Capítulo 163

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Amanhecia em Aspen. Mais precisamente na janela do quarto onde estavam hospedados o senhor e senhora Borges. Sophia estava nauseada quando abriu os olhos devagar, reclamando mentalmente da claridade que passava pelo vidro. Deu três piscadas fortes, se acostumando de que já estava acordada.

Micael ainda dormia ao seu lado, sereno. Os cabelos perfeitamente bagunçados e a face leve, como se estivesse satisfeito e descansado, o que realmente era. A esposa apoiou sua própria mão na cabeça, assistindo o marido dormir tranquilamente.
Era raro esses momentos, já que Micael acordava muito cedo para chegar ao trabalho no horário certo.

Ela deu um beijo no canto dos lábios dele, o mesmo se remexeu um pouco, antes de voltar a dormir.

Ficou o observando por minutos, ali, confortável, naquele clima frio aconchegante. Os seios amassavam diante do tórax do marido, já que estava aninhada com ele.

Micael se remexeu mais uma vez antes de abrir os olhos castanhos à esposa. Piscou diversas vezes e coçou os olhos, franziu as sobrancelhas e por último deu um sorriso, ver a imagem de Sophia pela manhã era fantástico!

— Bom dia. — Ela anunciou ao marido que sorriu.

Selaram seus lábios.

— Bom dia, meu amor. — Abraçou a esposa. — Como você está?

— Bem. — Deitou a cabeça no peito de Micael. Soltou um suspiro. — E você?

— Estou vivo! — Sophia soltou um riso com o comentário do mesmo.

— Idiota. — Alisou a clavícula de Micael, sorrindo. — Podíamos passar o dia todo assim. O que você acha?

— Mesmo com o serviço de quarto nos vendo nus e cobertos por um edredom com alguma pele de animal? — Micael fez uma careta.

— Não iria deixar o serviço de quarto entrar hoje. — Ela encarou o marido. — Você deixaria?

— Não sei. — Observou o local. — Eu vejo duas calcinhas suas jogadas ali, minha camisa jogada no outro canto. — Sophia riu. — E também... Aquilo é um sutiã? — Franziu o cenho.

— Como você é bobo. — Negou com a cabeça, sorrindo. Deu um beijo longo nos lábios do marido.

Sophia subiu em cima do corpo de Micael, ainda o beijando. Sentiu as mãos do marido alisarem seu corpo, lhe incentivando a se encaixar em seu membro, já ereto pela manhã. Estava quase conseguindo quando o iPhone de Micael vibrou no criado mudo, irritante. Ela deu uma segunda chance mas o barulho estava os atrapalhando demais.

— Só um segundo. Eu juro! — Beijou os dedos de Sophia antes de se virar, atendendo o celular no mesmo instante.

O nome de Alan apareceu no visor do aparelho.

— O que você quer? — Micael estava meio bravo, como sempre.

Sophia mordia a ponta dos dedos, achando graça de ver o marido duro e extremamente bravo por ter o atrapalhado.

— Tenho péssimas notícias!

— O que aconteceu? — Micael sentou na cama, bastante sério.

— Alguém hackeou o sistema da empresa e acabaram roubando mais de trezentos mil dólares em transferência. — Micael se gelou. — Estamos tentando resolver isso mas Horácio achou melhor te avisar.

— É LÓGICO QUE DEVERIAM TER ME AVISADO! — Micael se levantou, bravo. — Como estão as coisas por aí? Levaram mais alguma coisa?

— Aparentemente não! Só achamos o desfalque porque a empresa Alemã reclamou da falta de dinheiro, aquela que você contratou no verão passado.

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