que ele quebrou a perna, mas consigo levar ele na moto.

(Maju): Din e eu tamo com alguns machucados, mas conseguimos ajudar, onde vocês estão?

(Luna): Por favor venham para o barraco o mais rápido possível.

Radinho off.

Vejo Teddy me observando enquanto conversava com as meninas e aos poucos seus olhos estavam cada vez mais distantes.

- Ei... fica aqui, fica comigo... a ajuda já tá chegando. – Digo tentando mantê-lo acordado.

- Já pode ler a mensagem que te mandei... sei que vão cuidar bem dela. – Ele diz com um sorriso vermelho de sangue no rosto e foi como se toda a luz de seus olhos se esvaísse, seu corpo se tornou mais leve e lentamente aquele sorriso se desfez.

Dinchega correndo e o toma para os seus braços enquanto derramava lágrimas sobreseu corpo. Minhas mãos estavam encharcadas com o sangue dele me fazendo tremerde ódio, de dor... de desesperança.

Nem a distância nos separaOnde histórias criam vida. Descubra agora