Capítulo 52: Sargento Quaresma

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POV Luna

Volto para o deposito bufando, agora aquele cara estava com a minha mira no meio da testa. Me posiciono no pixel que tinha na porta e Renata fica no fundo já que estava com o dinheiro. Vejo eles afastarem as viaturas para fazer o perímetro do local e logo encontro aqueles cabelinhos brancos escondidos no posto em frente a lojinha.

Radinho on:

(Luna): Como tá aí fora?

(Vanessão): Eles nos viram aqui em cima, tem pelo menos três mirados na gente.

(Ivete): Tem um de cabelo branco mirado em você Luna e mais dois prontos para entrar.

(Renata): O que a gente faz?

(Luna): Vocês conseguem pegar um dos que estão se preparando para entrar?

(Ivete): Posso tentar , mas o risco de me atingirem é grande e Vanessão não tem visão deles, ela tá focada na escada para não nos pegarem pelas costas.

(Renata): E o de cabelo branco?

(Ivete): Se eu atirar nele é capaz de tudo explodir, ele tá entre as bombas de combustível, só a Luna tem uma visão limpa dele.

(Luna): Se eu der a cara para pegar ele os que estão na frente vão ter visão de mim.

(Vanessão): Bonequinhas, tem um subindo a escada, um mirado na Ivete e um em mim, não quero ser pessimista nem nada, mas estamos cercadas.

(Luna): Droga... calma, você consegue esperar o cara subir e derrubar ele, Vanessão?

(Vanessão): Se fosse com o machado com certeza, agora na bala não me garanto não boneca.

(Ivete): Se eu der a cara acho que consigo pegar os dois da porta, mas provavelmente vou cair... a gente precisa arriscar então fica pronta Luna, assim que ouvir o primeiro disparo dá a cara e tenta pegar o do posto, se conseguirem saiam e ajudem Vanessão, o que pode me derrubar está atrás da viatura, uma de vocês vai ter que pegar ele e depois o embaixo da escada do lado esquerdo do prédio que estamos, entendido?

(Vanessão, Luna e Renata): Sim.

Radinho off.

Firmo minha mira esperando o disparo da Ivete, ouço o mesmo e me afasto do pixel vendo a cabeça do afrontoso na minha mira quando sinto as balas atingirem meu braço. Consigo entrar para o deposito de novo, mas tomei pelo menos três tiros de raspão no braço e não conseguir dar um tiro no pula do posto.

Radinho on:

(Vanessão): Ivete caiu, se ela tomar mais um tiro vai estar inconsciente. — Ouvimos tiros vindo do radio de Vanessão e depois o silêncio.

(Luna): Droga.

Radinho off.

— Se prepara Renata que eles vão rushar com tudo na gente, vão ser seis contra nós duas eu acho. — Digo vendo Renata tremer, ela sabia atirar, mas não funcionava sobre pressão e eu já estava machucada, então estava praticamente estava tudo nas mãos dela agora.

Foi dito e feito em minutos vemos três pulas entrar com tudo no deposito, consigo desacordar dois e não consigo mais segurar a arma por conta dos ferimentos e da perda de sangue. Meu corpo estava mole e meu ouvidos zuniam, mas não estava com ferimentos graves, vejo Renata conseguir levar um pula e ser atingida no peito e rapidamente algemada pelo pula de cabelos brancos. Ela é levada para perto das viaturas, vejo uma mulher vir até mim e me auxiliar a me levantar. Ela me leva até onde Renata, Ivete e Vanessão estavam, haviam quatro pulas que também estavam esperando o atendimento médico, mas o que estava mais evidente era o sorriso sínico e narcisista no rosto daquele idiota.

Nem a distância nos separaOnde histórias criam vida. Descubra agora