Capítulo 4: Ursinho amarelo

1K 62 7
                                    


POV Cristal

Com a pequena Chiara nos meus braços senti Luna me abraçar. Estava exausta, então deixei o meu tronco se apoiar nela que estava com os olhos fixos na nossa pequena. Os médicos saem e deixam as meninas entrarem para verem a bebê.

— Ah! Meu Deus, que menininha mais linda da tia. — Gabi se segurava para não gritar e assustar a pequena.

— Nossa Cristal, tem mais da Luna do que de você. — Ivete ri já que realmente minha filha tinha mais semelhanças com a Luna do que comigo.

— Deixa pegar essa fofura, por favor. — Alicia estende os braços na minha direção.

— Claro. — Passo aquele pacotinho branco para ela que a pega com todo cuidado.

Enquanto as meninas babavam em cima da Chiara, tentei me levantar, o que foi em vão já que me desequilibro e caio em cima da Luna novamente.

— Deixa que ajudo, você ainda deve estar um pouco fraca. — Luna passa um braço na minha cintura e usa o outro de apoio enquanto se levanta comigo, o que faz as minhas costas ficarem coladas no seu corpo.

— Espera aí — Ela me apoia no corrimão da escada enquanto pega as minhas roupas que estavam no chão.

— Segura nos meus ombros que visto você. — Ela pede com um sorriso, apoio-me nos ombros dela, enquanto ela me ajudava a colocar a calcinha e a calça, depois se levanta. Os nossos rostos quase colados se não houvesse a diferença de altura. Passo os meus braços para o pescoço dela que abraça a minha cintura enquanto aproximo os nossos lábios. Podia sentir a minha respiração mudar, os meus lábios implorarem por ela e o meu coração disparar. Talvez devido ao momento, mas não me importava. Sei que disse para ela superar, mas era impossível resistir ao seu perfume.

Passei as minhas mãos para sua nuca e a puxei para um beijo repleto de saudade, amor e muita alegria. Sinto-a sorrir no meio do beijo, esse era longo e calmo. Somos interrompidas pelas meninas a comemorar o momento e pelo choro fino de Chiara que se assustou com as tias.

Aproximo-me da pequena nos braços da Alicia ao sair do blindado e vejo Luna me seguir. A pego nos braços mais uma vez e a percebo se acalmar um pouco, mas não para de chorar.

— Ela deve estar com fome — Luna sussurra no meu ouvido e me faz arrepiar.

— Segura ela um pouco então — Viro-me para Luna e entrego a Chiara. 

Luna pega a pequena um pouco sem jeito, mas com um sorriso enorme. Tiro a minha blusa para poder amamentar a Chiara. Ela me devolve a pequena e a posiciono da forma que aprendi nas aulas de maternidade, percebo ela conseguir mamar. Luna me abraça por trás para observar a cena pelo meu ombro e as meninas nos cercam a faz caretas e brincadeiras para a Chiara.

Depois de alguns minutos me visto e Chiara adormece no meu colo, os médicos me avisam sobre precisarem nos levar para o hospital e fazer os exames com o intuito de garantir a saúde de ambas. Fico com receio, pois tinha certeza que seria presa após ser liberada do hospital caso as meninas perdessem, mas a Chiara precisava disso e confio nelas. Despeço-me de todas e aviso que estarei a espera delas no hospital.

No hospital, após fazerem os exames da Chiara e averiguarem se ela não teve nenhuma complicação, vejo no ilegal da cidade uma comemoração (EU VI BANDIVAS HAHAHA). As meninas conseguiram e em seguida vejo outra mensagem que me fez sorrir mais ainda (BEM VINDA CHIARA). A minha pequena estava deitada num berço improvisado ao lado da minha cama, estava tão calma que resolvo tirar um cochilo enquanto as meninas não chegavam.

POV Luna

Depois da Maju derrubar o último pula, chamamos uma ambulância para cuidar da Renata, Gabi e Alicia que foram machucadas. Estava ansiosa e queria ir logo para o hospital encontrar os dois amores da minha vida. As meninas já estavam melhores, então definimos as duplas e fomos para o condomínio. Trocamos de roupa, guardamos as armas, o dinheiro, os coletes e as munições, trocamos os carros e dirigimos, em meio a cantorias e risadas altas, ansiosas para ver delas, logo Beatriz aparece e nos guia até lá. Ele era na área de maternidade e mais afastado dos outros.

Nem a distância nos separaOnde histórias criam vida. Descubra agora