Nem a distância nos separa

Capítulo 143: Está na hora

POV Luna

(TRÊS SEMANAS DEPOIS)

Ivete e Gabi ficaram responsáveis pelas ligações de Erro e nos repassavam as informações relevantes. Elas estavam certas, não estava estável para lidar com isso e também não consegui me afastar por completo. Sempre que conseguia, ouvia a conversa dos dois. Ivete me parecia ter desenvolvido um afeto pelo garoto e esse passou para Gabi. Conseguia ver às duas sorriem com durantes as ligações e sempre se despediam dele com uma boa noite ou um se cuida.

Os treinos se tornaram cotidianos durantes essas três semanas. Priscilão estava vigiando a movimentação da máfia conforme as localizações que Erro mandava. Eles estavam em constante movimento e todos os locais eram muito longe da nossa cidade, não tinha como alcança-los. Começar a segui-los não era uma opção, pois traria muitas desconfianças.

Mantive contato com Quaresma para que não desconfiasse de nada. Passava algumas informações falsas para justificar nossas investigações e ele não demonstrava nenhuma preocupação quanto a isso. Acredito que esteja confiante quanto a nossa ignorância sobre a situação. Essa será nossa vantagem. Assim que Erro nos dar uma localização favorável, surgiremos sobre suas cabeças e antes que percebam, estarão enterrados.

Chiara insiste que irá conosco quando chegar a hora. Aceite com uma condição, ela não sairia do meu lado em nenhum momento. Não posso arriscar perde-la. Lúcio também iria, mas não sairia da van, sua função será desabilitar qualquer sistema de segurança que o local possa possuir e corromper os sensores de tiros da polícia. Assim conseguiremos tempo para fazer o que precisarmos.

Ivete e Gabi pediram que ninguém machucasse Erro. Segundo elas, ele quer fugir de lá conosco. Todas aceitaram, o garoto conquistou nossa confiança de uma forma inexplicável. Já havíamos organizado um lugar seguro para as crianças quando formos já que os meninos se uniriam a nós nessa guerra. Eles estavam aprimorando todas as armas para esse momento. Estocamos coletes, munição e bandagens. Erro já nos alertou que nossa melhor oportunidade seria atacar quando estivesse em uma mansão no litoral de São Paulo. Lá seria a última parada deles no Brasil, nossa única chance de resgata-los. Ficaria quatro dias no lugar para organizar o navio que os levariam do Brasil.

Lúcio conseguiu uma planta do local para estudarmos. Era uma casa muito grande com diversos quartos e um andar subterrâneo. De acordo com as informações do Erro, Cristal estaria contida em algum quarto desse andar. Todos estavam ansiosos, assim que a máfia chegasse à casa iriamos até lá recebe-los.

Nos dividimos em 5 grupos para que tudo ocorra bem. O primeiro é formado por: Isa, Folgadin, Chiara e eu, responsáveis por encontrar a Cristal e tira-la da casa. Segundo: Din, Max, Vanessão e Maju, eles iriam atrás de Michael e Naomi Smith. Terceiro: Jhon, Diego, Alicia e Renata, ficaram na vigia envolta do lugar caso ocorra alguma emergência. Quarto: Spok, Barone, Gabi e Ivete, implantarão uma bomba na casa para não deixarmos nenhum rastro para a polícia. Quinto e último grupo é Priscilão, Júlia e Lúcio, responsáveis pelos sistemas de segurança e por cuidar do garoto que resgataríamos.

Misturamos Hells e Mc para não ocorrer nenhum problema de comunicação entre as facções. Além disso, usaríamos o colete do Mc e a nossa calça preta com faixas rosas nas laterais, assim conseguiríamos nos reconhecer sem nenhum problema.

A tensão na casa estava visível, os olhares preocupados, não seria fácil, o risco era grande, mas estávamos dispostos a corre-lo. A última informação que Erro nos passou foi de algumas admissões recentes para a máfia, 5 homens e 9 mulheres. Conseguimos reconhecer alguns deles pelas características. Ragnar, Ferrugem, Bella, Lissa, Chicletinho, Tiffany, Gigi e Scotte, Cold estava recrutando todos os Chernobyl que já tiveram qualquer problema com a Cristal. Afirmo que 4 mulheres aparentavam já terem feito parte do exército pela disciplina, as fardas e os coturnos bem lustrados.