Capítulo 200: Umi

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POV Luna

O foco das pessoas estava sobre nós. Não havia muitas pessoas, todas desmascaradas, exceto o pessoal da Tríade e algumas pessoas de azul. Kátia, uma mulher de cabelo longo, rosa, liso, com uma blusa amarela, a qual imitava o estilo de um uniforme de basquete, e um homem moreno, alto, de regata amarela, cabelo crespo, curto e calça de moletom cinza estavam sentados no bar cercados por outras pessoas, todas com acessórios amarelos sido servidos por alguém de máscara luminosa a qual varia em tons de azul do outro lado do balcão. Umi e Kuro desciam do mezanino na frente de outra máscara azul, mas diferia, não possuía os leds da anterior, apenas um sorriso reconhecível, Eddie do Iron Maiden.

Haviam três dessas máscaras azuis, a última, uma máscara de gás, observava os convidados do fundo de um corredor mal iluminado. As outras pessoas que ocupavam a pista de dança, o palco e os sofás, pelos estilos de roupas semelhantes, provavelmente mais membros dos Bloods. Os meninos do MC ficaram próximos a nós. Demos alguns passos para nos afastarmos da entrada e pude reparar com mais detalhe nos dois que se aproximavam.

Kuro possuía uma estatura alta, mas não aparentava tantos músculos. Nos braços haviam algumas tatuagens, uma escrita a qual não conseguia traduzir, axé numa bela fonte na mão direita, um mapa do continente africano e uma flor no pescoço eram as expostas. A lente roxa no olho direito e os brincos, arisco dizer ser um fã de Naruto. A presença dele era calma, como um adolescente que ainda não foi machucado ou traumatizado pela vida. Uma inocência confusa e um sorriso gentil.

Umi era quase o oposto, uma bela cicatriz sobre o olho esquerdo destruía a imagem de inocência. O olho direito num tom de verde ligeiramente acinzentado, os lábios envoltos num batom roxo vibrante, as pontas azuis em degrade ao loiro. Uma estatura menor, diria que poucos centímetros o faziam maior que a Cristal, o moletom preto com o símbolo do Slipknot mais a blusa vermelha por baixo de gola alta revelavam estilo e bom gosto. O garoto caminhava com o olhar baixo, contrariado ou contido, não poderia afirmar, mas podia ouvir uma pulseira com um pequeno pingente vermelho tilintar no pulso dele.

— Obrigado por decidirem entrar, já estava paranoico com a possibilidade de irem embora. — Kuro ri e recebe mais uma tapa na nunca.

— Deixa de ser tão infantil. Já chegaram todos, reuni o pessoal e vamos começar o que interessa. — Umi ajeita o cabelo e analisa as meninas enquanto a máscara se aproxima de nós com uma bandeja de drinks.

— Por conta da casa. — Uma voz baixa mais audível, algumas meninas pegam um copo e ela se retira.

— Ei! Galera, agora com todos reunidos, vamos começar essa festa. — Kuro sobe no palco, desliga a música e guia o pessoal.

Esperamos enquanto observávamos os Vagos, os Bloods e a Tríade acompanhá-lo pelo corredor até uma escada atrás do palco camuflada pela baixa iluminação. As meninas esperam a minha reação e os meninos caminham na nossa frente.

— Não vão querer perder o show. — A máscara luminosa estava ao nosso lado no bar a espera que sigamos pelo corredor.

Caminho em silêncio e nos deparamos com um ringue onde deveria ser o porão ou depósito do bar. Que merda esses caras querem? Uma luta? Kuro e Umi estavam de pé no centro enquanto as pessoas se acomodavam envolta deles, fora do tablado.

— Como todos esperavam, hoje nós recebemos nossos novos amigos para essa noite tão esperada. — Alguns assobiavam e batiam palmas para Kuro. — Mas não seria justo começarmos sem explicar as regras e nos apresentarmos. A dinâmica vai ser simples, vou apontar para um antigo que vai dizer o nome, a família e uma regra. — Ele aponta para si. — Por exemplo: Kuro, Bloods com muito orgulho, ninguém sobe no tablado armado, não importa se é uma arma de fogo ou branca.

Nem a distância nos separaOnde histórias criam vida. Descubra agora