Capítulo 131

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— O que você está fazendo aqui? — Sophia repetiu a pergunta, irritada e assustada por me ver dentro do seu quarto.

— Eu vim saber desse seu namorinho de computador, é! Sim, namorinho de computador. — Assenti e enfiei o dedo indicador em sua face, lhe assustando.

— Como? — Soltou um riso afagado pelo nariz. — Quem te contou isso?

— Não te interessa.

— Já sei, foi a sua namoradinha secretária, não foi?

— Que? A Yanna não é a minha namoradinha.

— Você tá transando com ela! É óbvio! — Sophia revirou os olhos, sendo extremamente debochada. — E eu não devo mais satisfações da minha vida, você entendeu? — Sophia estava fria, calculista... Não parecia a Sophia que eu estava apaixonado.

— Eu sei que eu não devo mas namorar um cara que você nem conhece? Me poupe, Sophia.

— Eu conheço ele sim, tá bom? Nicolas é um ótimo estudante de Letras. E eu já sei aonde vou morar quando as aulas acabarem.

— As aulas acabam em menos de um mês. Você não ia pra Harvard?

— Eu não vou falar mais nada da minha vida com você, entendeu? — Me fuzilou com o olhar.

Observei ela de cima à baixo, vendo o minúsculo pijama que Sophia estava usando. Meu olhar foi diretamente ao seu umbigo delicado, com uma jóia brilhante fincada.

— QUEM MANDOU VOCÊ COLOCAR UM PIERCING? — Aquilo foi demais pra mim.

— O UMBIGO É MEU!

— VOCÊ TÁ PARECENDO UMA PROSTITUTA COM ESSE NEGÓCIO HORROROSO NO UMBIGO. — É, eu estava com ciúmes de um umbigo. — O QUE OS OUTROS VÃO ACHAR DE VOCÊ?

— NÃO VÃO ACHAR NADA PORQUE O UMBIGO É MEU E A VIDA É MINHA! — Sophia deu um pulo pra frente, me encarando, irritada.

A porta do quarto dela se abriu, revelando a senhora Abrahão e atrás Renato. Fiquei quieto, processando o que estava acontecendo.

— O que está acontecendo aqui? — Ele deu dois passos pra entrar no ambiente, sem entender nada.

— Esse doente pulou a minha janela e tá me atacando! — Sophia se defendeu. — Aliás, como você pulou a minha janela?

— Isso não vem ao caso agora. — Renato me encarava. — Vamos descer, Micael. Você precisa de um pouco de chá.

— Chá? Ele precisa sair daqui acompanhado de um segurança. — Sophia rebateu novamente.

— E VOCÊ CALA A BOCA! — Renato apontou o dedo à ela, fazendo com que Sophia ficasse quietinha.

Neguei com a cabeça e sai do caos que estava o seu quarto, acompanhando Renato até o seu escritório.

— Como pulou a janela? — Descemos as escadas.

— Uma longa história.

— Tenho tempo! E antes que você minta, minhas câmeras de monitoramento me trará a verdade à tona. — Renato deu passagem para eu entrar no escritório.

Observei o local bastante arrumado. Livros e mais livros, um lugar mais sério e antiquado. Ele caminhou até a adega mais próxima, retirando um vinho.

— Chileno, você gosta?

— Tem uísque? — Procurei com o olhar.

— Vou preparar um pra você. — Abriu a garrafa de uísque, pegando um copo e colocando três pedras de gelo. — Como pulou a janela da Sophia?

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