POV Luna
- Então a Cristal só chegou em você e te pediu para ajudá-la? – Pergunto desconfiada, essa historia tem que ter um furo.
- Não foi bem assim... eu mandei a primeira mensagem. - Quaresma diz e vejo um pouco de vergonha em sua expressão.
- E no que isso interfere na história? – Renata pergunta séria.
- Interfere porque... eu mandei mensagem dando em cima dela enquanto ela estava namorando o Cold dias depois dela ir pagar a fiança de vocês por causa de uma lojinha. – Quaresma diz apontando para Ivete, Vanessão, Renata e eu.
- Ainda não entendi aonde quer chegar com isso. – Ivete diz lançando alguns olhares para mim.
- Quero chegar na conclusão que não foi ela que veio atrás de mim do nada, eu já havia dito a ela que estaria ali para ela para qualquer coisa, só não esperava que ela fosse levar isso a sério, pensei que não passaria de mais uma cantada ignorada por ela. – Ele diz claramente nervoso.
- E por causa dessa mensagem a bonequinha começou a te contar tudo que estava acontecendo? Nem minhas filhas pequenas acreditam nisso. – Vanessão diz rindo da cara dele.
- Ela não começou a contar assim, ela me pediu alguns favores depois dessa mensagem, começou por senhas para que ela consiga acessar informações do departamento, depois ela me pediu os nomes dos mais procurados do momento, pediu informações de investigações internacionais, mais específico de Nova Iorque, até que ela foi mais direta e me perguntou se eu possuía alguma informação sobre Red Murders, nisso eu a pressionei para que me contasse no que estava metida, foi quando eu comecei a ajudá-la de forma mais direta e ela me contou sobre o Cold. – Ele explica rápido quase tropeçando nas próprias palavras.
Fico o observando por alguns segundos e chamo as meninas no radio.
Radio ligado.
(Luna): O que acham de toda essa história?
(Vanessão): O que ele nos contou pode estar certo, mas não confio em pula, muito menos em duas caras como ele.
(Ivete): To com a Vanessão, ele já nos deu muita informação e sabe demais sobre nós.
(Gabi): Eu to perdida, também não confio nele, mas não vou negar que gosto da ideia de termos um infiltrado no FBI.
(Priscilão): Infelizmente, acho que se ele conseguiu todas as informações para a Cristal, também pode conseguir para gente e qualquer informação no momento pode nos ajudar a encontrar ela o mais rápido possível.
(Renata): Ele é um babaca, mas pode ser útil.
(Maju): Foi mal meninas, para mim confiança é a base de tudo e não confio nem um pouco nesse cara.
(Alicia): Se for para achar a chefinha, não vejo problema em usarmos ele, mas também gosto da ideia de apagá-lo de uma vez, esse cara sabe demais.
(Luna): Ta... então vamos limitar as informações que passarmos para ele até conseguirmos ter alguma confiança nesse cara, caso ele vacile, uma vez que seja, colocamos a cabeça desse pula em uma bandeja, concordam?
(Ivete): A suas ordens, Sapatenis.
(Vanessão): O que você mandar a gente faz, boneca.
Radio desligado.
- Eu vou te explicar como isso aqui vai funcionar, toda informação que você consiga referente aos meninos, ao Cold, a Cristal, a máfia ou a nós, você nos informara de imediato, já tem meu número, sempre irá entrar em contato comigo e com mais ninguém e eu vou decidir o que te contar e o que não te contar, entendeu? – Pergunto apontando arma para ele mais uma vez.
- Basicamente vão me deixar as cegas enquanto eu me arrisco contando tudo para você, tão brincando com a minha cara, né? – Quaresma diz indignado.
- Não, é exatamente esse o acordo, você não disse que faria qualquer coisa pela Cristal, então é isso que vai fazer. – Digo e o vejo engolir a seco. - Vou entender isso como um sim, agora pega a sua a pistola bem devagar, você vai sair daqui e amanhã vou te mandar uma localização e um horário, quero que você me encontre lá com o Victor, vai nos entregar ele e seguir sua vida sempre esperando a próxima ordem, ouviu?
O vemos confirmar com a cabeça, se abaixar para pegar sua pistola, se levantar com as mãos na cabeça e sair da casa. Ouvimos o som de sua moto se afastar e vejo algumas meninas respirarem aliviadas.
- Até o ar dessa casa fica mais leve sem aquele embuste. – Gabi diz rindo com algumas meninas.
- Acho que já fizemos a limpa aqui, vamos levar tudo para a balada e ir para casa descansar, pelo visto amanhã estaremos cheias de coisas para fazer. – Digo acariciando as laterais da minha testa sentindo a dor de cabeça de amanhã.
- Priscilão e eu não vamos para casa ainda, precisamos analisar o corpo e deixar isso para amanhã pode complicar o processo, já que o princeso ali já ta em decomposição a alguns dias. – Vanessão diz olhando para o porta malas do carro.
- Só não exagerem, precisamos de vocês dispostas e não quase caindo de cansaço. – Digo e elas apenas confirmam.
Vamos juntas para os veículos e voltamos as posições antigas. Todas mascaradas, dirigimos até a balada, ou central de investigações, e começamos a organizar tudo que havíamos coletado na casa. Colocamos o cadáver em cima da mesa dentro do cativeiro e ordenamos as amostras de sangue, digitais, cigarros, etc. Levamos poucas horas para deixar tudo arranjado para amanhã. Priscilão e Vanessão já estavam se preparando para a autopsia e Renata decidiu ficar com elas por segurança. Deixamos uma das motos para elas caso precisem buscar alguma coisa e votamos para a mansão.
Já era madrugada e o lugar estava completamente escuro. Entramos na sala e logo vemos Max capotado no sofá. Vou direto para o meu quarto e encontro Chiara dormindo na minha cama, dou um beijo em sua testa e entro no banheiro para tomar um banho antes de me deitar. Fico alguns minutos em baixo da água quente, deixando um pouco daquelas imagens horríveis escorrerem com a água. Visto uma calça de moletom branca e um top preto e me deito ao lado de Chiara. Observo minha filhota dormir até que adormeço.
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Nem a distância nos separa
FanfictionDentro de uma família, se criam laços, uns mais fortes que outros e o que elas criaram se tornou tão indestrutível que mesmo distantes, uma consegue sentir as emoções da outra. Mesmo que o mundo pareça estar contra, esse laço as uni, as prende. Essa...