— O que você está fazendo aqui? — Sophia repetiu a pergunta, irritada e assustada por me ver dentro do seu quarto.— Eu vim saber desse seu namorinho de computador, é! Sim, namorinho de computador. — Assenti e enfiei o dedo indicador em sua face, lhe assustando.
— Como? — Soltou um riso afagado pelo nariz. — Quem te contou isso?
— Não te interessa.
— Já sei, foi a sua namoradinha secretária, não foi?
— Que? A Yanna não é a minha namoradinha.
— Você tá transando com ela! É óbvio! — Sophia revirou os olhos, sendo extremamente debochada. — E eu não devo mais satisfações da minha vida, você entendeu? — Sophia estava fria, calculista... Não parecia a Sophia que eu estava apaixonado.
— Eu sei que eu não devo mas namorar um cara que você nem conhece? Me poupe, Sophia.
— Eu conheço ele sim, tá bom? Nicolas é um ótimo estudante de Letras. E eu já sei aonde vou morar quando as aulas acabarem.
— As aulas acabam em menos de um mês. Você não ia pra Harvard?
— Eu não vou falar mais nada da minha vida com você, entendeu? — Me fuzilou com o olhar.
Observei ela de cima à baixo, vendo o minúsculo pijama que Sophia estava usando. Meu olhar foi diretamente ao seu umbigo delicado, com uma jóia brilhante fincada.
— QUEM MANDOU VOCÊ COLOCAR UM PIERCING? — Aquilo foi demais pra mim.
— O UMBIGO É MEU!
— VOCÊ TÁ PARECENDO UMA PROSTITUTA COM ESSE NEGÓCIO HORROROSO NO UMBIGO. — É, eu estava com ciúmes de um umbigo. — O QUE OS OUTROS VÃO ACHAR DE VOCÊ?
— NÃO VÃO ACHAR NADA PORQUE O UMBIGO É MEU E A VIDA É MINHA! — Sophia deu um pulo pra frente, me encarando, irritada.
A porta do quarto dela se abriu, revelando a senhora Abrahão e atrás Renato. Fiquei quieto, processando o que estava acontecendo.
— O que está acontecendo aqui? — Ele deu dois passos pra entrar no ambiente, sem entender nada.
— Esse doente pulou a minha janela e tá me atacando! — Sophia se defendeu. — Aliás, como você pulou a minha janela?
— Isso não vem ao caso agora. — Renato me encarava. — Vamos descer, Micael. Você precisa de um pouco de chá.
— Chá? Ele precisa sair daqui acompanhado de um segurança. — Sophia rebateu novamente.
— E VOCÊ CALA A BOCA! — Renato apontou o dedo à ela, fazendo com que Sophia ficasse quietinha.
Neguei com a cabeça e sai do caos que estava o seu quarto, acompanhando Renato até o seu escritório.
— Como pulou a janela? — Descemos as escadas.
— Uma longa história.
— Tenho tempo! E antes que você minta, minhas câmeras de monitoramento me trará a verdade à tona. — Renato deu passagem para eu entrar no escritório.
Observei o local bastante arrumado. Livros e mais livros, um lugar mais sério e antiquado. Ele caminhou até a adega mais próxima, retirando um vinho.
— Chileno, você gosta?
— Tem uísque? — Procurei com o olhar.
— Vou preparar um pra você. — Abriu a garrafa de uísque, pegando um copo e colocando três pedras de gelo. — Como pulou a janela da Sophia?
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Aposta de Amor
RomansaMicael Borges e seu grupo de amigos decidem criar uma aposta maluca, onde o foco é atrair a atenção de Sophia Abrahão, a popular do colégio e a estrela das líderes de torcida. O por quê disso? Simples: Queriam se vingar de seu namorado. Mas a apos...