POV Luna
Os meninos correram com o corpo do Teddy para o hospital, mas como esperávamos ele não resistiu aos ferimentos. As meninas sofreram alguns ferimentos, mas nada que comprometesse a vida de nenhuma delas. Porem todos estavam bem abalados por tudo e ainda não tive coragem para ler a mensagem que ele me deixou. Ainda não conseguia acreditar que havíamos perdido ele...que não conseguimos salvar a Cristal. Como vou contar isso pra Chiara? Como vou contar pra Mel?... Estou tão perdida sem vocês.
- Luna... – Din me chama na recepção do hospital. – Os médicos já confirmaram o óbito e liberaram o corpo para podermos enterrá-lo. – Ele me avisa mantendo o olhar baixo.
- O que pretendem fazer com ele? – Pergunto sem saber o que fazer.
- Tem um lugar... Teddy era apaixonado por ele, ele dizia que era como um abrigo onde nada de ruim pode acontecer... quero enterra-lo lá, as primeiro temos que conversar com a Mel... ela precisa se despedir. – Ele diz e vejo algumas lágrimas escorrerem pelo seu rosto.
- Podemos fazer isso juntos... também preciso falar para a Chiara sobre a Cristal. – Digo sentindo o nó em minha garganta apertar ainda mais.
- Ele deixou um testamento... era como se já soubesse o que aconteceria. – Din diz se afastando de mim e indo até os meninos que o acolheram em um abraço aperta cheio de choro e muito carinho.
- Era isso que ela queria evitar. – Priscilão diz se aproximando de mim.
- Não diga como se tivéssemos perdido... ainda temos que resgata-la. – Digo séria me esforçando para acreditar nas minhas próprias palavras.
- Ele morreu Luna... pode não querer admitir que perdemos..., mas não se iluda achando que vencemos. – Priscilão diz e me viro para ela vendo seus olhos vermelhos e vazios como os da maioria.
A morte de Teddy foi tão forte... tão dolorida... que todos pareciam ter perdido as esperanças... todos pareciam ter declarado o fim, mas como eu poderia esquece-la? Como poderia enterra-la junto a ele mesmo sabendo que ela está por aí? Eu não podia, não podia desistir, mas não conseguia continuar.
Todos saímos do hospital e fomos até minha casa onde as meninas estavam. Os meninos já haviam avisado os outros o que aconteceu e todos estavam se preparam para voltar para a cidade com as crianças para o funeral. Eu estava em frente a porta da minha casa, mas não tinha forças para abri-la. Não sabia como olhar para a Chiara depois de tudo, a Mel, as meninas... elas contavam comigo e eu não consegui salva-los.
- Oi... – Isa diz colocando a mão em meu ombro me vendo parada ali. – Tá difícil né?... Também não sei o que fazer... – Ela dizia parada ao meu lado e sua voz revelava a tristeza em seu coração.
- Como vou dizer a elas? – Pergunto quase que para mim mesma.
- Eu não sei... você já olhou a mensagem dele? Talvez tenha alguma dica... ele mandou uma pra todo mundo... basicamente se despediu, talvez isso te ajude... afinal ele e a Cristal viviam grudados nesses últimos meses. – Isa diz abrindo a porta e entrando para ficar com os outros.
- Eles viviam juntos... nesses últimos meses? – Penso em voz alta como se essa última frase tivesse me acertado em cheio.
Me sento na calçada e pego meu celular, abro as mensagens e vejo o nome do Teddy brilhar na minha tela, respiro fundo tentando controlar meus batimentos e abro a mensagem.
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Nem a distância nos separa
FanfictionDentro de uma família, se criam laços, uns mais fortes que outros e o que elas criaram se tornou tão indestrutível que mesmo distantes, uma consegue sentir as emoções da outra. Mesmo que o mundo pareça estar contra, esse laço as uni, as prende. Essa...