Capítulo 80: Caixa de metal

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POV Luna

Estava tudo muito confuso, algumas meninas demonstravam medo da situação, outras demonstravam raiva, mas todas demonstravam uma preocupação que eu ainda não estou entendendo. Porem, não iria perder tempo pedindo explicação para elas, eu sei que uma única que tem todas as respostas é Cristal e vou amar ouvi-las assim que tudo se acalmar.

Antes de Priscilão entrar com tudo no condomínio vejo três carros pretos acompanhados de duas motos sumirem na estrada em alta velocidade. Descemos do carro e logo a vejo se esconder na moita em frente à casa da Cristal.

Radinho em:

(Priscilão): Meninas, entrem com cuidado não sabemos onde podem estar e nem em quantos podem estar, deem prioridade em resgatar a chefa.

(Vanessão): Se conseguirem manter um vivo pra investigação seria fantástico, mas não se arrisquem por isso.

(Priscilão): Vou ficar do lado de fora para garantir que não vão ser pegas pelas costas.

(Vanessão): Vamos entrar no meu sinal ... vou ir na frente e quero a Renata cuidando da retaguarda e a Luna no meio como meu apoio. - Ela se prepara do lado direito da porta da casa e me posiciono do lado esquerdo para entrarmos juntas.

Radinho desligado.

Vanessão estoura a porta que já estava aberta com uma rampa e entra mirada na sala. O lugar estava todo revirado com marcas de tiros nas paredes e respingos de sangue pelo chão. Que porra aconteceu aqui? Tentava me manter o mais fria possível, mas um medo crescia dentro de mim, medo de realmente ser tarde demais, medo de não encontrar um Cristal ou pior de encontrar seu corpo caído em algum lugar. Esses pensamentos fazemiam minhas pernas tremerem enquanto vasculhávamos o local em busca dela. Fomos para o quarto da Chiara, mas estava trancado.

- Cristal ... me responde ... alguém aí? - Sussurro pela porta e espero qualquer resposta, mas não ouço nada.

Vanessão nos guia para o quarto da Cristal onde encontramos três corpos mascarados caídos bem na porta. Nos entre olhamos e vejo Vanessão entrar rolando na direção do closet enquanto Renata saqueava os corpos e eu ia para o banheiro. Havia mais um corpo caído, dessa vez de uma mulher, e uma poça de sangue no canto próxima a pia e ao radinho da Cristal. Pego o radinho e volto para o corpo. Tiro a mascara que ela usava e vejo uma mulher branca de cabelos loiros agora manchas de sangue. Consigo retirar uma bala que estava presa no colete dela e a cor rosa da cápsula comprovava que Cristal havia derrubado a garota. Revisto o corpo e consigo encontrar identidade dela, seu nome era Elizabeth Thompson, tinha 21 anos e era dos EUA, Nova Iorque.

Volto para o quarto com a Ak carregada e vejo Vanessão tirando todas as roupas que estavam nos cabides do armário.

- O que você tá fazendo - Pergunto e ela me olha com uma expressão triste.

- Ela tem que estar aqui ... eu tenho que encontrar-la ... me ajuda. - Ela diz e me junto a ela terminar de tirar as roupas nos deparando com a parede de madeira do armário.

Vanessão saca a pistola and atira sem dó na parede toda criando diversos buracos e revelando uma escadaria extremamente escura. Apenas olha para ela que parecia feliz por sua descoberta.

- Renata, encontramos o cômodo secreto ... ela pode ter se escondida aqui ... avisa as meninas e fica de guarda, Luna e eu vamos procura-la. - Vanessão avisa abrindo ainda mais o buraco para que entrar.

- Ok, só tomem cuidado. - Renata prepara terminar de vasculhar os corpos que estavam na porta.

Vanessão entra na frente com a lanterna da pistola iluminando os degraus até um cômodo não muito grande. Parecia uma pequena biblioteca com alguns estantes, porem ao adicionar de livros novos, armas, munições, cadernos e alguns coletes. Além das estantes havia uma mesinha no centro com um computador e vários papeis avulsos manchados de café ou alguma bebida marrom. Procuro mais alguma passagem por ali ou qualquer lugar onde ela pode estar escondida enquanto Vanessão vasculhava aqueles papeis em cima da mesa. Vou até a estante e encontro uma caixinha, não era grande o suficiente para ser um cofre e também não parecia um porta joias. Era uma caixa de metal com um cadeado com uma senha de 6 dígitos.

Me aproximo de Vanessão que estava sentada em frente ao computador, o qual já estava ligado e iluminava parcialmente a sala. Ela estava concentrada tentando acertar a senha do mesmo, mas nada e em segundos ela começa a se irritar aponto de tentar atirar na tela do mesmo. Porem consigo segurar seu braço mudando a mira para o rumo da escada.

- Caralho, quer me matar porra? - Renata pergunta na escada com a mão no peito.

- Foi mal, é que ... ela não tá aqui ... não chegamos a tempo. - Vanessão diz se sentando novamente na cadeira em frente ao computador com as mãos no rosto.

- Eu achei o radinho dela no banheiro e essa caixinha na estante. - Digo sem saber o que fazer.

Era como se minha ficha não estivesse caído ainda, como se em algum momento ela fosse aparecer com um sorriso idiota que me derretia por inteira dizendo que tudo não passava de uma brincadeira sem graça. Merda, cadê você?

Radinho em:

(Ivete): Conseguimos chegar no colégio da Chiara antes deles, ela tá com a gente.

(Alicia): A gente também viu duas motos rondarem aqui, mas já sumiram.

(Maju): Como estão as coisas aí?

(Gabi): A mamacita tá bem?

(Priscilão): Ainda não tragam a Chiara pro condomínio, ainda não é seguro.

(Luna): Levem ela pra minha casa, a Ivete tem a chave e ... a Cristal ... ainda não encontramos ela.

(Gabi): A mamacita não tá dentro da casa, escondida em algum lugar não sei? ... Só ... por favor me diz que ela ainda tá aqui.

(Vanessão): Me desculpem meninas não chegamos a tempo ... levaram a bonequinha com eles.

Nem a distância nos separaOnde histórias criam vida. Descubra agora