Capítulo 12

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Ok, vamos lá! Depois de Sophia insistir tanto, eu fui convocado para um jantar na casa dos Abrahão. Sim, você não leu errado. Eu iria comer pizza na casa dos Abrahão, com a ilustre presença de Jack, que também participaria, graças à Sophia.

Estacionei meu carro em frente a mansão dos Abrahão, seguindo até à porta e tocando a campainha.

— Pois não? — A empregada atendeu, com um uniforme neutro. Que chique!

— A Sophia está?

— BORBOLETO, VOCÊ VEIO! — Correu até mim, me dando um abraço gigante. Rodopiei Sophia no ar, que ria, com os braços enlaçados em meu pescoço.

Se Jack nos víssemos ia nos assassinar!

— Eu disse que vinha, borboleta. — Toquei a ponta do seu nariz, a fazendo rir.

— Meus pais estão lá dentro. Acho que você já pode... — Balançou as mãos, gesticulando para que eu virasse no modo hétero total.

— Jack já chegou? — Caminhamos até a sala de jantar posta.

— Hum, já sim. Ele está trancado lá dentro com o meu pai. — Escolheu um lugar na mesa. — Estão tratando de negócios. — Revirou os olhos, entediada.

— Negócios? — Puxei a cadeira, me sentando ao seu lado.

— Lembra que eu te contei? — Sussurrou. — Então! Parece que é um projeto novo, mas eu não posso soltar nada mais, até porque eu não sei também.

— O seu pai faz o que da vida? Desculpa a pergunta.

— Meu pai é empresário, ele investe em coisas, eu não fico muito atrás porque é muito chato. — Jogou a cabeça para trás, bufando. — Mas é basicamente isso. — Assentiu, soltando um longo sorriso em seguida.

A mãe de Sophia apareceu na sala, sempre estilosa! Usava um vestido longo, na cor azul escuro, saltos, um par de brilhantes na orelha e os anéis que comprariam o meu carro novamente. Os Abrahão e seus poderes!

— Oh, olá Micael! — Ela ficou surpresa ao me ver. — Com fome? — Se pôs ao seu lugar.

— Sempre. — Fiquei sem graça, soltando um risinho.

— Sophia anda falando muito de você aqui em casa, é bom ela ter amigos novos. — A mulher ajeitou a postura.

Jack e o pai de Sophia saíram de um pequeno escritório. Ambos rindo. O homem de poder acabava de fumar um charuto, que parecia ser cubano. Eu sabia porquê meu pai era apaixonado por charutos, e eu peguei a ficha técnica de todos os charutos cubanos, se isso é possível.

— Sogrinha, você está perfeita hoje. — Jack beijou a mão da sogra, que ria leve, com vergonha. — Se me permite Renato, a sua mulher é realmente uma deusa. — O homem deu uma risada, sentando em seu lugar.

— Não fique elogiando demais, ela sempre se acha. — Renato soltou, observando a mesa posta e todos que estavam nela. Seu olhar pousou em mim, de início, e ficou logo após. — Então você é o famoso Micael. — Semicerrou os olhos.

Eu fiquei com um pouco de vergonha. Parecia ter sido jogado aos animais, sem nenhum tipo de defesa.

— É, parece que eu sou bem... Famoso por aqui. — Encolhi meus ombros.

— O Micael não é tão famoso assim quanto parece. — Jack começou. — Ele é mais reservado no colégio. Não é mesmo? — Me fuzilou com o olhar enquanto os três riam.

As provocações iriam surgir.

— Gosto de ser uma pessoa reservada. — Ajeitei a minha postura.

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