Capítulo 153: Amigas

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POV Luna

— Venham comigo, vamos conversar melhor lá dentro. — Aviso e caminho para os corredores na frente das duas que me acompanhavam enquanto as meninas continuavam com as pistolas miradas nelas.

Vou até um consultório próximo ao refeitório e mando elas sentarem-se em duas cadeiras de metal que haviam ali.

— Alguma de vocês tem algemas? — Peço para as meninas.

— Tenho, pode pegar no meu bolso. — Renata diz e aproxima-se de mim.

Algemo as duas nas cadeiras e pego os seus celulares e rádios.

— Por que vieram até aqui? — Pergunto depois de prende-las.

— Viemos pela senhorita Giorno, queríamos saber como ela está. — Mariana diz e as meninas se entre olham.

— Como tem tanta certeza de que ela está aqui? — Priscilão pergunta e guarda a pistola.

— Já sabemos que foram resgata-la na mansão que explodiu em São Paulo. Não pude ir pessoalmente investigar, mas alguns amigos informaram-me os nomes dos corpos encontrados no lugar e entre eles, estava Cold Jhonnes, o suposto noivo da Cristal que estava desaparecida. — Clara explica sem medo algum, na sua voz.

— São muito corajosas por virem até aqui desarmadas e sem qualquer proteção atrás de uma suposição. — Gabi diz e se escora na parede próxima à porta.

— Não é uma mera suposição, Gabi. — Mariana diz confiante e ficamos surpresas.

— Como descobriu? — Pergunto e ela olha para Clara como se pedisse permissão para falar.

— Vocês estão com as mesmas roupas do enterro, seguimos vocês da mansão até o lugar e saímos de lá quando vimos os caixões. Sentimos muito pelas perdas. — Clara diz e as meninas retiram as máscaras que não eram mais úteis.

— Por que vieram aqui? Podiam ter ido para a D.P. e iniciado uma investigação em cima de nós. — Priscilão pergunta confusa com a situação.

— De fato poderíamos e provavelmente teríamos feito isso se não fosse por um mísero detalhe. — Mariana diz com o seu tom brincalhão de sempre.

— Que detalhe é esse? — Gabi pergunta concentrada nas duas.

— Quaresma está desaparecido a cinco dias. — Clara diz e olho para Priscilão que já estava como punho cerrado pronta para acertar alguém.

— E o que isso tem a ver conosco? — Pergunto.

— Invadimos o celular dele e conseguimos ler parte das conversas, inclusive as com você, Luna, com um homem nomeado M.S., com a Cristal e com o policial Victor Rocha. — A delegada revela e engulo a seco cada palavra que saia da boca dela. — Vocês mataram ele, Victor?

Olho para Priscilão na esperança de encontrar alguma resposta, mas ela também não sabia o que dizer.

— Sim, Quaresma nos contou que ele era um espião do Cold dentro da polícia e filho de um dos fundadores da Red Murders. — Falo a verdade para ela já que pareciam ter sido sinceras conosco.

— Por que se importam com esse garoto? — Priscilão pergunta curiosa.

— Era um amigo de longa data e a culpa dele ter entrado para o departamento é minha, logo a sua morte também. — Clara responde e consigo notar um pouco de dor nas suas palavras.

Nem a distância nos separaOnde histórias criam vida. Descubra agora