Capítulo 103

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Mulheres de TPM são as criaturas mais bizarras do mundo, seguido de um livro que eu tinha, onde a metade falava sobre um relacionamento em que as mulheres estavam naqueles dias. Hoje eu tive certeza que sim! Mulheres de TPM são as criaturas mais bizarras do mundo.

Sophia comeu o pote inteiro de sorvete, chorou com um documentário de pinguins e agora estava se matando de chorar por um filme.

Um mísero filme.

— Amor, é só um filme. — Esfreguei suas costas, vendo as letras pós créditos subirem.

— Não é! — Ainda chorava. — Ele morreu de verdade, tá na capa do filme.

— Não acredito que esse filme seja... De verdade. — Encolhi meus ombros.

— É SIM! — Sophia jogou a capa do DVD em meu rosto. Esquivei na hora mas ainda sim doeu.

— Ok, ok! Não vou discutir com você. — Rendi minhas mãos. — Olhei o visor do meu celular. — Preciso ir.

— Mas já? — Sophia mudou totalmente a voz, ficando manhosa de novo.

— Amanhã vamos ao colégio. Não vamos?

— Não sei. — Torceu o nariz. — Estou mal pra ir no colégio! — Deitou na cama.

— Você vai estar mal amanhã de manhã? — Lancei um olhar à ela, que entendeu, se escondendo no edredom.

— É muito difícil ser menina, Micael. É sério! Você não aguentaria um terço da dor que eu estou sentindo.

— Engraçado. — Mostrei meus lábios. — Sua dor sumiu quando você me fez assistir três horas de um documentário de pinguins se acasalando e tendo filhotes. — Congelei o meu sorriso. — E nesse filme que o homem morre também.

— É que eu estava concentrada na história, Micael. — Tentou disfarçar. — Você faria isso se estivesse no meu lugar.

— Poderíamos ter assistido outra coisa.

— Tá reclamando do documentário de pinguim? — Arrumou conversa pra brigar.

Seria o cúmulo se brigássemos por pinguins se acasalando.

— Você tá impossível, Sophia. Mas entendo que é a sua grande TPM! — Gesticulei, irônico. Sai da sua cama e calcei o meu tênis.

— Desculpa. — Engatinhou até mim. — Eu não queria que você fosse embora. Podia dormir aqui comigo!

— Melhor não, minha mãe vai brigar se eu dormir aqui com você. — Amarrei o cadarço. — Te busco amanhã de manhã?

— Acho que não. — Foi firme na sua resposta. — Obrigada pelo sorvete. — Sophia deu um sorriso no final, deixando sua raiva e estresse de lado.

— Faço tudo por você, meu amor. — Beijei sua testa, antes de dar um beijo em seus lábios. Sophia sorriu leve, acenando pra mim.

Foi tarde, muito tarde quando estacionei o carro na garagem. Minha casa estava apagada, isso significa que todos estavam...

— Aonde você se enfiou? — Minha mãe apareceu na porta, usava um roupão no corpo e uma cara extremamente brava.

Me senti com doze anos de novo.

— Eu estava na casa da Sophia. — Passei por ela, dizendo simples.

— E não avisou por que?

— Porquê eu estava na casa da minha namorada? — Soltei, um pouco óbvio.

— Se você sabia que chegaria nesse horário, por que não ficou por lá? — Lamentou. — Está tarde, Micael! Eu não gosto quando você fica na rua até esse horário.

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