— Que perfeito, Alan! Eu quero dar um beijo na sua boca. — Encarei os detalhes da Cannon em minha mão, Alan retorceu o nariz.— Qual foi? Para de ser veado igual ao seu sogro.
— Eu sou um veado diferenciado. — Guardei a câmera na bolsinha de proteção. — Nos vemos mais tarde?
— Eu vou preparar a máquina pra revelar as fotos. Qualquer coisa você me manda uma mensagem!
— Beleza. — Liguei o motor do carro. — Me deseje boa sorte.
— Você sempre tem. — Alan piscou antes de sair com o carro, indo até o endereço dado por Sophia, que ficava na Times Square.
Fazia tempo que eu não ia até a Times Square, não tinha muita coisa que me agradasse e aquele lugar combinava mais com a minha irmã e a minha mãe, não sabia o por quê também.
Talvez elas fossem fúteis!
Estacionei o carro em dois quarteirões após o hotel e caminhei sereno até o The Chatwal A Luxury Collection Hotel.
Sim, esse era o nome do flat em que Renato possuía em seu nome para as pequenas reuniões de como colocar o pau gozado dentro do cu oposto.O lugar era um palácio de tão incrível, me direcionei ao enorme balcão de mármore branco com detalhes dourados. Estava com medo de encostar e ter que pagar duzentos mil dólares.
— Boa tarde. — Dei um sorriso amigável. — Eu gostaria de uma informação!
— O que o senhor deseja? — A mulher que parecia a minha mãe foi simpática. Eles tinham que ser simpáticos, né?
— Eu gostaria de saber se o Renato Abrahão costuma vir todos os dias. — É, eu fui meio idiota de vir aqui hoje sem saber se ele viria aqui hoje. Mas, nunca se sabe!
Na hora do tesão qualquer lugar é válido. Principalmente o flat na Times Square.
— O senhor é algum paparazzi? — Ela sacou a Cannon na bolsinha, que estava pendurada em meu pescoço.
— Não, não. Longe disso! — Comecei a rir sem graça. — Eu estou fazendo um trabalho comunitário para as empresas dele. — Menti pra caralho. — E gostaria de saber se ele vem aqui hoje.
— Geralmente o senhor Abrahão costuma ter as reuniões em dias regulares. — Que porra é essa? — Ontem ele não veio, possa ser que venha hoje com alguns sócios. Mas geralmente ele vem com um garoto da sua idade. — Bingo! Bingo! Bingo!
— É... Perfeito. — Sorri à beça. — Você poderia me...
Arregalei meus olhos ao ver Jack entrando no hotel, e me virei para a recepcionista que não entendeu de quem eu estava me escondendo. Me afastei da bancada e deixei ele se aproximar, falando alguma coisa com a mesma mulher que me atendeu.
Só espero que ela não diga sobre mim.
— Último. 56. Cartão chave, por favor! — Jack soltou. O código falado por ele me adentrou na mente.
Último deveria ser o lugar que o flat localizava. Ou seja, último andar.
56 deveria ser o número do quarto.
E, cartão chave... Eu nem preciso te responder.
— O prosecco já está lá em cima, senhor. — Ela o avisou.
— Muito obrigado! — Jack sorriu. Ele conseguia ser educado, que novidade.
Deixei que ele adentrasse ao hotel, sumindo pelo elevador. E eu tinha que arrumar um jeito de entrar no quarto para poder fotógrafa-los.
— O senhor precisa de mais alguma coisa? — A recepcionista estava sacando o por quê da minha pessoa estar ali. Pena que eu não tinha dinheiro pra suborna-la como nos filmes.
— Eu posso ir ao banheiro? — Dei uma de João sem braço.
— Piso dois à esquerda.
PERFEITO!
— Obrigado. — Assenti e caminhei até o elevador, apertando o último botão, que me levaria até o andar do flat.
Esperei alguns segundos até à porta se abrir, me trazendo um corredor imenso com um tapete de veludo na cor vermelha. Vi Jack que terminava de passar o cartão chave na porta, abrindo. Corri rapidamente até uma parede, me escondendo.
O burro deixou a porta entreaberta pra buscar alguma coisa. Aquela foi minha deixa!
Eu tinha um talento e havia acabado de descobrir: eu conseguia andar em passos de fantasmas.
Entrei dentro do quarto que parecia mais a minha casa pelo tamanho. Me escondi atrás de umas poltronas que obviamente só estavam ali por decoração.
Jack voltou, fechando a porta. Começou a retirar a calça e aquilo foi a visão do inferno pra mim.
Minutos depois, Renato apareceu. Estava de traje social ainda, deixou sua chave do carro em cima de uma mesinha e andou até Jack, o beijando.
Jesus amado! A Sophia não merecia esse tipo de gente na vida. Não merecia!
— Meu gato. — O homem de poder tocou o peitoral de Jack. — Desculpa o atraso! Eu fui deixar a Sophia no colégio com aquele bando de meninas idiotas. — Retirou o paletó.
— Eu acabei de chegar também. — Jack sentou em outra poltrona, bem longe de onde eu estava. — A mulher de baixo trouxe o Champagne.
— É prosecco, meu gato. — Corrigiu o burro de pedra. — Champagne é em outras ocasiões.
— Tanto faz. — Deu de ombros. — Já viu as coisas do casamento?
— Eu pedi pra idiota da Branca já correr atrás dos vestidos da Sophia, ela entra em qualquer um então não vamos ter problemas com isso. — Renato soltou, servindo uma taça de prosecco para Jack e logo após para si mesmo.
— E os papéis da empresa?
— Estão todos certos, meu gato. As empresas Abrahão será sua! — Mexeu nos lábios do pangaré, brincando com ele.
Tirei a Cannon da bolsinha com todo o cuidado, regulando ela e tirando as fotos. Os dois sentados de cueca tomando prosecco foi demais pra mim!
E eu só conseguia pensar na Sophia ao ver isso, ela tinha que ser forte.
— Você tem que honrar a sua patente! — Renato bebeu um gole da bebida. — Depois de três anos você começa a enrolar a Sophia. Eu não quero você sendo pai, justamente com ele.
— Mas é óbvio que devemos ter filhos, Renato. A mídia vai dizer!
— Que se foda a mídia, Jack. — Esbraveceu. — Eu não quero a Sophia sendo mãe, entendeu? Ainda mais de um filho seu. Eu me mataria em te perder assim, na verdade, eu já vou te perder. — Abraçou Jack, alisando o seu peitoral desnudo.
— Mas todos vão dizer se eu não ter um filho com ela.
— Você gosta dela, Jack? — Senti um tom de ameaça.
— Eu quero você, Renato. Eu já falei! Mas eu não posso me assumir, não agora. Eu preciso terminar o colégio e ser dono das empresas Abrahão.
— E você vai ser, meu amor. — Beijou Jack novamente.
Tirei mais fotos.
Acho que vou arrumar um bico de paparazi. Alguém aceita?
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Aposta de Amor
RomanceMicael Borges e seu grupo de amigos decidem criar uma aposta maluca, onde o foco é atrair a atenção de Sophia Abrahão, a popular do colégio e a estrela das líderes de torcida. O por quê disso? Simples: Queriam se vingar de seu namorado. Mas a apos...