Capítulo 144

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— Aceitam um chá? — Sophia parou em frente ao quarto do bebê. Os dois profissionais estavam trabalhando pesado, reformando o ambiente que era pesado ao senhor e senhora Borges.

Ela sentiu um aperto no peito. Não estava cem por cento pronta mas tinha que agir de uma vez.

— Obrigado, senhora Borges. — O homem mais velho negou com a cabeça, enquanto passava o rolo de carneiro na parede, com outra tinta específica.

Uma cor palha faria parte do ambiente agora.

— Aceita? — Sophia perguntou ao outro, enquanto tinha uma bandeja nas mãos. O bule branco e rosa saia uma fumaça leve. Ela havia acabado de fazer.

— Vou querer um pouco. — O outro homem assentiu, fazendo Sophia esboçar um sorriso simpático.

Ela serviu o homem que estava trabalhando, o deixando descansar por alguns minutos.

— Fiquem à vontade! Se quiserem descansar ou comer alguns petiscos... Os deixei em cima da mesa. — Ajuntou as mãos enquanto avisava. — Estarei no escritório do meu marido, no quarto ao lado, trabalhando. — Os dois assentiram. — Com licença! — Sophia saiu de cena, andando até o escritório de Micael, que ficava no quarto ao lado.

Passou pela porta e fechou, indo calmamente até a mesa de madeira e se sentando na poltrona confortável que Micael tinha. Abriu a tampa do seu MacBook, pronta para trabalhar.

Mas quando ia começar, o bipe da secretária eletrônica sondou pelo ambiente. Sophia franziu o cenho.

— Micael, você tem. — A voz robótica deu uma pausa. — Uma nova mensagem. Aperte 3 para continuar!

Sophia apertou a tecla 3.

— Micael? Eu preciso falar com você. Está bem? Sophia está bem? Eu soube do que aconteceu. — A voz de Renato ecoou pelo alto falante do aparelho. — Me retorne quando puder. Obrigado!

Sophia ficou extremamente irritada. Buscou o telefone que estava na base e discou os números do pai, já que sabia de cor. O som de chamada durou em quatro segundos, enquanto ela esperava na linha, ansiosa para uma discussão.

— Micael?

— Não pai, não é o Micael. — Sophia soltou de uma vez. — É a Sophia, e eu quero saber que história é essa de eu ter uma irmã. — Virou a poltrona no sentido da janela, encarando a vista com prédios.

— Soph... Podemos conversar direito?

— Já estamos conversando. — Foi dura. — Ande, me diga. Onde essa menina estava em todo esse tempo?

— Eu conheci uma mulher há algum tempo atrás. Trai a sua mãe, pronto falei. — Era como se o casamento com Branca não fosse nada. — Acabei engravidando mas eu não podia dizer a mídia que tinha uma filha bastarda.

— E preferiu esconder ela da mídia todo esse tempo?

— Eu escondi enquanto eu pude. Mas soube que a mãe dela faleceu. Você chegou a falar com ela?

— Infelizmente sim. — Sophia soltou um suspiro. — Fique sabendo que essa menina não vai morar na minha casa, ela não vai criar asa em cima de mim, ela não vai estragar o meu casamento e muito menos não irá colocar um dedo nas empresas Borges. Escutou pai? — Sophia disse em um tom de ameaça, deixando o pai preocupado.

— E por que ela colocaria as mãos nas empresas Borges?

— Porque ela é sua filha e tem uma parte de herança nisso. A mãe dela morreu! — Sophia se alterou. — Como você pode fazer isso com a gente, pai? Sério. — Passou a mão em seus cabelos, os bagunçando.

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