— Cuidado pra sair. Cuidado! — Sophia gargalhou enquanto saímos do meu carro com muita dificuldade. Foi difícil estacionar, já que eu estava bêbado.— Cadê seu tênis? — Bati a porta do carro como se fosse uma geladeira.
— Não sei. — Sophia encarou os próprios pés descalços.
— Vamos logo. — Chamei ela e assim subimos pelo hall de trás, entrando em uma salinha e chamando o elevador.
O segurança nos encarou em desaprovação, enquanto ríamos. Sophia me beijou durante o caminho, mordiscando os meus lábios. O gosto de bebida alcoólica era maior do que tudo.
— Onde tá... A chave? — Procurou pelo olhar, me esperando vasculhar o bolso da calça jeans.
— E se a gente perder a chave? — Eu sabia que não tinha perdido a chave, só queria ver a cara de Sophia, em medo.
— Se a gente perder a chave vamos automaticamente perder um filho. — Soltou. Coloquei a chave no portal, batalhando pra destrancar a porta.
— Não vamos perder um filho porque não temos um filho. — Entramos no apartamento. Fechei a porta com tudo, retirando minha camiseta.
— Ainda. — Sophia disse, autoritária. Retirou a alça do vestido curtinho, ficando apenas de calcinha, somente à mim. Totalmente à mim.
Meu sorriso foi de orelha a orelha. Aquilo foi um convite muito inusitado.
— Você quer fazer um bebê? — Vi Sophia caminhar em minha direção, beijando o meu pescoço. Meu pau latejou dentro da boxer que eu estava usando.
— Quero. Eu quero! — Sussurrou em meu ouvido. — Você não quer?
— Eu também quero. — Na verdade eu não sabia o que eu estava falando. Falar "quero" significava: pode ser, ou, tudo bem. Com tanto que não brigássemos, estava tudo ótimo.
Sophia pulou em cima do meu colo, onde levei ela até o quarto. Seria a primeira vez que iríamos estrear a cama, já que ela fez cu doce quando chegamos aqui, com esse negócio de cada um pro seu lado.
Sentei no colchão confortável, tendo Sophia sentada em meu colo, enquanto me beijava, suavemente, como se estivesse sentindo saudade de alguma coisa. E ela estava! Foi como matar uma saudade de anos, ali, comigo, estreando a nossa cama.
Chupei seus seios vendo ela desabar em meus braços, entreabrindo os lábios e cerrando os olhos. Sorri com aquilo, fazendo por mais, até descer minhas mãos em sua calcinha de renda, retirando.
Sophia dedilhou a minha calça jeans, ansiosa, tocando minha boxer com volume e retirando o meu pau pra fora, focando em encaixa-lo de uma vez.
Mas eu tive que parar ela, estava bêbado mas ainda sim consciente. A voz de Renato pareceu entrar na minha cabeça centenas de vezes, como um aviso cruel.
— Pera, pera. — Parei os beijos. Sophia não entendeu o motivo.
— O que aconteceu? — Tinha as mãos em minha nuca, segurando.
— Eu tenho que pegar... A camisinha. — Cerrei meus olhos.
— Mas e... — Ela queria questionar.
— Amor, não! A gente não pode!
— E por que a gente não pode? — Seus olhos lacrimejaram.
Era sério mesmo? Sophia estava chorando por que queria um bebê meu?
— Eu adoro criança, Micael! — Começou a chorar.
— Meu amor. — Toquei seu rosto. — Ter um filho agora é praticamente improvável de acontecer! Precisamos terminar o colegial primeiro, se quisermos, também tem o assunto da faculdade. Não podemos colocar a carroça em frente aos bois. — Coloquei uma mecha do seu cabelo atrás da orelha. Sophia assentiu, secando suas lágrimas. — Você não quer se casar?
— Quero. — Respondeu, manhosa.
— Então. Como você quer ter um filho agora se nem estabilizados estamos? — Ela assentiu novamente, entendendo.
— Mas é que eu te amo, Micael! — Aquilo me quebrou.
— Eu também te amo, meu amor. E a gente não precisa ter um filho pra provar que a gente se ama de montão. Vamos... Com calma. — Beijei a ponta do seu nariz, vendo ela secar suas lágrimas. Bonitinha!
Sophia voltou a me beijar, no mesmo ritmo. Fiquei por cima, a deitando na cama e abrindo suas pernas, me ajeitando. Estiquei meu braço no criado mudo, em busca de uma camisinha, me vestindo em seguida.
Fizemos amor aquela noite, mesmo bêbados e exaustos por tanta briga que estava acontecendo. Sophia cedeu pela primeira vez, abrindo uma bandeira branca por coisas mínimas que nos fizesse brigar. E eu também, digamos.
Ensinar ela sobre não ter um bebê na nossa idade me fez parecer bem cabeça aberta pra todos os assuntos, mesmo que meu pai falasse um monte na minha orelha, aquilo mudou muito.
Eu estava mudando, amadurecendo. E estava muito feliz com essa minha mudança. Mas minha camisinha sem esperma e com um baita rasgão disse ao contrário, sem ao menos eu ter percebido.
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Aposta de Amor
RomanceMicael Borges e seu grupo de amigos decidem criar uma aposta maluca, onde o foco é atrair a atenção de Sophia Abrahão, a popular do colégio e a estrela das líderes de torcida. O por quê disso? Simples: Queriam se vingar de seu namorado. Mas a apos...