Capítulo 60

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— Me sinto no paraíso mas podia ter mais homens do que mulheres. — Sophia soltou, suspirando em seguida. Tinha o óculos abaixado na ponta do nariz, vendo todas as mulheres tomarem um bronze, assim como ela, que estava de bumbum pra cima, fazendo a mesma coisa.

— Não gostei do seu pensamento. — Passei o protetor solar em sua bunda, massageando.

— Mas é verdade! Você vai ficar olhando como um tarado. — Voltou a colocar o óculos de sol.

— Eu vou cuidar do que é meu. — Terminei de passar o protetor, dando um tapinha no bumbum de Sophia.

— Então eu sou sua? — Deu um sorriso.

— Tecnicamente sim. Não somos... Casados? Meu amor. — Desfiz o laço do seu biquíni, retirando a parte de cima e certificando que Sophia não ficaria à mostra.

— Verdade! Nós somos casados. — Sophia se posicionou, iria tirar um cochilo.

— Enquanto você relaxa aí, eu vou ir no mar um pouco. Tudo bem?

— Pode ir. — Deu de ombros.

— Pelo amor que você tenha à Deus, não se vire! Estarei te vigiando lá de longe. — Avisei Sophia que deu um risinho, não ligando pro que eu estava falando.

Fui até o mar, ainda de olho em Sophia que tirava um cochilo, de bruços, na enorme tenda branca com sofás e almofadas confortáveis. Não era possível que tudo ali era de luxo.

Sim, tudo ali era de luxo! E Sophia estava aproveitando ao máximo, assim como eu.

Voltei um tempo depois, a loirinha não tinha se mexido, o que me deixou aliviado.

— Meu amor. — Beijei suas costas nuas. — Hora de acordar!

— Mas eu tô cansada. — Reclamou.

— Ninguém mandou você ter fogo ontem à noite. — Peguei uma toalha limpa, me secando.

— Chato, chato, chato, chato. — Sophia retirou o óculos. — Por que eu não posso me virar?

— Porque estamos em uma praia, tem alguns homens ao redor e eu não quero você tão exposta assim. — Beijei novamente suas costas. — Mais alguma pergunta?

— Não né, você quebrou todo o meu clima. — Estava fingindo estar emburrada.

Soltei um riso.

— Se eu pudesse, viveria aqui pra sempre. — Sophia soltou, fechando os olhos.

— Pra sempre? — Achei graça.

— Sim, pra sempre! Deve ser muito legal viver num lugar como esse. Sem ninguém pra atrapalhar.

— Se bem que, você arrumaria uma guerra se viesse morar aqui.

— Eu acho que não. — Amarrei o biquíni novamente em Sophia.

Ela saiu do lugar, se sentando. Voltou o óculos no rosto, encarando as diversas pessoas que estavam na praia.

— Está vendo só? — Chamou minha atenção. A mulher morena em nossa frente fazia topless. Que peitos lindos mas eu preferia mil vezes o de Sophia.

— Acontece que você não é todo mundo, meu amor. — Peguei ela no colo. — Agora vamos curtir mais um pouco antes que seja tarde demais.

— O que você quis dizer com tarde demais? — Caminhei com Sophia em meus ombros até o nosso quarto.

— Você sabe o que eu quis dizer.

— Você vai me matar de tanto sexo que vamos fazer. — Ri gostosamente com a cara de Sophia, que ficou incrédula.

E realmente, eu mataria a loirinha de tanto sexo que estávamos fazendo.

Voltamos ao quarto, nos amassando. Levei Sophia até a enorme cama, desfazendo o laço de seu biquíni e a deixando nua, em cima de mim. Ela ainda me beijava, furiosamente, tentando tirar a sunga apertada por conta da minha ereção. Segurei a base do meu pau, esperando Sophia se sentar e começar a cavalgar, como ela queria.

E assim ela fez... Tinha os olhos cerrados, a boca entreaberta e as costas um pouco arqueadas.

E eu tomei um susto quando abri meus olhos, vendo o cano do revólver na cabeça de Sophia, que rendeu as mãos automaticamente.

— Você é vadia igual à sua mãe. — Renato silabou, pegando Sophia pelos cabelos e tirando de cima de mim.

Ela se cobriu com as mãos mas ele fez questão de deixá-la em pé de novo. Fui intervir mas me acertaram com um soco no rosto. Ele não estava sozinho! E os outros dois não eram conhecidos, pelo menos pra mim.

— EU POSSO SABER O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI COM ESSE MONTE DE MERDA? — Chacoalhou Sophia.

— RENATO, CHEGA! — Me intrometi, de novo. Mexi meu maxilar que doía. — Você tem que brigar comigo e não com ela.

— Cala a sua boca porque o buraco é mais embaixo com você. — Apontou a arma para mim. — E você. — Enforcou Sophia. — Tem sorte de eu não te matar e te jogar pros tubarões. Sua putinha! É uma puta igual à sua mãe. — Jogou Sophia no chão novamente, que bateu a cabeça na parede.

Me vesti rápido e fui atrás de Renato, que saiu até o píer do nosso quarto, tomando ar fresco e remoendo o que tinha acabado de assistir. Era difícil pra um pai ver aquilo mas... Como ele tinha nos achado? Isso era impossível!

— A gente precisa conversar. — Soltei, batendo de frente com o merda de poder.

— Não, a gente não precisa conversar! — Guardou a arma em sua cintura. — Você sabe que o contrato está inválido, não sabe?

— Mas eu não me apaixonei por Sophia. — Menti. — O contrato só estaria inválido se eu me apaixonasse por ela.

— VOCÊ COMEU ELA! VOCÊ ESTAVA COMENDO ELA, AQUELA VADIA DE MERDA! — Gritou.

— É assim que você fala da sua filha? — Não estava acreditando. — Vadia de merda?

— Não me interessa! E você deu sorte do Jack não saber dessa atrocidade. Eu deixaria ele matar você com todo o prazer do mundo. — Apontou o indicador para mim, em ameaça.

— Como você achou a gente?

— Eu já disse que não interessa, moleque. — Estava perdendo a paciência. — Vocês tem duas horas pra arrumar tudo e virem comigo.

— E se eu não for?

Renato chegou mais perto, quase tocando em meus lábios. Retirou a arma da cintura, enfiando com tudo na minha boca.

— Se você não for... Adeus à sua família de pobre. — Sorriu maléfico. — Nesse exato momento, um dos meus capangas estão dormindo na frente da sua casa. Eles sabem de tudo da sua família! Horários, rotinas, o que o seu pai pobreta faz quando ninguém está vendo. — Arregalei meus olhos. — Eu sei também que a sua mãe está grávida! Eu tenho o poder em minhas mãos, Micael. Não se atreva a fazer nada. Não se atreva a mexer comigo!

Eu queria tanto matar aquele cara.

— E fique longe da Sophia! Se eu souber que você está dormindo com ela ou saindo com ela, você vai se foder na minha mão. Escutou? — Assenti.

Renato retirou a arma da minha boca, deixando os dois caras me pegarem e levarem pra longe do quarto. Escutei os gritos de Sophia sem poder fazer nada.

Eu estava até a tampa de tão fodido! E precisava fazer alguma coisa antes que fosse tarde demais.

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