Capítulo 165: Símbolo de poder

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POV Luna

Em menos de um minuto estávamos reunidas como ordenei. Renata pega as chaves que faltavam e se retira do local.

— Vou convocar a Tríade e os meninos para reunião. Assim que terminarmos podem anunciar o começo das vendas e da festa. — Aviso enquanto mandava a localização para Din e Clarisse. — Eles não devem demorar. Todos da nossa Deep já estão cientes do Código?

— Sim, enfatizamos duas vezes as palavras que precisam usar para fazer as encomendas. — Maju responde.

— Também colocamos todos os produtos na última cabina privada do andar VIP. — Alicia complementa.

— Vou tentar falar com os meninos para nos ajudar com a segurança e como garçons. Assim não vão ficar sobrecarregadas. Também vou ao hospital depois daqui, talvez Amanda, Júlia, Lúcio, Chiara e Cristal queiram participar. — Aviso e recebo as mensagens a confirmar a vinda das facções.

— A Cristal? — Gabi questiona confusa.

— Não sei se vai ser um bom ambiente para ela. — Alicia aconselha.

— Ela ainda não se acostumou conosco e reagiu muito mal com a presença dos meninos. Trazê-la aqui com música alta, bebida, provavelmente drogas e desconhecidos. Ela vai surtar. — Priscilão estava sentada ao lado da mesa de som.

— Vou deixá-la afastada da muvuca, em um quarto no andar de cima. Amanda e Júlia precisam sair daquele hospital um pouco, já fazem semanas que estão presas ali. — Digo e elas se entre olham.

— Não sei se é uma boa ideia sapatênis. — Ivete termina de comer suas batatas e joga a embalagem fora.

— Também não vamos ter tempo para a vigiar durante a festa. — Maju avisa preocupada.

— Irei cuidar dela, não se preocupem. Também vou falar sobre com a doutora, se ela aconselhar que não, darei um jeito para não deixar Cristal sozinha no hospital. — Respondo e o assunto se encerra.

Conversamos por mais alguns minutos até que eles chegam. Assim que Clarisse entrou, percebi ser a primeira vez que nos víamos após o término, já que não participei das reuniões anteriores. Ela não mudou muito, seus cabelos loiros ainda conseguiam refletir as luzes da boate e o seu sorriso transmitia sua confiança.

— Bem-vindos. — Cumprimento-os. — Espero que não tenham tido problemas a caminho daqui. — Olho para Spok que estava com um ralado na perna.

— Um gringo fechou o corredor na avenida, mas levei o retrovisor dele como consequência. — Ele responde orgulhoso e os meninos riem.

— Soubemos da festa que vão dar aqui, estamos convidados? — Clarisse questiona brincalhona.

— Claro, vamos a utilizar como distração para as vendas. — Respondo com um sorriso.

— Uma despedida antes de saímos da cidade. — Ivete complementa animada.

— Muito interessante, mas acredito que tamos assuntos mais importantes para tratar. — O tom sarcástico de um homem de terno escuro, cabelos quase loiros, arrumados para trás e voz rígida se faz presente. — Quando sairemos desse lugar? A Tríade está pronta.

— Se tudo ocorrer bem e todos concordarem, na madrugada de amanhã. — Priscilão assume a reunião e o responde no mesmo nível.

Era impossível não notar o desconforto de todos diante da postura dele. Sua voz, seu jeito, o olhar, ele agia como o rei do mundo. Estávamos abaixo de seu nariz levantado e aura de superioridade.

— Nunca o vi na cidade antes, qual seu nome? — Din pergunta da forma mais indiferente que conseguia.

— Não é... — Sua resposta é interrompida.

Nem a distância nos separaOnde histórias criam vida. Descubra agora