Último Capítulo

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Clara Borges.
3kg e 48 centímetros.
Hora do nascimento: 05:54 AM.
Nascida em: Nova Iorque — EUA.

Micael tinha a filha nos braços, coberta por uma manta rosa, que sua mãe havia trago quando chegou ao hospital. Do outro lado do vidro estava Beth, Jorge, Nicholas, Lidiane, Renato e Jack. Todos em vibração ao ver a pequena herdeira de Micael Borges, a própria, brava igual à mãe, como ele mesmo dizia em todos os momentos que Clara resmungava.

— Ela é uma princesa. Olhe só, Jorge! — Beth cutucou o braço do marido, que sorria ao ver a neta nos braços do filho.

Mamãe, mamãe! Ela se parece com o Mica. — Nicholas puxava a blusa de Beth, chamando sua atenção.

Micael comemorou mais uma vez, do outro lado do vidro, fazendo positivo com o dedão e voltando Clara ao berço bem estruturado do hospital, junto dos outros bebês que também estavam no berçário.

— Ela vai ficar bem? — Perguntou para a enfermeira que havia acabado de entrar.

— Senhor Borges, ela está totalmente bem! — A mulher achou graça. — Levarei Clara para o quarto quando ela acordar.

Micael coçou a nuca. Lembrou-se que Clara não havia mamado ainda, o que foi estranho à parte. Já faziam horas que estavam no hospital e ela não reclamou se quer uma vez.

— Certo. Faça isso! — Assentiu e sorriu leve para a enfermeira.

Saiu do berçário, deu de cara com Eve, sua tia, a própria. Tinha os braços cruzados e sua elegância impecável.

— Meus parabéns! — Não estava muito feliz.

— Obrigado. Mas você está realmente bem? — Franziu o cenho.

— Olha, eu não estou feliz, ainda mais com a palhaçada que você irá fazer daqui à alguns minutos. — Encarou o relógio delicado em seu pulso, sendo irônica. — O que deu em você, Micael?

— Estou fazendo o bem da minha filha.

— Você não pode fazer isso!

— E por que não?

— Porque não! Clara é recém-nascida, Sophia acabou de parir, está sem condições de ir à um tribunal e lutar pela guarda da filha que você tecnicamente comprou. — Esbraveceu. — Contratar uma oficial de justiça para arrancar a filha da própria mãe não é um bem a ser feito.

— Eu preciso fazer isso ou não terei o crescimento de Clara ao meu lado.

— E essa viagem que você fez foi o que? — Eve cruzou os braços novamente, esperando uma resposta concreta. — Enganou ela! Fez com que Sophia acreditasse que os dois já estivessem bem.

— Ela mentiu pra mim, ela armou um circo contra mim, juntou os meus próprios amigos para me atacar! Você acha que eu ainda vou viver ao lado dessa egoísta de merda?

— É assim que você chama a mãe da sua filha? — Eve negou com a cabeça. — Egoísta de merda? — Estava decepcionada. — Essa bebê veio para juntar vocês dois!

— Não veio! Essa bebê chegou ao mundo por um milagre, e eu quero ela longe da Sophia. Entendeu? — Fuzilou a tia com o olhar. — Clara virá comigo e fim de papo.

Micael saiu pelo corredor, teve a tia atrás de si, lhe seguindo.

— Ela ainda não desmamou, Micael.

— Eu não quero saber.

— Seu mimado de merda, eu vou te processar, tá entendendo?

— Você é minha advogada, eu mando em você. — Chamou o elevador. — Mais alguma pergunta ou você irá ficar no lado de Sophia? — Foi irônico.

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