Sophia ficou na encolha o dia todo, comigo. Eu era o seu escudo e confesso, estava adorando pegar intimidade com a loirinha. Ainda mais ela estando frágil por sua TPM. Estava contando tudo! Isso era um ponto forte pra mim, em termos. Saberia de alguns babados.Ok, eu preciso parar com essa linguagem de veado. Você é macho, porra!
Não entra totalmente no personagem, Micael!— Borboleta. — Coloquei minha mão em seu braço, já que estávamos com ambos cruzados, caminhando pela pista de corrida do colégio. — Você não está exagerando demais? — Torci o meu nariz após vê-la abrir um saquinho de M&M's, despejando com tudo na boca, sem modos.
— Hum... Por que? — Perguntou com a boca cheia.
— Você comeu cinco Snickers, dois Twix, três latinhas de Pringles. — Ela tinha uma anaconda na barriga? — Eu não quero que você passe mal, borboleta. — Lhe parei, encarando sua face angelical, que estava aparentemente triste hoje.
Sophia fez uma careta pra chorar. Ah, não!
— Eu só quero comer em paz, sem Mel me xingando e dizendo que eu estou ficando igual à um boneco da Michelin. — Começou a chorar. — Você não consegue me entender?
— Tudo bem, tudo bem. — Voltamos a caminhar. — Eu só não quero que você coma tudo e depois... Você sabe. — Engoli seco. O que eu estava falando?
— Como? — Sophia me parou novamente, franzindo o cenho. — Você acha que eu tenho algum distúrbio alimentar? Que eu vomito? Você acha que eu tenho bulimia? — Ficou incrédula.
Que porra! Eu estava estragando tudo.
— Eu não quis dizer isso, borboleta. — Voltamos a andar de novo. — É que a sua dieta é muito equilibrada, enfim, vamos falar de outra coisa? Esse assunto está me enjoando! — Balancei os meus cabelos.
Sophia ficou em silêncio.
— Mica. — Silabou baixo. — Como é ser uma pessoa normal?
— Uma pessoa... Normal? — Ela assentiu. — Como assim?
— Sei lá. — Pensou. — Como é poder sair por aí e não precisar ser o exemplo pra ninguém, ou até, sair sem a companhia de um clã? — Ela iria falar mal do clã? Meu Deus!
— É normal, borboleta. — Soltei um risinho. — Você não é tão visível e então, pode fazer o que quiser. Sem ser o exemplo pra ninguém. — Pensei, dissolvendo onde Sophia queria chegar.
— Pois é. — Ela suspirou. — Eu adoro Mel e as meninas mas... É difícil ser a cabeça do clã.
— Você está sobrecarregada?
— Demais! Elas não sabem fazer nada sem mim. — Encarou as unhas pintadas de rosa. — É como se eu fosse a mãe delas, e eu não sou.
— Ah, minha Barbie Butterfly. — Beijei o topo de sua cabeça. Eu tinha pegado pesado demais no apelido, senhor! — Eu sei que você se sente bem incomodada com isso mas... Eu queria te falar uma coisa! — Lhe parei, de novo.
Sophia estava preparada pra ouvir. Segurei em seus braços, a segurando.
— Você está sendo rude demais com as meninas, Soph. — Fui sincero. — Desde que eu cheguei ao clã, você só as menosprezam.
Ela ficou em transe.
— Não é verdade. — Ainda estava em transe, pensando.
— Oh, não? — Fui irônico. — Veja só. — Voltamos a andar. — Mel chegou hoje de manhã e fez tudo o que você queria, e você fez o que? Simplesmente mandou ela pastar. — Sophia entreabriu os lábios.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Aposta de Amor
RomanceMicael Borges e seu grupo de amigos decidem criar uma aposta maluca, onde o foco é atrair a atenção de Sophia Abrahão, a popular do colégio e a estrela das líderes de torcida. O por quê disso? Simples: Queriam se vingar de seu namorado. Mas a apos...