Nem a distância nos separa

Capítulo 192: Segundo andar

POV Luna

Subimos as escadas enquanto tentávamos conter a animação dos menores, ao final delas havia um mezanino da onde podíamos observar o hall. Giovanni abre duas grandes portas de madeira entalhada com um símbolo desconhecido, entre outros detalhes. Entramos num cômodo com três portas, parecido com o hall, mas menor.

— Este é la camera matrimoniale, preparado per mia figlia (Este é o quarto principal, preparado para a minha filha). — Giovanni abre mais duas portas a nossa frente enquanto olhava para Cristal.

A nossa frente estava uma cama de casal abaixo duma janela com vista para as vinhas, a esquerda uma mesa em formato de L e uma cadeira acolchoada. Na direita uma poltrona ao lado de uma estante com diversos livros de tamanhos e cores distintos. Algumas plantas e um belo quadro da Cristal enfeitavam o lugar(=Imagem da capa do capítulo=). Haviam duas portas, uma para um closet espaçoso e a outra um banheiro luxuoso bem-parecidos com os do primeiro andar, com exceção da banheira no lugar do chuveiro. Cristal encarava o quadro com nostalgia, aproximo e seguro a mão dela, enquanto as meninas se vislumbravam com a decoração do quarto.

— Pessoalmente é muito mais bonita. — Sussurro para ela que sorri tímida.

— Às vezes... não me reconheço. — O olhar dela baixa e antes que pudesse reagir, Mel nos puxa as nossas mãos.

— Mãe... mãe, tem uma piscina no banheiro. — Ela diz empolgada enquanto nos puxava.

— Andiamo... ainda temos molte stanze da vedere (Vamos... ainda temos muitos quartos para ver). — O guia chama todos para saírem e voltamos ao pequeno hall. — A destra abbiamo l'area infantil e a sinistra gli adultos, divirtam-se bambini (A direita temos a área infantil e à esquerda os adultos, divirtam-se pequenos). — Ele abre a porta a direita e os menores correm para explorar.

As cores do lugar eram mais vivas que no restante da casa, não haviam quadros nem vasos chiques, apenas um carpete macio, alguns fliperamas antigos e uma mesa de hóquei air. Renata, Júlia e Amanda se juntam as crianças enquanto as meninas e eu abrimos a porta a esquerda. Vemos dois corredores com algumas portas e elas se espalham. Em segundos ouvimos os gritos delas a decidirem qual quarto pertence a quem misturados a discussão das crianças.

— Já decidiram onde cada uma vai ficar? — Questiono e todas confirmam animadas com a cabeça.

— Só temos um pequeno problema, não sobrou quarto para às três aqui. — Alicia olha para Renata, Júlia e Amanda que tentavam separar uma briga entre as crianças.

— Vamos definir os quartos dos pequenos e depois decidimos isso. — Priscilão diz e caminhamos até a área infantil.

Maju faz a contagem dos quartos enquanto acalmávamos a discussão no corredor.

— Tem dois quartos com duas beliches, um com uma e o último só com uma cama de solteiro. — Ela avisa e indicava qual quarto era, qual.

— Nós temos uma... três... sete crianças. — Alicia conta quantos brincavam pelo corredor.

— Nove, logo Exubakira e Konsheleva virão morar conosco. — Digo e Lúcio e Priscilão me encaram.

— Como vamos dividir isso? — Renata pergunta a observar uma disputa entre Charlie e Lúcio num arcade de combate.

— Chaira e Melissa podem dividir o quarto com um beliche. — Cristal analisava o quarto da porta dele.

— Por mim tudo bem. — Chiara estava numas das pontas da mesa de hóquei contra o Lúcio.

— E dividimos os meninos e as meninas nos quartos com duas beliches. As gêmeas, Rosinha e Maya nesse do final corredor e Lúcio, Charlie e Pedrinho no outro. — Digo e Lúcio olha-me indignado.

— Por que não posso ficar sozinho com o quarto do lado do da Chiara? — Ele se distrai do jogo e Chiara marca um ponto nele.

— Renata vai ficar nele para vigiar vocês. — Maju brinca e atraia a atenção dela para nós.

— Eu? Por quê? — Ela questiona como se estivesse sendo punida por algo.

— Não tem mais espaço na área dos adultos e você não lá escolher a tempo. — Ivete a provoca.

— Na verdade, não é ruim, posso passar a noite a jogar e não vou ter que dividir com ninguém. — Ela aceita satisfeita. — E às duas? — Aponta para Júlia e Amanda que ouviam em silêncio.

— Não precisam se preocupar, podemos ficar num dos quartos dos funcionários no primeiro andar. — Amanda diz humilde e Júlia concorda com um sorriso.

— Então fechamos essa questão, podemos pegar as malas e começar a organizar essa parte logo. — Digo aliviada.

— Purtroppo, já tenho que me despedir, devo ancora trovare le signore della polizia e tornare in Italia mais rápido possibile (Infelizmente, já tenho que me despedir, ainda preciso encontrar as moças da polícia e voltar para a Itália o mais rápido possível). — O senhor Giorno pega a pequena Mel no colo e abraça a Cristal.

— Fai buon viaggio papà, dai un bacio a mamma da parte mia (Boa viagem pai, dá um beijo na mãe por mim). — Cristal parece se despedir com palavras enroladas.

Ele vai até Chiara e Charlie, os abraça e retorna para perto das escadas. O velho se despede de todos com um sorriso e um aceno antes de se reunir aos seguranças, entrar no helicóptero e desaparecer nas nuvens. As meninas começam a descarregar as malas e organizá-las nos devidos quartos, algumas crianças brincavam, outras exploravam a casa e estava com a Cristal a sós no quarto principal.

— Olha, não quis dizer isso com as meninas por perto, mas se não estiver confortável posso ficar num dos quartos dos funcionários também ou com alguma das meninas. — Digo sem jeito enquanto a ajudava a colocar algumas roupas e sapatos no closet.

— Prefiro que fique comigo... diminui os pesadelos. — Ela desvia o olhar do meu.

— Cristal... — A chamo, aproximo e viro o rosto dela para mim. Tão bela. — Não vou cometer o mesmo erro... Estarei aqui para você sempre.