Capítulo 25

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— Borboleta? — Liguei pra Sophia enquanto fazia o caminho de sua casa. Ela demorou a atender mas depois ficou preocupada com o meu tom de voz. — Podemos nos ver? — Eu já sabia da resposta, só queria ter certeza. — Já estou chegando! — Virei o volante com a palma da mão, desligando a ligação, rapidamente.

Demorei alguns minutos pra chegar, e quando cheguei, Sophia me esperava sentada na porta de casa. Já estava de camisola, o que foi uma supresa, ou não.
Já era tarde, eu também deveria estar em casa, ainda mais depois da nossa viagem cansativa.

Ela caminhou até o carro, descalça. Já posso engravidar essa mulher?

— Borboleto. — Fechou a porta em uma batida, se acomodando no banco.

Eu rapidamente esqueci de todos os meus problemas e foquei no decotinho delicado da camisola. E também no comprimento, que era curto demais.

Se eu imaginasse coisas ficaria duro na hora. E já estava duro, antes que perguntem!

— Oi borboleta. — Toquei seu rosto, ela sorriu leve.

— Aconteceu alguma coisa?

— Hoje eu não tô legal. — Deixei minha cabeça cair no encosto do banco, Sophia ainda me observava. — Eu briguei com a minha mãe, aconteceu várias coisas também... — Menti sobre o fato de ter brigado com a minha mãe. Não podia dizer que estava tendo contato com os meninos, seria um erro à parte. — Desculpa vir essa hora.

— Não precisa se desculpar. — Segurou minha mão. — Eu estava sem sono, dormi a tarde toda depois que chegamos.

— Seu pai não disse nada?

— Ele nem desconfia. Foi jogar golfe mais cedo e voltou quase agora, um pouco bêbado. — Blefou. — Quer falar sobre a briga? — Foi acolhedora.

— Melhor não. — Lhe encarei, dando um sorriso torto e triste. Sophia se comoveu.

— Eu não gosto de ver você assim, Borboleto. Me dói o coração! — Abraçou os meus braços e encostou sua cabeça em meu ombro, ficando bem perto.

Eu estava adorando isso.

— Soph? — Lhe chamei.

— Sim? — Ela voltou a me olhar, radiante e ansiosa por algo.

— Você já se apaixonou por outra pessoa, sem ser o Jack?

— Ah. — Pensou. — Acho que não. — Pensou de novo. — Eu nunca tive um tempo certo pra olhar outros garotos de outra forma.

— Você só teve olhos pra ele? — Arqueei minha sobrancelha.

— Digamos que foi amor à primeira vista. — Soltou um suspiro.

— E foi mesmo?

Ela ficou em silêncio, deixando o sorriso morrer.

— Acho que não. — Entristeceu. — Foi mais por impulso também, do lado do meu pai, é claro.

Nos entreolhamos.

— Digamos que eu fosse hétero... — Umedeci meus lábios, sem perder o meu contato visual com ela. — Você me olharia com outros olhos?

— Sim. Por que não? — Tocou o meu rosto, alisando todos os lugares necessários. — Você é lindo! Mas nunca chamou a minha atenção como chama agora. — Seu corpo se aproximou do meu.

— Como? — Fiquei intrigado.

— Você é... Diferente. — Tocou os meus lábios, atenta em qualquer movimento meu. — Suave, tranquilo. É como dormir perfeitamente depois de uma noite de amor. — Soltou um sorriso lindo. Eu estava encantado, puta merda.

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