Capítulo 35

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— Então Sophia, seu pai ainda investe bastante na bolsa de valores ou tem alguém cuidando disso pra ele? — Meu pai soltou um risinho diante da mesa do café, Sophia estava envergonhada por usar uma roupa de Lidiane. Não era segredo! Todo mundo já sabia que eu havia à comido, de uma forma mais... Sútil.

— Ai Jorge, pergunta coisa legal pra menina. — Minha mãe pegou a cesta de pão de queijo. Já era a quarta vez que estava tomando café.

— Meu pai tem os funcionários dele. — Sophia respondeu, doce. — Mas vive tendo dor de cabeça com vários.

— Eu imagino, querida. — Meu pai sorriu. Gostava muito de Sophia, mais do que da gente!

Minha irmã desceu minutos depois. Estava arrumada e bastante cheirosa também. Iria sair!

— Aonde você pensa que vai? — Minha mãe interviu após vê-la.

— No meu namorado? — Foi sínica e debochada.

— Hoje é Domingo, Lidiane. Dia de ficar com a família! — Lhe avisou. — Nada de namorado pra você hoje.

— Engraçado, por que a Sophia não tá na casa dela? Com a família dela? — Minha irmã bateu os pés, tinha os braços cruzados tentando desafiar alguém.

— Porque a Sophia dormiu aqui em casa e daqui à pouco vai embora. — Entrei no meio. — Melhor você calar a boca, Lidiane.

— Cala a boca você! Eu acho super engraçado que o Micael tem mais privilégio do que eu. Ele faz o quarto dele de abate e ninguém fala nada, né? — Se revoltou.

— Já chega os dois! — Meu pai soltou, bravo. — Lidiane não adianta você destituir. Você. Não. Vai. — Soltou palavra por palavra, vendo Lidiane bufar e subir as escadas como uma adolescente mimada.

Sophia me encarou sem graça antes de deixar a xícara na mesa.

— Obrigada pelo café, Beth. Estava uma delícia! — Sorriu.

— Você já vai? Por que? Nada disso! Vamos almoçar aqui hoje. — Minha mãe tentou manter Sophia mas ela já queria ir. Eu entendi perfeitamente, até eu gostaria de sair daquela família de louco.

— Eu preciso voltar pra casa. — Saiu da mesa, arrumando o minúsculo short de Lidiane, que ficou dois números à menos do seu tamanho. Sophia estava incomodada mas era a única coisa que tinha pra vestir no momento.
Acompanhei ela até à porta, onde entramos no meu carro.

Mas pra minha supresa, Renato havia me mandado dez mensagens na noite anterior, querendo saber onde estava Sophia. Cacete!

— Algum problema? — Sophia quis saber o que estava na tela do celular.

"Você está com a Sophia? Ela sumiu!

"Sophia ainda não chegou em casa e não está com o Jack! Você sabe onde ela está?"

"Irei acionar a polícia se você não me responder onde Sophia está!"

"Moleque, o dever é seu! Onde está a minha filha?"

"Chamei o reforço, devem procurá-la daqui à duas horas".

"Me responda agora! Onde está a minha filha? Onde está Sophia?"

Ca
Ra
Lho.

Meu corpo gelou por dois segundos antes de desbloquear o celular e fingir que estava tudo bem.

— Não. — Sorri de volta à ela que se acomodou no banco do passageiro. — Vou levar você pra casa! — Liguei o carro.

— Quando vamos sair de novo? — Estava me observando dirigir.

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