Capítulo 156: Não tem mais o que temer

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POV Luna

O sorriso da Chiara era capaz de iluminar todo o quarto. Renata comemora empolgada enquanto Amanda e Júlia apenas riam dela.

— Preciso contar isso para as meninas. — Renata sai do quarto às pressas.

— Vou deixar vocês a sós. — Júlia diz e espera a doutora para saírem juntas.

— Viu mamãe, ela apertou a minha mão. — Ela diz sem conter a sua felicidade.

— E o que você esperava? A sua mãe ama você mais que tudo nessa vida. — Digo e dou-lhe um beijo na testa.

— Pensei que ela ainda estivesse chateada comigo. — Chiara diz enquanto a observava.

— Por que estaria chateada? — Pergunto.

— Antes de tudo isso... falei o que não devia para ela. — Ela explica e apenas viro o seu rosto na minha direção.

— Não pensa assim, filhota. Ainda era muito pequena, não tinha como entender o que aconteceu. — Digo enquanto olhava no fundo dos seus olhos. — O importante é que conseguimos resgatá-la e ela está conosco como deve ser.

Ela abraça a minha cintura, faço carinho nos seus cabelos e rio ao perceber que ela já estava do meu tamanho. Passamos a tarde ali. Cristal estava agitada, movia os dedos e, algumas vezes, murmurava. Amanda disse que era um bom sinal, pois quanto mais ativa mais rápido ela estará consciente. Avisamos as meninas da mansão pelo rádio sobre a novidade e decido passar a noite ali com ela.

Chiara concordou com a minha decisão e Renata a levou para casa após o por do sol. Todas estavam ansiosas para o momento que a patroa acordar. Elas organizaram turnos no rádio, era meu dever avisa-las assim que acontecesse e quem estiver acordada deve alertar as outras. Amanda teve que medicar a Ivete para que ela descansasse já que faltavam poucos dias para remover os pontos da sua barriga e essa ansiedade não era bom para o procedimento. Gabi como sempre ficou com ela o tempo todo enquanto Charlie transitava entre os quartos, inquieto.

Júlia, Renata e Amanda fizeram-me companhia durante a noite. Para espantarmos o sono, fizemos algumas rodadas de charadas, contamos histórias do passado e inventadas, uma sessão de piadas sem graça da Renata e um pouco de karaoke a capela. Ainda assim, as horas duravam mais do que o normal.

A noite estava fria, mas bem ilumina pelas estrelas e pela lua prateada sobre nós. Júlia estava sentada numa poltrona mais afastada da maca com Amanda no seu colo. A doutora foi a primeira a render-se ao sono, em seguida, Renata também não resistiu.

Rádio ligado.

(Maju): iai meninas, a patroa demonstrou algum sinal de que vai acordar?

(Luna): ainda não, ela está mais quieta que de manhã, parece dormir tranquilamente.

(Maju): certo, não esqueça de nos avisar.

(Luna): quem ainda está acorda aí?

(Maju): Chiara, Jhon e eu, a última a dormir aqui foi a Priscilão. Coitada estava exausta de ter que cuidar das nossas vendas e ainda aguentou bastante. O Jhon é o mais disposto, está montando um quebra cabeça na sala super concentrado, ele pediu permissão para entrar na nossa frequência, posso liberar?

(Luna): pode sim. Priscilão merece descansar, aqui só está a Júlia e eu. O silêncio é um grande inimigo no momento.

(Maju): verdade, mas o pior é esse frio e o barulho da chuva. A minha estratégia no momento é não pegar um cobertor. A maioria dormiu porque a Alicia preparou um chocolate quente para nós.

Nem a distância nos separaOnde histórias criam vida. Descubra agora