Capítulo 29

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— Você é linda, Sophia. E encantadora também! — Minha mãe deu um sorriso espetacular, encantada por Sophia ser aquela garota especial, mais que especial.

Ela tinha ficado pro jantar, assim como o namorado de Lidiane também. Meu pai ainda não havia chego e estávamos ajudando ela na cozinha, cortando os ingredientes, já que ela se queixava de dor nas costas pelo bebê.

Minha mãe era dramática!

— Me conta Sophia. — Minha mãe estava sentada na cadeira, nos vendo trabalhar para o jantar ficar pronto. — Sua mãe faz o que da vida?

— Nada. — Soltou, simples. — Ela fica em casa cuidando da agenda do meu pai.

— Seu pai é cantor? — Minha mãe franziu o cenho.

— Oh, não. Não, não. — Sophia riu. — Meu pai é empresário, dono da Abrahão CEO e Abrahão LTDA. — A loirinha tinha uma faca de corte afiada em mãos, pegou um tomate à sua esquerda.

— Uau. — Minha mãe se surpreendeu. — Então você tem dinheiro.

— Mãe! — A repreendi.

— Eu não ligo, Micael. Deixa a sua mãe perguntar o que quiser. — Sophia corou, rindo tímida. Posicionou o tomate na tábua branca.

— Jorge está chegando! É o pai do Micael. — Minha mãe voltou a dizer, sorridente. — Eu conheci ele em uma festa, acredita? Ele é meio velho mas o que importa é o jeito entre quatro paredes. Não?

— Ô mãe, chega né? — Lidiane se irritou. Tinha o namorado lhe ajudando a colocar o macarrão na água.

— Eu só tô contando pra Sophia como eu conheci o seu pai, nada mais. — Rendeu as mãos, rindo em seguida. Sabia que a gente ficava bastante irritado quando ela citava sexo aos nossos amigos, ficantes, namorados ou namoradas.

— Você engravidou cedo? — Sophia quis saber da história, estava gostando de conversar com a minha mãe.

Será que ela seria a nova Beth e eu seria o novo Jorge do futuro?

— Eu sai com o Jorge e fomos em uma boate maravilhosa no Canadá, naquela época. — Riu, lembrando. — Dançamos a noite inteira, bebemos, usamos algumas droguinhas mas nada demais, sabe? — Gesticulou enquanto eu revirava os meus olhos. — Depois nós fomos pro motel e ele meteu a noite inteira em mim. O resultado tá ai, olha! — Apontou para mim. Eu queria me esconder no latão de lixo.

— Então você engravidou sem casar? — Foi uma supresa à Sophia, que sorria, em choque.

— Digamos que sim! Depois eu casei e tive a Lidiane. — Explicou. — Você foi planejada, querida?

— Fui. — Sophia assentiu e até isso me chamou a atenção. Lidiane lhe observou também, junto do namorado. — Minha mãe me teve depois de cinco anos de casada. Planejaram tudo! Até o meu sexo. — Meu Deus, que família de doido!

— E dá pra fazer isso? — Lidiane se chocou.

— Foi uma tecnologia avançada, eu diria. Meu pai gastou muito dinheiro na época! — Se lembrou. — Uma junção de óvulos daqui, óvulos dali... Eu não sei bem o que rolou mas eu praticamente sou uma aberração em Nova Iorque. — Sophia levantou os ombros, com um pouco de vergonha. Tinha as bochechas coradas e um sorriso nascendo no canto da boca.

Então Renato era doido por uma menina, desde o começo! Interessante...

— Jesus amado! — Minha mãe estava indignada. — Aqui não temos essa tecnologia avançada. Esperamos os noves meses e vemos a surpresa. — Ela gargalhou.

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