Capítulo 69: Jhonnes

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POV Vanessão

Terminamos de almoçar, nos despedimos das meninas e fomos para o estacionamento. Subimos na minha moto e vamos direto para casa para começarmos a pesquisa. Chegamos bem rápido, estaciono a moto na minha garagem e entramos em casa onde Max estava com as meninas no sofá assistindo algum filme na televisão. Do um beijo nele e nas meninas que logo correm até Lúcio e o abraçam derrubando-o e rindo do mesmo. Em segundos descemos para o quarto do Lúcio que estava uma zona com roupas e tênis espalhados por todo lugar. Apenas dou um puxão de orelha no moleque que começa a arrumar as coisas resmungando baixinho enquanto eu ligava seu computador.

- Qual a senha? - Pergunto o vendo terminar de arrumar a cama.

- É ... Chiara. - Ele diz claramente envergonhado e apenas rio. - Foi um desafio que eu perdi tá, não é nada disso que você tá pensando.

- Eu não disse nada garoto, é você que tá na defensiva. - Digo rindo enquanto digitava a senha e ele puxava uma cadeira para se sentar ao meu lado.

- Iai? Sobre o que vamos pesquisar? - Ele pergunta curioso.

- Red Murders e Michell Stuart. - Respondo pegando uma agenda que continha algumas das informações que havia encontrado.

- Michell Stuart? Acho que já ouvi esse nome antes ... foi na aula de historia, ele era um desertor. - Ele diz e apenas confirmo com a cabeça.

- Não só isso, ele era procurado pela Interpol e por várias Ganges e facções, de acordo com o que encontrei, o cara só fazia merda até que um grupo de policiais o capturaram tentando assaltar um banco sozinho, os policiais descobriram quem ele era e o mesmo foi mandado para os EUA onde foi condenado a prisão perpetua, dias depois foi encontrado morto em sua cela. - Digo lhe entregando minhas anotações.

- Por que esse cara estava gritando Red Murders quando capturado? - Lúcio pergunta.

- Também não sei, procurei sobre isso e a única coisa que encontrei foi um bar com esse nome na puta que pariu. - Digo o observando.

- Então a missão que a Cristal te deu é pesquisar sobre esse cara ou o que? - Ele pergunta confuso.

- A única coisa que ela me disse foi Red Murders e quando estava pesquisando sobre isso cheguei nesse cara e não consegui mais nenhuma informação sobre isso. - Digo e o vejo pensar por alguns segundos.

- Já procurou sobre a família desse cara e sobre esse bar que você achou? - Lúcio pergunta e tento me lembrar se tinha mais alguma informação que não havia anotado.

- Não, na verdade nem me importei com esse bar. - Digo tentando entender onde ele queria chegar.

- Então vamos começar pela família desse cara, talvez ele não esteja tão sozinho assim. - Lúcio diz entrando no google e começando a pesquisar sobre o sobrenome Stuart.

O vejo pesquisar por horas e decidi ir até o meu quarto pegar o notebook do Max para ajuda-lo. Volto em minutos para o quarto e começo a procurar sobre a história do bar que tinha encontrado antes. Descubro que o bar foi aberto a mais de 20 anos por um grupo de amigos, pelos registros do mesmo não dava muito lucro para os proprietários, mas tinha alguns clientes rotineiros e não havia nenhum registro de briga, venda ou desistência de nenhum dos proprietários. Tento descobrir a identidades desses grupos de amigos e quem frequentava o lugar, mas também não há registro de nada sobre eles. As contas e toda a papelada eram assinadas como Red Murders. Procuro por qualquer tipo de incidente que já tenha acontecido nesse bar como uma briga ou qualquer coisa que pudesse envolver a polícia e nada.

- Achou algo relevante aí? - Lúcio me pergunta sem tirar os olhos da tela do computador.

- Mais ou menos ... só algumas informações do bar, ele foi fundado a uns 20 anos por um grupo de amigos, nada relevante ou aparentemente relevante, e você? - Pergunto me levantando para relaxar um pouco e pegar uma garrafinha de água na cozinha.

- Não dá para fazer muita coisa com essa informação, tem muitas famílias com o sobrenome Stuart, tentei filtrar por casos criminais, mas não adiantou muito, tem pelo menos umas 65 pessoas diferentes com esse sobrenome que já se envolveram com crimes e ilegalidades espalhadas pelo mundo, sendo que umas 25 é só no EUA. - Ele diz se virando para mim claramente cansado. - Eu não to entendendo o que a Cristal poderia querer com isso?

- Também não sei, mas é isso que quero descobrir. - Digo indo até a porta do quarto. - Vou pegar uma garrafinha de água na cozinha quer uma também?

- Prefiro Coca-Cola. - Ele diz rindo voltando para o computador.

- Também prefiro. - Digo e vou até a cozinha.

Pega uma coca de três litros na geladeira e dois copos térmicos de 500ml, encho os dois, coloco alguns cubos de gelo e devolvo a coca para a geladeira. Antes de sair vejo um recado do Max na porta: Vi que estava ocupada com o Lúcio e não quis atrapalhar vocês, fui passear com as meninas e os meninos pela cidade voltamos em algumas horas, se quiser alguma coisa é só me ligar que trago para vocês, te amo gata S2. Sorrio pelo recado e volto para o quarto com os copos, deixo um do lado do Lúcio que agradece e dá um gole sem tirar os olhos da tela. Tomo um pouco do meu copo e volto para a pesquisa.

Ok, temos um bar criado por um grupo de amigos a aproximadamente 20 anos sem nenhuma registro policial mesmo sendo um bar de beira de estrada. Procuro a localização exata do bar e descubro que ele ficava em Nova Iorque na rodovia. Espera Nova Iorque ... tenho uma ideia um tanto maluca e me viro para o Lúcio.

- Você disse que tem vários Stuarts nos EUA, né? - Pergunto confirmando uma informação que ele havia me passado e ele afirma com a cabeça se virando para mim. - Foca em Nova Iorque então e me diz se tem algum roubo ou tentativa de sequestro realizado pelo Michell nessa área.

Ele volta a atenção para o computador e começo a procurar nos registros de habitantes da área todos os alistamentos militares, nascimentos e mortes dos últimos 40 anos. Fico horas procurando procurando qualquer informação que possa ser relacionada a Michell Stuart ou qualquer familiar, mas o que encontro é mil vezes melhor. No meio a diversos nomes encontro os atestados de óbito de Mathias Jhonnes e Brian Jhonnes, segundo os documentos, os dois morreram em um acidente aéreo na qual o piloto de um jato privado que saia de Nova Iorque perdeu o controle do mesmo que caiu não havendo sobreviventes e apenas o corpo do piloto foi encontrado. O corpo dos dois foram declarados perdidos ou carbonizados pela explosão. Estamos falando do pai e do irmão mais velho do Cold. O acidente aconteceu há 25 anos atrás, Mathias possuía 45 anos e Brian possuía 21 na época. O pai dele eu nunca conheci e realmente sempre ouvi dizer que estava morto, agora o irmão dele eu conheci e adivinha ele estava vivíssimo e tinha no mínimo seus 35 aninhos quando desapareceu da antiga cidade que morávamos pouco antes do Cold "morrer" em um acidente aéreo muito parecido com esse. 

Nem a distância nos separaOnde histórias criam vida. Descubra agora