Capítulo 41: Morto vivo

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POV Cristal

Acordo derretendo de calor com Vanessão aumentando a temperatura do ar condicionado e me cobrindo com várias cobertas.

— Quer me matar desidratada Vanessão? — Digo tentando tirar as cobertas de cima de mim e sentindo meu corpo mole.

— Na verdade estava tentando te acordar, você tá loka mulher de dormir na grama desse jeito, sabia que podíamos ter te perdido? — Ela diz me abraçando, podia sentir o medo em suas palavras.

— Eu só estava querendo ver as estrelas e acabei dormindo. — Digo a abraçando de volta. — Que horas são? A Chiara tem aula. — Digo me levantando e Vanessão me deita na cama de novo.

— Já pedi para a Luna levar ela e o Lúcio. — Vanessão diz me dando um beijo na testa, às vezes ela me tratava como uma criancinha. — Vou fazer alguma coisa para você comer.

Vejo Vanessão sair do quarto e vou para banheiro tomar um banho fresco já que ela tinha transformado meu quarto numa sauna. Termino meu banho notando minha garganta dor e escuto as meninas discutirem no radinho.

Radinho on:

(Vanessão): ...agora a bonequinha tá passando mal.

(Cristal): Eu to bem, Vanessão tá exagerando. — Digo sentindo minha voz falhar um pouco.

(Luna): Já to chegando aí e vamos conversar Senhorita Cristal.

(Vanessão): Acho melhor não Luna, pode deixar que eu e as meninas cuidamos dela.

(Ivete): Verdade sapatenis, a Clarisse tá surtando atrás de você por ter dado um bolo nela ontem e nem ter avisado que a Cristal tinha voltado.

(Priscilão): Vai conversar com ela Luna, coitada da garota.

(Luna): Minha família em primeiro lugar.

(Cristal): Ela também é sua família a partir do momento que decidiu pedi-la em namoro, Luna. — Digo e desligo o radinho.

Radinho off.

Vou para meu closet e diminuo a temperatura do ar condicionado para 20. Visto um conjuntinho intimo simples com minha blusinha branca, uma saia rosa listrada, meias até o joelho rosas e minha botinha branca. Vou até minha escrivaninha e tomo meus remédios quando Vanessão entra no quarto com uma bandeja de comida. Rio do exagero dela e me sento na cama para comer quando a campainha toca e ela vai atender. Em minutos a vejo voltar com Gabi e Ivete atrás dela.

— Que cheirinho bom, é comida? — Ivete pergunta olhando minha bandeja de café da manhã.

— Pelo amor de deus Ivete a gente acabou de tomar café e você ainda quer a comida da mamacita? — Gabi diz indignada olhando Ivete se sentar ao meu lado na cama.

— Tudo bem dessa vez Vanessão exagerou na quantidade mesmo. — Digo dando um dos mistos para Ivete com um copo de suco de laranja.

— Aí não vou negar comida não. — Ivete diz pegando e dando uma mordida no misto.

— Glutona, não engorda de ruim só pode... e você mamacita pode começar a explicar o que estava fazendo dormindo lá fora. — Gabi pergunta me empurrando para o lado e se sentando na cama.

— Estava sem sono e quis olhar as estrelas... não percebi que estava adormecendo. — Digo forçando um sorriso e comendo um pouco do que Vanessão havia preparado.

— Vou dá na sua cara mulhe... tu podia ter morrido por causa disso. — Vanessão vem em minha direção com uma cara ameaçadora e vejo Ivete tirar a bandeja que estava em meu colo e levantar da cama.

Nem a distância nos separaOnde histórias criam vida. Descubra agora