Capítulo 68: Michell Stuart

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POV Vanessão

Red Murders ... Red Murders ... que caralho é Red Murders. Desde de ontem isso não sai da minha cabeça. De primeira pensei que poderia ser um bar ou um local onde ela queria se encontrar comigo e achei um botequinho de estrada com esse nome lá na puta que pariu. Obviamente não era isso que ela queria. Comecei a procurar pessoas ou famílias com esse nome e nada, quem sabe casos policiais e a única coisa que encontrei foi um babaca que foi preso por tentar assaltar um banco sozinho, foi pego e saiu de lá gritando Red Murders, dias depois ele foi encontrado morto na cadeia. Procurei sobre a vida dele e só constavam pequenos delitos como roubo de carteiras e alguns sequestros que só deram errado. Ele viveu no Brasil mas não nasceu aqui, pelas minhas pesquisas era um ex-militar norte americano que foi expulso do exercito com mais desonras que eu possa contar. O nome do cara era Michell Stuart, ele era caçado pela policia e pelo mundo ilegal, parece que o cara não se encaixava em nenhum lugar, só se metia em roubada e era feito de bode expiatório para criminosos maiores e policias corruptos.

Minha cabeça estava quase explodindo por conta do tempo que estava sentada em frente aquele computador de lan house pesquisando já que eu não podia usar o meu para isso se não Priscilão teria acesso a tudo e com certeza desconfiaria de alguma coisa. Se bem que a ajuda dela não seria nenhum um pouco ruim, pelo contrario ela descobriria o que a bonequinha quer com isso rapidinho. Mas não, ela quer manter isso em sigilo, eu não entendo, talvez quando descobrir o que significa esse nome eu a entenda ... ou talvez não. Estava perdida em informações e palavras quando o dono do lugar vem até mim informar que meu tempo havia acabado. Me levanto do computador e apago todo o histórico dele para não correr o risco e saio do estabelecimento indo até minha moto. Pego meu celular para ver as horas e já eram 12:45. Ainda não tinha recebido mensagem da Luna nem da Cristal agora do Lúcio tinha várias. Droga esqueci a praga na escola de novo. Dou partida na moto e vou voada para o colégio, assim que chego no local vejo Ivete, Gabi, Chiara e Lúcio na frente do colégio conversando.

Segundo as meninas quando Ivete contou para Chiara essa manhã que a Luna havia viajado ela foi na mesma hora até a casa da Cristal e começou a culpa-la por tê-la deixado ir. As meninas disseram no rádio que Chiara disse na cara da Cristal que havia perdido a única mãe que ela tinha, eu entendo a raiva da Chiara sobre isso, mas como mãe nem imagino a dor que aquelas palavras devem ter causado na bonequinha. Sei que não sou a melhor mãe do mundo ou a mais afetuosa, mas sei que amo aquelas pragas como nunca amei nada na minha vida e morreria por elas a todo instante. O lúcio é bem parecido comigo. não é muito de demonstrar o carinho que sente pelas irmãs, mas faz de tudo por aquelas pequenas e as protege com unhas e dentes. Já sinto até pena dos namoradinhos delas, Lúcio vai hackear a vida deles toda ... espera ele vai hackear.

- Iai gatíssimas e Lúcio. - Digo e as vejo rir enquanto Lúcio tenta conter o riso e parecer ofendido.

- Onde você estava hoje de manhã? Saiu antes de mim e nem me disse para onde ia. - Ele pergunta e faço um sinal com as mãos para avisa-lo que era assunto confidencial, ele entende o recado e muda de assunto. - O que acham de irmos almoçar no shopping hoje para animarmos a Chiarinha?

- Ótima ideia garoto, essa cabeça gigante até que serve para alguma coisa né big big. - Ivete diz zuando o garoto e fazendo Chiara rir.

- Acho que isso foi um sim. - Gabi diz rindo com Chiara. - Então vamos todos no meu carro, guarda sua moto Vanessão e vem com a gente.

- Na verdade acho melhor o Lúcio ir comigo e a gente se encontrar lá por que depois Lúcio e eu temos um compromisso que estávamos adiando a um tempo e como hoje o Max se responsabilizou pelas capetinhas vamos aproveitar. - Digo e Lúcio apenas concorda.

As meninas vão para o carro e subo na moto com Lúcio em minha garupa, deixo o carro das meninas ir na frente para já adiantar o assunto com ele.

- O que aconteceu dessa vez? - Ele me pergunta colocando o capacete enquanto ligo a moto.

- A bonequinha me deu uma missão especial e sigilosa que não posso contar para as meninas, mas estou tendo dificuldade com a pesquisa e como você não é uma menina e sabe mexer com essas coisas, acredito que possa me ajudar. - Explico brevemente enquanto pilotava até o shopping principal da cidade.

- Por isso não estava em casa? Para Priscilão não ter acesso a sua pesquisa? - Ele pergunta e apenas confirmo com a cabeça.

- Vamos ter que ir em bibliotecas e lan houses para fazer isso. - Digo e o ouço rir.

- Você sabe que Priscilão não tem acesso ao meu computador né? - Ele diz e me lembro dele ter comentado comigo que havia tirado o sistema da Priscilão do computador dele para ter mais privacidade.

- Olha como fala comigo moleque, quando chegarmos em casa te passo algumas informações que encontrei. - Digo e minutos depois chegamos no estabelecimento e nos encontramos com as meninas.

Passamos algumas horas com elas e Ivete nos disse que a Chiara ficaria um tempo com ela e com a Gabi para não ter mais problemas entre ela e Cristal. Isso partia meu coração pois tinha certeza que a bonequinha precisava de alguém com ela e agora com a Luna longe, Chiara a culpando por tudo e sem o apoio das meninas, meu deus espero que isso acabe de uma vez.

Nem a distância nos separaOnde histórias criam vida. Descubra agora