Capítulo 47: Seremos uma família

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POV Cristal

Pegamos nossos lanches e voltamos para a limousine, entrego o milk-shake e as batatas para Chiara que sorri enquanto devorava seu lanche. Cold estava sentado ao meu lado comendo um sanduiche gigantesco com um copo maior ainda de refrigerante e eu... bem, estava sem fome então preferi guardar meu sanduiche caso Chiara quisesse comer mais tarde. Eles terminaram de comer e Gesonel nos levou a mando do Cold para um heliponto. Assim que chegamos percebo um helicóptero a nossa espera, porém não vejo nenhum piloto no mesmo o que me faz estranhar a situação. Descemos do carro e vejo Cold super animado nos levar até o helicóptero quando percebo que ele iria pilotar assim que o mesmo entra no banco da frente. Paro na mesma hora e impeço Chiara de entrar no helicóptero colocando meu braço em sua frente, no mesmo instante Cold percebe minha atitude e me olha com a cara fechada, mas disfarça para Chiara não perceber.

— Que foi Cristal? Tem medo de altura é? Bom, pelo menos isso explica um pouco o fato de você ser baixinha. — Ele diz debochado rindo da minha cara, sinto meu sangue subir de ódio, respira, respira, você não pode fazer isso agora Cristal.

— Olha como você fala com a minha mamãe, ela não tem medo de nada e é perfeita do jeitinho que é. — Chiara diz séria olhando fixamente para Cold que engole a risada na mesma hora.

— Desculpa a piada Chiarinha, é que sou tão íntimo da sua mãe que achei que ela não fosse se importar não é mesmo Cristal? — Cold pergunta forçando um sorriso para mim.

— Claro... não foi nada demais. — Digo seca contendo minha fúria.

— Viu, agora vamos que um lugar incrível nos espera. — Ele diz e Chiara me olha como se pedisse permissão para entrar no helicóptero.

— Vamos. — Digo colocando Chiara no banco de trás e colocando o cinto de segurança na mesma.

Caminho até o banco ao lado de Chiara e Cold me chama.

— Cristal... que isso vai me deixar sozinho aqui na frente? Anda logo e senta do meu lado. — Ele fala com um tom brincalhão, mas no fundo eu sabia que essa frase era mais uma ordem do que um pedido.

Finjo entrar na brincadeira e me sento ao seu lado. Passamos o caminho inteiro em silêncio por conta do clima pesado no helicóptero e Cold não se cansava de acariciar minha coxa me deixando incomodada ao ponto de apertar minha mão para conter a vontade de soca-lo ali mesmo. Ao longe vemos a Estátua da Liberdade iluminada pelo sol da tarde de Nova Iorque, ele pousa no gramado do Local e desço do helicóptero o mais rápido possível logo ajudando Chiara a descer também. Ele faz um tour pela estatua nos mostrando cada local que dava para subir, a vista lá de cima e lugares perfeitos para tiramos fotos. Chiara e ele estavam próximos o que me incomodava bastante, me desculpa filha por te deixar próxima a esse homem. Ele nos levou até um pequeno píer que havia ali e nos sentamos próximos a água para conversarmos.

— Chiara... se pudesse conversar com seu pai hoje, tipo agora, o que você falaria para ele? — Cold pergunta alternando o olhar entre ela e eu, me fazendo perceber que ele contaria agora, me sento mais próxima a ela e espero sua resposta.

— E-eu não sei, acho que diria que mesmo sem conhece-lo eu o amo muito e que sinto falta dele. — Chiara diz com um sorriso que partia meu coração.

— Você é muito linda... sabe de uma coisa que eu percebi a gente tem muitas coisas em comum sabe... coisas familiares. — Ele diz um pouco enrolado e meu coração acelera.

— Como assim? — Ela pergunta confusa pelas palavras que Cold usou.

— Ah você sabe, a cor do cabelo, a sua risada que é muito parecida com a minha... entre outras coisas. — Ele diz passando a mão no cabelo dela que o afasta estranhando a conversa.

Nem a distância nos separaOnde histórias criam vida. Descubra agora