Mulheres de TPM são as criaturas mais bizarras do mundo, seguido de um livro que eu tinha, onde a metade falava sobre um relacionamento em que as mulheres estavam naqueles dias. Hoje eu tive certeza que sim! Mulheres de TPM são as criaturas mais bizarras do mundo.Sophia comeu o pote inteiro de sorvete, chorou com um documentário de pinguins e agora estava se matando de chorar por um filme.
Um mísero filme.
— Amor, é só um filme. — Esfreguei suas costas, vendo as letras pós créditos subirem.
— Não é! — Ainda chorava. — Ele morreu de verdade, tá na capa do filme.
— Não acredito que esse filme seja... De verdade. — Encolhi meus ombros.
— É SIM! — Sophia jogou a capa do DVD em meu rosto. Esquivei na hora mas ainda sim doeu.
— Ok, ok! Não vou discutir com você. — Rendi minhas mãos. — Olhei o visor do meu celular. — Preciso ir.
— Mas já? — Sophia mudou totalmente a voz, ficando manhosa de novo.
— Amanhã vamos ao colégio. Não vamos?
— Não sei. — Torceu o nariz. — Estou mal pra ir no colégio! — Deitou na cama.
— Você vai estar mal amanhã de manhã? — Lancei um olhar à ela, que entendeu, se escondendo no edredom.
— É muito difícil ser menina, Micael. É sério! Você não aguentaria um terço da dor que eu estou sentindo.
— Engraçado. — Mostrei meus lábios. — Sua dor sumiu quando você me fez assistir três horas de um documentário de pinguins se acasalando e tendo filhotes. — Congelei o meu sorriso. — E nesse filme que o homem morre também.
— É que eu estava concentrada na história, Micael. — Tentou disfarçar. — Você faria isso se estivesse no meu lugar.
— Poderíamos ter assistido outra coisa.
— Tá reclamando do documentário de pinguim? — Arrumou conversa pra brigar.
Seria o cúmulo se brigássemos por pinguins se acasalando.
— Você tá impossível, Sophia. Mas entendo que é a sua grande TPM! — Gesticulei, irônico. Sai da sua cama e calcei o meu tênis.
— Desculpa. — Engatinhou até mim. — Eu não queria que você fosse embora. Podia dormir aqui comigo!
— Melhor não, minha mãe vai brigar se eu dormir aqui com você. — Amarrei o cadarço. — Te busco amanhã de manhã?
— Acho que não. — Foi firme na sua resposta. — Obrigada pelo sorvete. — Sophia deu um sorriso no final, deixando sua raiva e estresse de lado.
— Faço tudo por você, meu amor. — Beijei sua testa, antes de dar um beijo em seus lábios. Sophia sorriu leve, acenando pra mim.
Foi tarde, muito tarde quando estacionei o carro na garagem. Minha casa estava apagada, isso significa que todos estavam...
— Aonde você se enfiou? — Minha mãe apareceu na porta, usava um roupão no corpo e uma cara extremamente brava.
Me senti com doze anos de novo.
— Eu estava na casa da Sophia. — Passei por ela, dizendo simples.
— E não avisou por que?
— Porquê eu estava na casa da minha namorada? — Soltei, um pouco óbvio.
— Se você sabia que chegaria nesse horário, por que não ficou por lá? — Lamentou. — Está tarde, Micael! Eu não gosto quando você fica na rua até esse horário.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Aposta de Amor
Lãng mạnMicael Borges e seu grupo de amigos decidem criar uma aposta maluca, onde o foco é atrair a atenção de Sophia Abrahão, a popular do colégio e a estrela das líderes de torcida. O por quê disso? Simples: Queriam se vingar de seu namorado. Mas a apos...