Capítulo 21

158 11 10
                                    


Estava na sala, assistindo na enorme TV que mais parecia uma tela de cinema, e escutando os gloriosos sons da cama balançando. Jack e Sophia estavam transando e eu não tive como detê-los. Eu gostaria que fosse comigo mas o destino não colaborou muito. Ela estava cega de amor por aquele merda e eu não sabia o que fazer.

E confesso que aquele barulho estava me deixando puto da vida. Agora eu sabia porque a minha mãe ficava tão puta quando acontecia comigo.

Vinte minutos se passaram e o barulho finalmente parou. Escutei a porta sendo aberta e alguém descendo as escadas, em passos de fantasmas como dizia a minha irmã.

— Mica? — Sophia me chamou, ainda na ponta da escada. Usava um robe de seda enorme e era nítido que estava nua por baixo. — Ainda acordado? — Foi até o sofá onde eu estava.

— Vocês não me deixaram dormir. — Fui irônico e bravo.

— Você tá bravo com o que aconteceu?

— O que você viu nele, Sophia? — A encarei. — Sério! Me diga o que você viu nele?

— Eu gosto do Jack, ele foi e é o meu primeiro namorado.

— Um cara que fala assim com você? — Estava surpreso com a admiração dela ainda. — Eu não consigo entender esse seu amor por ele, de verdade.

— Vai ver você não entende porque é gay. — Ela se estressou. — Você gosta do Jack, Borboleto? — Sophia se levantou, irritada, cruzou os braços.

— Eu odeio o Jack desde quando eu era hétero. — Me levantei também. — Pra mim, ele não se passa de um bosta que fica pisando nas pessoas.

— Não fala assim dele. — O defendeu.

— Eu falo! Eu falo porque ele realmente merece todos esses nomes sujos. — Cheguei mais perto de Sophia.

Ela observava calmamente os meus lábios carnudos, o estudando, bem de perto.

— Você gosta de mim? — Lhe perguntei, desviando sua atenção mas isso não funcionou.

Sophia levantou sua mão esquerda, dedilhou os dedos delicados pelos meus lábios, encantada do que estava vendo.

— Gosto. — Disse em um sussurro.

— Quietinha. — Sussurrei também. — Eu quero te beijar. — Ela assentiu, em silêncio, fechando os olhos e se aproximando mais... E mais...

E quando vi, a mágica tinha acontecido!

Parecia tosco em dizer mas eu estava esperando aquele beijo por muito tempo, e eu finalmente havia o encontrado. Sophia tinha os lábios doces e suaves, enquanto meus lábios carnudos a engoliam por inteiro, ela tinha a mágica de deixar tudo mais leve.
Por que eu não havia encontrado essa menina antes?
Eu queria me casar com ela e fugir dali, longe de tudo, longe de contratos e apostas doentias. Eu enfrentaria ao máximo o pai dela, pra cuidar dela!

Eu estava completamente apaixonado por Sophia e não tinha mais como esconder.

Sophia parou os beijo com intermináveis selinhos antes de me encarar, surpresa e um pouco chocada.

— O que eu fiz? — Me observava, colocando as mãos em meu rosto.

— Me beijou. — Sorri. — Você não gostou?

— Eu amei. — MEU DEUS. — Jack não pode saber disso jamais, entendeu?

— Sou um túmulo, minha borboleta. — Arranquei outro selinho dela, que cedeu, sorrindo de volta.

Aposta de Amor Onde histórias criam vida. Descubra agora