Aposta de Amor

Capítulo 179

— Sophia Borges?

O médico um pouco alto parou Sophia. Tinha uma prancheta nas mãos, o jaleco impecável em seu corpo acompanhado de um estetoscópio em volta do pescoço.

— Graças a Deus, doutor! — Sophia se aliviou. Havia chorado bastante no corredor do hospital. — Como ele está? O que aconteceu? — Estava desesperada por notícias do marido.

— Ele teve uma queda de pressão. — Contou. — Mas o laudo constituiu em um cansaço emocional.

Sophia franziu o cenho.

— Os exames do coração estavam bastante alterados, creio que possa ser muito estresse excessivo no trabalho, em casa, com a vida. — Explicou. — Sugiro que Micael comece a tomar um calmamente forte durante à noite.

— Irá dopar o meu marido?  — Sophia sentiu o coração se apertar.

— Pela noite sim! Apenas para ele perder esse estresse extremo, isso é perigoso, senhora Borges. — Pausou. — Micael pode ter um infarto a qualquer momento!

Sophia engoliu seco, chorava só de pensar na possibilidade disso acontecer.

— Irei passar as doses dos calmantes e sugiro que Micael comece a fazer atividades matinais, como por exemplo, caminhadas. — Tranquilizou Sophia. — Não dormir muito tarde, não ficar a parte de problemas que o deixa desse jeito.

— Impossível, doutor. Você não está entendendo! — Ela gesticulou. — Micael é dono da empresa, ele vive por lá.

— Por isso estou mandando um atestado para que ele se afaste das atividades empresariais por tempo indeterminado.

O médico retirou a folha da prancheta, entregou para Sophia que leu rapidamente tudo que estava imprimido, explicando.

— Eu posso ver ele? — Subiu o olhar ao médico.

— Pode, claro. Mas ele está sedado então... Pode demorar à acordar.

— Isso também faz parte do calmante?

O médico soltou um riso.

— Fique tranquila! O remédio é um calmamente natural, ele irá dormir feito uma pedra até o dia seguinte. Nada de trabalhos noturnos agora. — Piscou rápido à Sophia que cedeu.

— Tudo bem. — Soltou um suspiro pesado.

— Me acompanha, por favor!

Sophia andou atrás do médico, que levou a esposa de Micael até o quarto onde ele estava. Viu o marido dormir sereno, tranquilo, fazia tempo que não via isso acontecer.

— Vou lhe deixar a sós com ele. Qualquer coisa é só me chamar! — O médico avisou.

— Obrigada. — Sophia viu o médico sair.

Aproximou da cama hospitalar eletrônica, passou a mão nos cabelos de Micael e depositou um beijo em sua testa, logo após, dedilhou os dedos do marido suavemente, vendo que ele estava sem sua aliança.

Aquilo lhe deu um aperto no peito, mas logo Sophia achou o objeto dourado na escrivaninha ao lado, embalado e com o nome inteiro de Micael na etiqueta.

Arrastou uma poltrona sem fazer o mínimo de barulho, ia se sentar mas o marido despertou.

Os olhos castanhos estavam se acostumando com o ambiente claro. Micael franziu o cenho, fez uma careta para se lembrar o que havia acontecido.

— Oi, meu amor. — Sophia sussurrou, chegou perto do marido. — Como você está se sentindo?

— O que é isso? — Observou o quarto mais uma vez. Estranhando.