Capítulo 146: Calor do inferno

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POV Luna

Assim que ela desmaia nos meus braços, ouço um tiroteio no andar de cima.

Rádio ligado.

(Ivete): estou no quarto principal com a Gabi e o Erro, vamos desligar o sistema de vez.

(Gabi): o grupo 3 desceu para ajudar vocês.

(Din): assim que as portas abrirem, nos uniremos a vocês.

(Isa): por favor, se apressem.

Rádio desligado.

— Parece que os seus amigos ainda não desistiram. Ative as agulhas de venenos. — Michaell ordena.

— Não funciona, hackearam os sistemas de novo. — Cold diz irritado.

— Conseguiram entrar no seu quarto, estão desligando manualmente. Cuide deles, vou subir e dar um jeito nessas pragas. — Ouvimos Scofield subir as escadas e algo atingir a parede do nosso lado com força.

— Não pense que venceram por isso, somos muitos e logo Michaell vai reativar a nossa segurança. Saíram daqui em sacos pretos, mas antes faço questão de assistir o que ele vai fazer com você, Luna. — Cold diz bem próximo a nós.

Rolo e acerto a sua cabeça com uma rajada. Pude ver os pedaços do seu crânio se espalharem pelo lugar. O seu sangue pintar as paredes e as máscaras dos seus amigos, que não tiveram reação. Rapidamente volto para o lado da Chiara que me encara incrédula e logo sorri.

— Vadia... — Um deles se pronuncia e os ouço virem com tudo na nossa direção.

Posiciono-me como uma barreira para proteger Chiara e Cristal. Isa também se posiciona diante de Folgadin que apoiava a sua Ak sobre o ombro dela. O primeiro aparece mirado para a mim e cai por um tiro certeiro da Isa. O segundo e o terceiro aparecem logo em seguida, derrubo um e o outro acerta-me no ombro, mas Folgadin mata-o antes que a situação piorasse. Mais deles se aproximavam até ouvimos um tiroteio.

— Vocês estão bem? — A voz da Maju era o alívio que precisávamos.

— Comparado ao que podia acontecer, estamos bem. — Folgadin diz enquanto se levantava com a ajuda da Isa.

— É melhor estancar esse sangramento antes de sairmos. — Chiara diz ao se referir a perna dele.

— Ainda temos algumas bandages. — Din diz e se aproxima dele.

— Cadê ela? — Maju diz enquanto caminhava na nossa direção.

Abaixo-me para ver se Cristal havia se machucado mais.

— O meu deus o que esses merdas fizeram? — Maju diz com as mãos na boca enquanto olhava o estado dela.

— Temos que leva-la o mais rápido para a doutora, pode ter alguma hemorragia. — Digo e Maju ajuda-me a pende-la nas minhas costas novamente. — O que aconteceu com Max e Vanessão?

— Eles entraram na nossa frente mesmo com o aviso, não conseguimos segura-los. Os sensores ativaram, as portas fecharam, nos separaram e só conseguimos ver a fumaça e ouvir os tiros. Não tiveram nem chance de revidar. — Din diz enquanto cuidava dos ferimentos do Folgadin.

— Levamos os corpos para a praia, quando saímos, eles iam conosco. — Maju diz com os olhos marejados.

— O lúcio já sabe? — Chiara pergunta preocupada.

Nem a distância nos separaOnde histórias criam vida. Descubra agora