Capítulo 154: Que algazarra

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POV Luna

Seguro o presente da delegada e vejo que nele havia vários símbolos que representam a boa sorte como um trevo com quatro folhas e uma ferradura. Era um círculo de prata e no seu cetro possuía um olho de pedras azuis, um sol, cinco estrelas e uma lua. Sorrio e guardo-o no meu bolso.

Rádio ligado.

(Luna): meninas, acompanhem as duas até a recepção e quando elas se afastarem do hospital, avisem os meninos que podem entrar.

(Renata): já estou com elas, patroa.

Rádio desligado.

Priscilão entra no quarto, seguida da Gabi e da Júlia.

— Sobre o que conversaram? — Gabi é a primeira a perguntar.

— Contei a elas o que fizeram com a Cristal e falamos sobre a possibilidade de sairmos da cidade até a poeira abaixar ou conseguirem encontrar o Quaresma, o que acontecer primeiro. — Digo e Priscilão fica um pouco inquieta

— Para aonde iríamos? Aqui temos aliados e conhecemos a cidade, essa é a nossa vantagem. — Ela diz preocupada com a ideia.

— Sei disso, mas se tentarmos confrontar, vamos dar motivos mais do que suficientes para uma intervenção internacional no caso. O FBI vai chamar reforços, vão evacuar a cidade e acabaremos encurraladas contra o exército. — Explico e ela começa a andar pensativa pelo lugar. — Podemos até vencer, as chances são mínimas e não sairíamos ilesas. Estou cansada de enterrar a minha família. Clara encontrou uma vinícola protegida por lei no interior do estado e ela pertence aos Giornos. Vai servir como um bom abrigo para nós por pelo menos oito meses de acordo com ela.

— Protegida por lei? Isso não deveria representar um perigo para a facção? — Júlia questiona.

— Seria, se não tivéssemos a herdeira da casa conosco. Nem mesmo o FBI vai poder invadir a propriedade sem a permissão dela. — Digo e elas indecisas entre olham-se. — Entretanto, não vou decidir isso sozinha, faremos uma reunião para definir tudo com calma. Elas concordam em silêncio e Charlie entra agitado no quarto com um sorriso radiante.

— Ela acordou. — Ele avisa e Gabi corre até a quarto da Ivete.

Antes que pudéssemos reagir e segui-la, um grito de alegria ecoa até nós. Apenas sorrimos e vamos até elas. Lá estava a minha irmã abraçada a Gabi que chorava no seu ombro.

— Gabi, calma, ela acordou a muito pouco tempo e ainda está com os pontos. — Amanda diz preocupada, mas o seu sorriso não disfarça a sua satisfação.

— Desculpa, não consegui segurar. — Ela diz e solta Ivete dando-lhe um selinho demorado.

— Nem preciso perguntar se conseguimos depois dessa festa. — Ivete diz brincalhona como sempre. — Onde ela está? — Os seus olhos brilhavam sobre mim.

— Desacordada, mas bem graças a todos. — Digo com um sorriso para ela.

— É bom ter você de volta, parceira. — Priscilão diz e abraça Ivete.

— Cadê todo mundo, os meninos e as outras malucas? — Ela pergunta enquanto se ajeitava na maca.

— Os meninos devem chegar daqui a pouco e elas estão com as crianças na mansão. — Gabi diz enquanto enxugava as lágrimas.

Nem a distância nos separaOnde histórias criam vida. Descubra agora