Capítulo 112

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O apartamento era simples e bonito, não tão exagerado como a casa de Sophia e nem parecido com o apartamento da tia Eve, bem localizado e com bastante objeto que custaria alguns dólares à mais.

Não sei como ela conseguiu chamar um caminhão de mudança naquele horário, levando as 1.000 caixas com todos os seus objetos, incluindo partes do closet e algumas plantas que ela tinha em seu jardim. Eu buscaria a minha mudança no dia seguinte, hoje estava cansado e puto por Sophia ter tirado a minha paciência no jantar com os Lewis.

Não nos falamos o caminho inteiro.

— Você quer que eu arrume as prateleiras pra você? — Coloquei minhas mãos na cintura, vendo Sophia agachada entre as caixas, chorando em silêncio.

— É, pode ser. — Não deu a mínima.

— Olha. — Andei até ela que se esquivou. — Não vou te bater! Não sou louco.

— Ainda. — Rolou os olhos. — Você tava saindo com aquela mulher? — Sua pergunta foi direta em um tom neutro. Não estávamos discutindo.

— Claro que não, Sophia! Ela é minha patroa, tecnicamente. — Dei ênfase. — Só que é safada e estava dando em cima de mim.

— E você deixando. — Umedeceu os lábios, enciumada.

— Eu disse milhões de vezes que tinha namorada. O problema é dela se ela não entendeu. — Abri uma caixa que Sophia havia trago. — Panela rosa? — Peguei o utensílio doméstico nas mãos, franzindo o cenho.

— Você quer cozinhar com a mão? — Rebateu.

— Certo. — Bufei pra não perder a paciência. — Queria me desculpar pelo acontecido do carro. Eu não queria ter feito isso!

— Mas fez! — Foi ríspida. Levantou-se e ajeitou o seu vestido, indo até o corredor onde fugiu pra alguma porta fechada.

Voltou de lá indignada.

— Tem só um quarto e o closet parece uma dispensa. — Estava irritada.

— Você queria um closet de Hannah Montana nesse apartamento? — Comecei a tirar as panelas da caixa.

— Gostaria de um closet maior! Minhas coisas não vão caber nem na porta. — Observou todas as caixas. — Suas coisas não vão caber também, óbvio.

— Eu me viro. Fica tranquila! — Sorri falso à ela que deu de ombros, voltando à dar atenção na caixa.

Fiquei ali na sala por um bom tempo, arrumando as panelas na cozinha e outros utensílios que Branca deveria ter posto dentro da caixa. Sophia conseguiu arrumar o básico antes de se encontrar comigo.

— O que está fazendo? — Sentou no chão.

— Arrumando as panelas e os talheres. — Sai da cozinha.

— Estou com fome. — Queixou-se.

— Poderíamos ter ficado pro jantar na casa dos Lewis. — Soltei.

— Por que você não volta? Parece bem interessado em comer risoto de camarão com creme de ricota e sei lá mais o que. — Dobrou algumas roupas que foram tiradas da caixa.

— Porque a minha incrível namorada decidiu surtar e sair às pressas da casa. Estou com vergonha e por isso não vou voltar lá! — Me escorei no balcão da cozinha americana, vendo Sophia dobrar as roupas.

— Você vai ter que voltar lá! A garotinha gosta de você. — Não me encarou em nenhum minuto.

— Eu ainda vou decidir isso. — Respirei fundo. — Vou tomar um banho e deitar. Você vem?

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