Capítulo 11: Gostaria que fosse possível

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POV Cristal

Aproximo-me delas sem ser percebida para as assustar.

— Estão falando sobre o quê? — Falo na rodinha e vejo Vanessão e Ivete quase pularem com o susto e algumas meninas paralisarem.

— Brotou do inferno? Que susto mulher! — Vanessão diz com a mão no peito.

— Ela é tão pequena que a gente nem viu se aproximar. — Ivete fala rindo.

— Iai? Vão falar sobre o que estavam conversando? — Pergunto enquanto ria das duas.

— A essas loucas acham que você está... — Ivete é interrompida pela Gabi que tapa sua boca.

— Não era nada mamacita, vamos? — Gabi tenta mudar de assunto.

— Está bem, para você impedir a Ivete de me contar não só estava falando de mim quanto é algo sério, o que aconteceu? — Pergunto séria.

— Que isso chefinha não era nada, só umas loucuras da Maju e da Gabi. — Alicia diz nervosa.

— Então não vai me falar? — Digo e olho para Luna que parecia em choque, como se tentasse entender algo e elas ficam em silêncio. — Está bem... Gabi tira a mão da boca da Ivete.

— Mas mamaci... — A interrompo

— É uma ordem. — Digo séria e Gabi se afasta de Ivete de cabeça baixa. — Continua o que você ia dizer Ivete.

— É que... — Ela olha para as meninas e algumas concordam com a cabeça para ela falar. — Quando a Maju foi te procurar ela viu uma injeção onde você estava e contou para a gente com medo de você estar... — Ela trava de nervoso já que todas olhavam para ela.

— Estar? — Pergunto mantendo minha expressão neutra por saber que Maju viu minha injeção.

— Com medo de você estar se drogando. — Ela fala rápido, mas consigo entender.

— Isso é verdade, Cristal? Era sua aquela injeção? — Luna se aproxima de mim preocupada.

— Sério isso Luna? Você realmente acha que faço essas coisas? Ainda mais durante o trabalho? — Pergunto incrédula por elas terem pensado isso e decepcionada pela Luna ter acreditado. — Não acredito que acham isso de mim, realmente acredita nisso? — Continuam caladas. — Pensei que vocês me conhecessem o suficiente para saber que nunca faria uma coisa dessa durante o trabalho e nem depois, mas talvez vocês tenham se esquecido de quem eu sou. — Viro para os carros. — Então, só para deixar claro, não estava me drogando. — Falo com um aperto no peito, só queria virar e contar toda a verdade sobre a injeção, mas simplesmente não conseguia.

Dei alguns passos na direção do meu carro e sinto uma mão segurar meu braço e me puxar para um abraço. Conhecia esse abraço, ele era apertado e me dava uma sensação de segurança, era a Luna, logo sinto todas as meninas entrarem no abraço também.

— A gente acredita em você, somos sua família, só ficamos preocupadas contigo, não fica assim. — Ela diz e me faz abraça-la de volta mais forte, queria ficar ali com elas para sempre, ficamos assim por alguns minutos.

— A gente tem que ir. — Digo e saio do abraço.

— Renata você consegue dirigir até o condomínio sem causar nenhum acidente? — Luna pergunta e enxuga as lágrimas do meu rosto.

— Consigo. — Ela responde toda empolgada pela possibilidade de deixarmos ela dirigir.

— Sei não chefinha, Renata no volante, perigo constante. — Gabi diz e ri acompanhada pelas meninas.

Nem a distância nos separaOnde histórias criam vida. Descubra agora