Capítulo 134

95 7 2
                                    


— Fala aí, meu querido garanhão. — Duff pulou nas minhas costas. Seu olho havia melhorado 100%.

— E aí. — Acionei o alarme do carro.

— E aí. — Ficamos nisso até chegarmos na entrada.

— E aí. — Duff riu. — Alguma novidade?

— Você fez aquela parte do trabalho, né? Porque eu achei muito difícil e precisamos entregar ainda hoje.

— Tá tudo aqui, Duff. Perfeitinho em folhas almaço e dentro de uma pasta. — O sorriso dele foi de orelha à orelha. — Mais alguma pergunta?

— Eu só... — Fomos interrompidos por Alan.

— Micael, precisamos conversar! — Parou na minha frente, um pouco ofegante por ter corrido em meu alcance.

Duff se tremeu de medo.

— Não precisa ficar com medo Duff, ele não vai te bater de novo.

— Desculpas por isso, Duff. — Alan se desculpou. — Mas eu falo isso com você depois, bem depois. Eu preciso levar um papo sério com o Micael! — Ele voltou a me encarar.

— Tá legal. — Duff deu de ombros. — Te vejo depois?

— Vai indo na frente. — O avisei, vendo Duff sumir com o resto do pessoal. — Fala o que você quer, Alan. Veio ver o estrago que você fez na minha vida?

— Eu quero te pedir desculpas pelo o que aconteceu. — Soltou um suspiro. — Eu não deveria ter feito aquilo.

— Ainda bem que você sabe.

— Uma hora você tinha que contar também.

— EU deveria ter contado, não você. — Apontei ao mesmo. — Sophia me acha um canalha qualquer que apostei ela em vão, por trezentos dólares. E eu amo aquela menina!

— Por isso eu vim te pedir desculpas, cara. Eu faço o que você quiser pra ter a minha amizade de volta. Tô sentindo falta da nossa conversa, das reuniões, enfim, me desculpa.

Eu sentia falta do Alan também mas era imperdoável o que ele havia feito comigo e com o Duff. Ele literalmente perdeu a noção.

— Preciso pensar. — Eu precisava pensar em muita coisa.

— Por favor, Micael. Por favor! — Ele implorou na minha frente, como uma menininha.

Minha atenção foi chamada pra outro lugar, me fazendo virar o corpo e observar o batalhão de líderes de torcida que caminhavam até a entrada onde nós estávamos. O clã havia voltado firme e forte, e Sophia puxava o grupo, já que estava no meio. Seu uniforme rosa e branco com a saia minúscula chamou a minha atenção, fora o piercing no umbigo que me trouxe uma irritação do além.

— Olha só, quanto pobre. — Sophia soltou após parar em nossa frente. — Estão vendo qual vai ser a próxima aposta? Quem será a pobre escolhida?

— Você não cansa de me irritar? — Não iria entrar no seu joguinho.

— Você? Claro que não. — Soltou um riso abafado. — Você sabe que faltam apenas um mês para o baile de formatura, só que, você ainda continua igual a um fracassado! — Me rodeou. — Que tal você levar o seu amigo pobre com você? — Sorriu irônica à Alan que ficou em silêncio.

— Sophia, o Micael não tem nada a ver com isso, tá legal? A gente sabe que foi um erro tremendo...

— Aaaaah, você vai defender o amiguinho da aposta? Entendi. — Foi irônica. — Vocês dariam um belo casal, sabia?

Aposta de Amor Onde histórias criam vida. Descubra agora