— Eu preciso pensar bastante no assunto. Tudo bem?— Perfeitamente! No seu tempo, Micael. — Branca assentiu, saindo da mesa.
Respirei fundo e levei o sanduíche até Sophia, que já deveria estar morta de fome, tadinha.
Mas lhe encontrei ao contrário do que eu pensava, assistindo TV e rindo à beça pelo programa que estava passando. Usava uma camisola de seda curtinha, bem confortável.
— Nossa! Onde você estava? — Perguntou, ainda com um sorriso descontraído.
— Eu fui preparar o seu sanduíche, meu amor. — Lhe avisei, entregando o prato à Sophia, que salivou.
— Que delícia, Mica. — Foi como ver a coisa mais gostosa em toda a terra. — Pensei que estivesse preso lá em baixo. — Foi tipo isso!
— Queria deixar tudo perfeito pra você. — Sorrimos.
Fiquei observando Sophia comer, enquanto pensava se aceitaria a proposta de Branca.
— Aconteceu alguma coisa? — Franziu o cenho após me encontrar pensando.
— Hum... Não? — Deixei o clima descontraído.
— Não sei. — Ela me fitou. — Você voltou estranho lá de baixo, parece... Pensativo. — Me observou de novo. — Tem certeza que não quer me contar?
Suspirei, vendo Sophia bastante confusa com seu sanduíche pela metade.
— Vamos conversar sério agora, tudo bem? — Ela assentiu.
Não sabia como começar aquele questionário pra tirar tudo à limpo.
— Por que o seu pai quer que o Jack seja responsável pelas empresas Abrahão?
Sophia mastigou o sanduíche devagar, processando.
— Eu não faço a mínima ideia, Micael. — Realmente, ela não sabia. — Mas por que você quer saber disso agora?
— Porque eu preciso saber, meu amor. — Toquei em seu rosto. — Você não gosta dele, Sophia. Tá na cara! — Comecei a caminhar pelo quarto, confuso. — Você trai ele comigo como se fosse a coisa mais natural do mundo. E sabe o que é pior? Você não consegue me dizer porquê ainda está com ele. — Soltei, vendo que tinha feito merda.
Eu já estava confuso pra caralho com essa situação!
— Eu não posso me separar do Jack, Micael! O meu pai ficaria uma fera se isso acontecesse. E todos os planos dele com o Jack? Imagina você, ficando comigo e meu pai te odiando. Porque ele odeia você!
— Eu quero que o seu pai se foda, Sophia. — Lhe assustei com as palavras. — O que importa pra mim é você e o seu futuro. Você vai ficar trancada com um cara que não faz a mínima pra você?
— Micael, já chega. Tá bom? — Sophia ficou um pouco irritada. — Por que esse questionário todo agora, hein?
— Porque eu gosto de você, Sophia. E tá sendo agonizante viver assim. — Pronto, falei!
O que caralhos estava acontecendo na minha cabeça de merda? O amor faz isso!
— Eu também gosto de você, Micael. — Ela largou o prato, se levantando e andando até mim. — Poxa, você foi o único homem que me ajudou o bastante, que se importou comigo. — Tocou o meu rosto. — Mas você não sabe o que quer, né? — Fez uma careta.
— Como assim?
— Ou você gosta da mesma coisa do que eu, ou você gosta de mulher. — ELA AINDA TINHA DÚVIDAS DISSO? CARALHO! — É difícil entender alguém assim.
— Sophia, tenta entender. — Segurei o seu rosto, foi até engraçado. — Eu. Não. Sou. Gay! Você ainda não conseguiu ver isso, meu amor?
— Eu tinha minhas dúvidas mas... Você pareceu tão confiante, Borboleto. — Ela estava realmente pensativa. — Você é muito confuso!
— Ah, eu? — Eu queria tanto rir mas Sophia me mataria. — Quer saber? Esquece disso tudo! Você precisa comer e se recuperar. — Encaminhei seu corpo de volta à cama, fazendo Sophia terminar o sanduíche e beber o suco de laranja.
Não falamos mais nada sobre aquilo. Fiquei cuidando de Sophia, que terminou de comer e soltou todo o sanduíche com suco, mas logo lembrei que a E.L James falsificada disse que ela teria enjoos e se sentiria estranha depois do processo.
— Você tá melhor? — Sophia estava abraçada comigo, enquanto a água da ducha caía sobre nós.
Já era o quarto banho que ela tomava naquela noite.
— Mais ou menos. — Tombou sua cabeça em meu ombro. — Isso é coisa do remédio?
— É sim! Você lembra o que ela disse?
— Mais ou menos. — Respondeu a mesma coisa.
Ninei Sophia que pediu para sair do banho, se queixando de cansaço, após ter dormido por um longo tempo. Eu sabia que o remédio estava fazendo tudo aquilo, mas, o jeito em como ela estava entregue à mim foi demais. Eu era apaixonado por ela e já tinha dito tudo, mesmo ela ficando confusa em relação à isso.
Nos deitamos juntinhos, enchi Sophia de beijinhos que sorria.
— Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo. — Sussurrei em seu ouvido. Sophia sorriu.
— Eu também te amo. — Arregalei meus olhos, bastante surpreso.
Sophia soltou isso antes de se enfiar em meus braços, se posicionando e dormindo de novo.
Eu estava muito feliz. Feliz pra caralho!
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Aposta de Amor
RomanceMicael Borges e seu grupo de amigos decidem criar uma aposta maluca, onde o foco é atrair a atenção de Sophia Abrahão, a popular do colégio e a estrela das líderes de torcida. O por quê disso? Simples: Queriam se vingar de seu namorado. Mas a apos...